BetoSantos escreveu:
Mais aí está o grande problema vits, como podemos afirmar esses pontos se nem ao menos o console e os respectivos jogos foram lançados e ninguém ainda o tem em mãos?
Você mesmo diz que os jogos operarão de maneira diferente no Switch e a assertiva está correta, mas, será mais trabalhoso? Ou será mais fácil? O custo será alto para portar um jogo? Ou a própria arquitetura do console ajuda nesse aspecto?
A questão é que se trata de uma impossibilidade lógica, o console da Nintendo já foi anunciado usando um exemplar da família Nvidia Tegra, sendo que a nossa base dedutiva pautada no que esses componentes, em especial os modelos mais novos são capazes de realizar. Como peças de hardware eles são impressionantes, mas longe de conseguirem a mesma fidelidade visual dos consoles da atual geração, sendo marginalmente mais poderosos que o 360/PS3/Wii U, um caminho que por natureza, o Switch também vai traçar.
Além disso já temos evidencias fortes dentro da lista de ports do Switch, que indicam um aparelho muito menos poderoso. Dragon Quest Heroes I + II, já foi apresentado como um título de lançamento, sendo que pouquíssimo pode ser otimizado até a sua chegada nas lojas, logo é seguro afirmar que o que estamos vendo nas demonstrações é um bom exemplo do que o console será capaz de realizar, e o que vemos foi um enorme downgrade em relação a versão base, ao ponto que até a geometria dos cenários teve que ser modificada.
Discutir a capacidade do console receber ports não é tanto uma questão de arquitetura, mas sim uma discussão sobre as ferramentas que o mesmo tem acesso. Nessa questão o Switch está melhor servido do que o seu antecessor, tendo suporte a Unreal Engine 4, que vai permitir que ele receba títulos de smartphone, PC e console, mas se atente que estes ports não serão inalterados, já que essa engine permite um amplo espectro de customizações, que atuam de acordo com a natureza e potência do aparelho. Por outro lado, títulos da EA serão raros, já que uma de suas principais engines, a Frostbyte 3, não é compatível com o console.
BetoSantos escreveu:
O que sei é que temos um vídeo aqui, outro ali, mas nada de concreto. E sendo bem sincero: pelo pouco que vi do suposto Skirim, não vi algo tão defasado assim não.
Dentre todos os jogos mostrados até o momento, Skyrim é um dos piores exemplares a ser usado como parâmetro. A começar pelo fato de não sabermos se aquele trailer foi realmente feito no Switch, já que a Bethesda é adepta a prática de mostrar jogos, usando a versão disponível em outro hardware. Muitas vezes resultando em jogos que se parecem melhor ou pior, em seus respectivos produtos finais.
Ademais, Skyrim é um jogo criado em 2011 para os consoles da geração passada, sendo que a versão do Switch estranhamente não possui o subtítulo "Especial Edition", usado para indicar o remaster lançado para as gerações atuais. Obviamente, isso não implica que a versão que vai receber é a dos consoles passados, mas abre espaço para alguma especulação a respeito.
Exemplos muitos mais interessantes são os dois jogos Dragon Quest Heroes, ports diretos do PS4, que possuem downgrades massivos, ao ponto de até a geometria e a taxa de frames, ter sido alteradas para rodar no hardware do Switch. Vale se atentar que o jogo é um título first day, ou seja, o que foi mostrado até então é provavelmente muito próximo, se não igual, ao produto final.
BetoSantos escreveu:
Aliás, até o WiiU apresentou jogos com gráficos belíssimos que não devem em nada aos outros consoles como Mario 3D World, Splinter Cell, ZombiU, Fatal Frame, Bayo 2 e MK8.
Existe uma enorme diferença entre gráficos bonitos e gráficos complexos, tanto o Wii U quanto qualquer consoles são capazes do primeiro, enquanto que o segundo é limitado a tecnologia empregada no aparelho. Tome como exemplo Mario Kart 8, para todos os efeitos esse jogo é lindo, mas ele não apresenta nenhum efeito de iluminação ou partícula complexo, não apresenta quase efeitos de pós-processamento, como filtros AA, etc...
Além disso, são títulos criados pensando exclusivamente no hardware do console, ou seja, tem suas limitações como parâmetro de desenvolvimento. Algo que não é usual quando falamos de ports, sendo Splinter Cell um excelente ponto de comparação, já que ele se porta como um port quase direto do PS3, uma plataforma razoavelmente menos poderosa.
BetoSantos escreveu:
E aparentemente, baseado em algumas entrevistas que li de alguns desenvolvedores que receberam o dev kit do Switch, parece que o mesmo é bem tranquilo de se trabalhar.
E não se enganem com esse papo de 3rd de que console A ou B é difícil de trabalhar por "n" motivos. Elas vão para onde o público está ou onde a base instalada compensa o investimento!
Não necessariamente, apesar da base de consoles ser um parâmetro importantíssimo na hora de um console receber apoio, o tipo de consumidor presente em cada plataforma, assim como a tecnologia empregada na mesma, são fatores determinantes. Veja o Wii, por exemplo, o console apresenta uma das maiores bases de usuários da história, o que garantiu um grande apoio de diversas desenvolvedoras, porém isso não foi necessariamente refletido em todos os jogos multiplataforma aparecendo no console.
Note que eu não estou dizendo que o Switch vai ser ruim, muito pelo contrário, espero um console capaz de proporcionar anos de diversão. Mas sim que, não se deve esperar a fidelidade visual dos demais consoles, muito menos a mesma quantidade e tipo de suporte, já que as limitações técnicas do mesmo vão interferir nesse processo.
Provavelmente porque isso é algo que ela ainda não tentou. O Nintendo 64, apesar de mais poderoso do que a concorrência (apesar de divergências em relação ao Saturn) possuía um enorme limitador, na forma dos cartuchos, cujos os altos custos e pouca memória, fizeram diversas desenvolvedoras passarem a apoiar a concorrência. Enquanto que o Gamecube, estava longe de ser o mais poderoso da geração, sendo essa coroa dada ao Xbox, que inclusive conseguiu vender mais do que o console da Nintendo, mesmo sendo um estreante e possuindo pouquíssimo apoio do mercado japonês.
Entretanto, não estou dizendo que a estratégia garantiria o sucesso do console, apenas que ela ainda não foi testada em sua total extensão, pela Nintendo.
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