O jogo tem Zelda no título, é vendido como Zelda pela empresa que produz os jogos da franquia, foi feito pela equipe de desenvolvimento da franquia, e oficialmente é tratado como um jogo da franquia. Se é ou não Zelda, não existe dúvidas de que é. Entretanto tem alguns pontos a mais que acho que é o que gera a discussão é proposta desse júri atual: sempre foi evidente a separação do que é parte da franquia e o que é um jogo principal ou spin-off, e o Tri Force Heroes está na margem de tudo isso. Quero dizer então que o jogo pertence à franquia, mas não é um "Zelda" como os outros.
Ok, vou dividir a minha argumentação em 3 partes: o que chamo de franquia de jogos; o que divide um jogo "principal" de um "spin-off"; e o que faz Zelda ser Zelda (aproveitando esse ponto para réplica ao que o Luiz falou).
Diferente do sentido original da palavra, uma franquia de jogos é como uma marca que possui vários produtos (ou seja, jogos), com esses jogos possuindo características em comum, sendo desde personagens e caracterização à mecânicas e jogabilidade. Assim, jogos completamente diferentes podem fazer parte de uma mesma franquia desde que compartilhem características como caracterização ou elementos de roteiro conectados, gameplay e afins. Não é de regra que jogos com elementos parecidos ou conectados sejam da mesma franquia, também (como por exemplo a franquia Super Mario e a Yoshi's, que se passam em um mesmo "mundo", compartilham personagens mas são marcas diferentes).
Conhecendo o Tri Force Heroes é fácil então identificar que ele pertence à mesma franquia que todos os outros Zeldas, mas isso não quer dizer necessariamente que ele seja como os outros.
Dentro e uma franquia, como podem haver jogos completamente diferentes, existe então o que poderia chamar de "sub-franquias" ou spin-off. Existe então, em alguns casos, elementos que caracterizam a franquia como sendo "principal", e jogos que não seguem isso entram na categoria de spin-off se estiverem em uma mesma franquia. Assim eu posso dizer que Pokémon X é um jogo da franquia principal de Pokémon, pois segue o esquema base de capturar os pokémon para completar a dex, se aventurar por um mundo atrás de insígnias e enfrentar o campeão; mas Pokémon Rangers eu posso caracterizar como spin-off, justamente por não seguir com o mesmo esquema (os Pokémon não batalham diretamente, não tem ginásios, não tem insígnias, e nem mesmo se captura Pokémon usando pokeballs, por exemplo). Isso não desmerece Pokémon Rangers como parte da franquia, mas o torna um spin-off.
Essas sub-franquias podem então ter uma "marca própria" como o caso de Pokémon Rangers, que é facilmente identificável pelo título, ou então terem título livre, não criando então um sub-grupo tão específico (como em Kirby, com o Mass Attack).
Em Zelda essa relação de spin-off e linha principal sempre foi bem clara: primeiramente porque a franquia sempre foi bastante sólida, focando muito no principal; e também porque os spin-off além de pouco populares quase sempre eram bem distantes da linha principal (vide jogos do tingle). O caso mais tênue antes do Tri Force Heroes sem dúvidas eram os Four Swords,em que muitos viam como spin-off e outros como franquia principal. Pela ideia mostrada mais acima, é compreensível que ambos os four swords fossem spin-offs, mas vamos lá: eles possuem elementos da franquia e possuem a mesma marca, a jogabilidade é parecida (na verdade é praticamente idêntica aos outros) e só muda em x quesitos: o mapa não é explorável como nos outros, e sim uma seleção de fases; os personagens não possuem um inventário propriamente dito, tendo que usar os itens espalhados pelo cenário sem ficar com eles após isso; e o jogo tem foco no multiplayer. Entretanto o enredo do jogo é um dos principais motivos para o colocarem como um Zelda principal, já que ele tem uma justificativa para o gameplay diferente (a four swords, arma usada para derrotar o vaati, que multiplica o link em 4). Daí se vale então a justificativa para o jogo funcionar como é: tirando a parte da exploração dos mundos, podemos entender que o link são vários por causa da espada, e que as outras mecânicas de itens e cooperação se dão por isso. É um pouco forçado colocar os Four Swords como jogo da franquia principal sim, tanto que se for para entender asim eles são os mais distantes dos outros, mesmo que conectados por causa da história à outros jogos como o Minish cap.
Daí entra no que define se um jogo é ou não Zelda. Se "Zelda" nesse caso é o jogo pertencer à franquia, ele deve possuir elementos e marca da franquia. Se é para caracterizar como um spin-off ou franquia principal, ele deve possuir as características básicas dos jogos, como exploração do mundo disponível, dungeons, bosses, um enredo bom (o que é relativo), e estar imerso no universo que a franquia criou. Assim link pode viajar em um barco ou em um trem, ser um coelho rosa, um lobo, uma planta ou um peixe, viver em uma ilha no céu ou num mundo de sonhos, em outros mundos ou mesmo ser mais de um link. Mas qual a má querência com o Tri Force Heroes então?
Ele possui elementos que o caracterizam como um Zelda, mas é tão tênue na decisão de se faz parte ou não da franquia principal quanto os Four Swords, e talvez ainda mais. O Tri Force Heroes se conecta diretamente em enredo por nenhum dos jogos, mesmo se passando imediatamente após o a link between worlds: a justificativa para o início da história é que o link do ALBW simplesmente deixou hyrule e saiu viajando até outros reinos e chegou em Hytopia, onde se disfarça para não ser reconhecido (cabelo verde) e então descobre que existe um problema no reino e é escalado para ajudar. Isso é semelhante ao enredo de vários outros Zeldas, como os "pós ALttP" e o Majora's Mask. Entretanto esses todos são fortemente ligados à franquia por suas mecânicas, diferente do TFH. O pior é que o jogo não possui justificativa para o gameplay, como o Four Swords possui como "álibi", já que os outros links do jogo apareceram por "coincidência".
E como o algo mais "fanático" podemos levar em conta outra mecânica do jogo, que são as roupas. Mesmo que seja uma mecânica nova completamente válida elas demonstram que o jogo não está muito bem inserido no universo criado pela franquia, quando possui elementos que seriam impossíveis no jogo pela lógica formada pela própria franquia em si. Temos roupas de elementos de Phantom Hourglass, por exemplo, quando os jogos se passam em completo paralelo, não sendo possível que elementos de um existam no outro. Mas ok, isso já é exagero -q
Diferente dos outros Zeldas, o Tri Force Heroes possui elementos mais distantes dentre todos os jogos, mesmo se comparado com os jogos mais próximos à ele. Por isso ele não é visto como um "Zelda" como os outros,or estar mais próximo de um spin-off disfarçado do que um jogo da franquia principal distante dos outros.
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