Não é que eu ache que quem gosta destes tipos de jogos são alienados.[/font]
Desculpe, mas o tom algo "condescendente" do post anterior deixa bem implicado um desprezo pelo consumidor desse tipo de jogo, com esse lance de "consumidores do século XXI" e "não saber inferir mais a qualidade ou não de um jogo". Afinal, entrar aí no âmbito de qualidade é cair num ninho de vespas. O que é qualidade, afinal? Técnica, inovação, gameplay, gráficos, história, o conjunto da obra, a proposta do jogo, tudo depende, um valor subjetivo?
Enfim, você diz que não é o seu ponto. Ok. Então o problema é que a grande indústria privilegia um tipo de jogo, ao seu ver, de maior apelo sensório (de causar euforia, uma emoção forte) do que o tipo de jogo que
você, no caso, gosta (um jogo "clássico", seja lá o que isso quer dizer).
Em um artigo muito interessante que saiu no Cracked no ano passado, 5 razões pela qual a indústria dos jogos em breve terá um
crash, acho que aí entra a razão 4: é tudo uma questão de orçamento. A lógica é simples. Um jogo de grande escalão, desses que fazem sucesso, custam mais que um filme para serem produzidos. Star Wars TOR custou 500 milhões para ser feito. Sabe-se lá quantas cópias isso precisa vender para recuperar o investimento. Aí que se você sair muito do que está consagrado como o que vai vender, e acabar perdendo essa aposta, o prejuízo pode ser grande o bastante para falir a empresa. O artigo diz que algumas estão a um fracasso da bancarrota e, vendo esses números, é difícil discordar.
É o problema quando as apostas ficam muito altas, quando você não precisa de só um montante razoável de investimento. E isso ainda existe, é claro! Temos os pequenos e médios estúdios, além de, claro toda a comunidade indie que vem crescendo cada vez mais nos últimos anos. Mas os estúdios grandes, aqueles que tem de mostrar a que vieram e estourar os consoles com jogos lindaços aproveitnado um potencial maneiro, esses não se podem dar ao luxo de, digamos, inovar demais. Arriscar demais.
Aí vendamos mais. Isso é ruim? Talvez. Por um lado, pode matar um pouco a inovação. Mas, como é sabido, não são apenas os grandes estúdios que fazem jogos. A inovação pode muito bem se virar e atingir seus públicos, algo menores, com seus jogos divertidíssimos. E o grande público compra o jogo que quer, se diverte, porque os jogos grandes são caros pra *** e, tá bom, até repetitivos, mas, pô, também o são todas as mídias. Filmes de ação, check. Livros de suspense, check. Jogos de ação, bingo!
Em questão de público, público maior, público menor. Eu nem lembro onde eu queria chegar com esse post, então espero que todos tenhamos aprendido algo aqui. Eu, que não consigo escrever muita coisa sem planejar que acabo esquecendo onde eu queria chegar em primeiro lugar. Ah, voltei pra ler seu post, e meu ponto era: fica tranquilo, seus jogos queridos não vão morrer. Só vão mudar de foco. Também, esse nunca foi o alvo do PS3, digamos.
Depois eu posto mais, preciso sair pro carnaval de rua.
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