Klown escreveu:À Priscilla:
É que existe um ponto em que se tornou de tal forma comum a prática de pirataria pelo cidadão médio brasileiro, que deixou de parecer um "crime" haja visto que, como em um roubo de um hipermercado, parece não ter uma vítima palpável. É difícil sentir empatia por uma grande corporação sem rosto, a milhares de quilômetros, etc, etc.
Aí desde a época das famosas vendinhas de CD do "play 1" na feirinha do sábado torna-se um ato comum, que simplesmente se esquece como criminoso. Acontece por inúmeras razões além dessa: ora, a relação entre o custo de um produto (principalmente se estamos falando de jogos) em relação ao ganho monetário comum do cidadão; a facilidade de acesso, burocracia, etc. Ainda mais agora, com a Nintendo "saindo" efetivamente do Brasil, o acesso e os custos podem acabar prejudicando um pouco mais o consumidor comum de seus produtos. A prática de uma acessibilidade baixa e um preço pouco visto como justo corrobora, do ponto de vista dessas pessoas, a atividade ilícita. E como se esquece que há vítimas, torna-se aparentemente aceitável do ponto de vista moral.
Não concordo com o ato, assim como a srta. não estava o defendendo. Estou apenas tentando explicar, como eu vejo, o acontecimento dessa relativização moral da pirataria.
Infelizmente acho que tem mais a ver com a questão da facilidade de agir sem ser pego do que com a empatia pela empresa. No próprio exemplo que você deu do hipermercado, quando eu era criança era muito comum as pessoas entrarem, pegarem cafezinho, pão, fazerem verdadeiros lanches lá dentro e saírem sem pagar nada. Eu mesma tinha uma tia que fazia isso sempre e a família toda achava graça, criticas eram raras. Atualmente com a facilidade maior de monitorar ninguém arrisca passar por essa humilhação.
Voltando pra jogos, conheço pessoas que abandonaram a pirataria após o mal estar de serem banidas da Live, aí o dinheiro pra jogo original aparece "misteriosamente". Parece que só quando o preço da nossa má conduta se torna publico nos damos conta do mal que ela causa, nem tanto por ética, mas pelo constrangimento.
A coisa do ganho médio nem sempre influencia tanto, se fosse assim não existiria pirataria lá fora. A própria Nintendo que conhecemos pela pouca atenção dada ao Brasil dificilmente ia tomar essas medidas se fosse um problema só daqui.
Fora que a maioria das pessoas que pirateia poderia comprar o conteúdo. Há quem gaste mais de 100 reais fácil em banquinha pirata com dezenas de jogos que nunca vai zerar e não paga mais barato que isso num original só pelo prazer de se sentir "esperto".
Acredito que o problema é mais uma questão ética. As pessoas tem essa relação ambígua com entretenimento, onde ao mesmo tempo idolatram quem produz seus conteúdos preferidos mas por outro lado não são capazes de dar valor ao empenho que é necessário pra produzi-lo, até porque existe um certo mito de que quem trabalha nessa industria, seja qual for o ramo, está sempre nadando em dinheiro sem fazer esforço.
Isso sim é uma questão cultural e é pena ver pais endossando comportamentos desse tipo nos filhos, enfim...
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