Desde que o Nintendo Wii foi apresentado ao publico, os fãs da série Zelda já começaram a imaginar um novo Zelda com controles de movimento com o Wiimote fazendo referencia a espada e o Nunchuck ao escudo. Muitas pessoas ficaram decepcionadas com a jogabilidade do primeiro jogo da série no console: O Twilight Princess. Muitos esperavam uma jogabilidade aprofundada, explorando todo o potencial do Wiimote e nunchuck, mas o que veio em Twilight Princess foi algo simples onde apenas “chacoalhar” o wiimote era o suficiente para que Link executasse os seus ataques. Muitos fãs então jogaram a culpa no jogo (acusação injusta já que o jogo era um port do Gamecube para o Wii, então não poderia se esperar uma jogabilidade tão aprofundada).
E a série Zelda não deu as caras no Wii até o final de vida do console quase 7 anos depois. E desta vez a Nintendo realizou o desejo dos fãs ao presenciarem a inovadora jogabilidade do Wii a série pela primeira vez. Skyward Sword usa todo o potencial do Wiimote+Motionplus e proporciona uma jogabilidade incrível. Sem duvida, a melhor da série. Mas ainda assim Skward Sword não é aquela Obra-Prima com que todos sonhavam. Houve muitos problemas com o jogo. Quase todos referentes ao enredo.
A História se passa vários anos antes de Ocarina of Time. Hyrule ainda é uma região desconhecida pelos humanos que vivem acima das nuvens em ilhas flutuantes no céu. Skyloft é a região central dos habitantes onde os protagonistas Link e Zelda vivem. Link está treinando se tornar um “cavalheiro” da Academia de treinamento de Skyloft contando sempre com o apoio de sua amiga de infância, Zelda.
O enredo se foca nas origens de Hyrule e da Master Sword. Vamos vendo como tudo foi originado e conhecendo diferentes criaturas que viriam a ser extintas futuramente. O problema é a que a história além de ser desinteressante, não acrescenta praticamente nada a série. Não a muitos personagens interessantes em Skyward Sword, a história é fraca e narrativa é extremamente ruim. É tudo mais do mesmo com pouquíssimos elementos originais. Acabamos sentindo indiferença pela maioria dos personagens e situações do jogo, porque tudo é muito vazio, repetitivo e simples. Completamente diferente dos outros jogos da franquia onde tudo é mais focado na história e personagens. Em Skyward Sword é tudo repetitivo e simples demais. Temos simplesmente que seguir em linha reta, matar os inimigos, resolver os puzzles e pronto. É tudo completamente focado no Link e na Zelda. Fora eles, poucos são os personagens que tiverem uma personalidade própria e bom envolvimento na história. Até mesmo Ghirahim, foi mal explorado e tmb mal teve seus próprios momentos e nos contou muito pouco sobre ele mesmo. Nem mesmo nos momentos finais onde Skyward Sword finalmente procura dar uma conclusão satisfatória para os personagens consegue ajudar muito. Já é muito tarde, os personagens não tiveram um bom aproveitamento durante o jogo e o que sentimos no fim é indiferença.
Falando em personagens, Fi é de longe a pior companheira de Link de toda a franquia. Além do envolvimento dela na história ser ruim, pois ela não tem nenhuma personalidade sendo praticamente um robô que não demonstra emoção alguma, ela é completamente inútil e não ajuda em nada durante o jogo. Quando você precisa dela e pede por ajuda em alguma situação difícil (resolver um puzzle ou derrotar um chefe) ela sempre diz não ter “informações suficientes”. Agora quando você sabe o que está fazendo e está seguindo o objetivo que lhe foi mandado pelos personagens ela surge na sua frente para te lembrar disso várias vezes. E o pior é que isso acontece apenas em situações obvias, onde nós já sabemos o que fazer. Fi é famosa por frases do tipo: “Tem 90% de chance de que Zelda foi por aqui”, “Tem 85% de chance de que ajudar essas pessoas vai nos ajudar em nossa aventura”, “Tem 95% de chance de que a chave dessa porta está nessa dungeon”... e por ai vai. É simplesmente ler coisas como essas que não te ajudam em nada e só te fazem perder tempo, porque diferente de como foi com a Navi em Ocarina of Time, a Fi nós não podemos ignorar. E a Fi também tem o prazer de nos avisar quando a bateria do controle está fraca, quando já aparece um aviso bem claro no canto da tela. Ou quando estamos com poucos corações onde ela também precisa te interromper para te avisar disso. Somos obrigados a aturar a intervenção constante dela durante o jogo inteiro.
Mas a maior decepção que tive com Skyward Sword foi na sua trilha sonora. Na primeira vez que eu ouvi a musica “Ballad of the Goddess” minha sensação foi de arrebatamento. Essa que é sem duvida alguma uma das cinco melhores musicas de toda a série (E olha que isso se tratando de Zelda é um feito e tanto) serviu para me confirmar de que a trilha sonora desse jogo seria fantástica e infelizmente não foi assim. Fora essa e mais outras 6 faixas da trilha sonora, todo o resto da trilha sonora de Skyward Sword vai de bom a razoável. E só. É uma boa trilha sonora, mas que ficou muito abaixo da média de uma franquia que é sempre reconhecida por ter uma incrível trilha sonora.
Mas o jogo também tem seus trunfos. Como já disse anteriormente, Skyward Sword possui a melhor jogabilidade de toda a série. Os controles de movimento foram muitíssimo bem trabalhados e pela primeira vez na série, podemos imaginar estar ali em Hyrule, empunhando nossas Master Swords. E o jogo cria todo um ambiente necessário para isso. Ótima variedade de inimigos e chefes, cada um com suas próprias características, sendo necessário usar um método diferente para matar cada um deles. E os puzzles que são uma característica fundamental da série, também estão lá. Skyward Sword possui ótimas dungeons, todas divertidas de se jogar com puzzles bem criativos e engenhosos.
Em relação aos gráficos, eles estão bem bonitos, mas não são nada revolucionário. Todos os cenários e personagens estão bonitos e muito bem trabalhados, mas não chega a impressionar. Os gráficos ora são uma obra de arte, como por exemplo quando Link está chegando em Skyloft com seu Loftwing e contemplamos a ilhota ao longe assemelhando uma pintura, e ora soam artificias e forçados como em certos momentos na província de Lanayru. No fim, o estilo gráfico escolhido pela Nintendo ficou bom.
Mas basicamente Skyward Sword é isso. Quando erra, erra feio. Mas quando acerta, acerta em cheio também. Um jogo que veio para marcar os 25 anos da franquia, mas que não conseguiu fazer jus ao cargo tão importante que lhe foi concedido. É um jogo muito bom, mas que acabou decepcionando pelo fato de não ter o mesmo padrão de qualidade dos seus antecessores.
Nota: 8/10
Outras Análises:
[Análise] The Legend of Zelda - Ocarina of Time
[Análise] The Legend of Zelda - Majora's Mask
[Análise] The Legend of Zelda - The Wind Waker
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