Como tudo começou
Bom, tudo começa no SNES, quando a Nintendo estava tendo problemas com a Sony para começar a produção do periférico "Play Station" (SNES-CD) para começar a 5ª geração com o pé direito. Assim que o PS1 foi lançado independentemente pela Sony, uma série de fatores resultantes fizeram com que a Nintendo desistisse do uso de discos e continuar com o cartucho no N64. E assim passou a 5ª geração, como nós sabemos.
Vendo que o uso de cartuchos estava obsoleto já que não poderiam ser aproveitados com o poder de hardware previsto para a 6ª geração, a Nintendo teria de apelar para o uso de discos. Porém, com a sua visão sobre o alarmante prejuízo que o PS1 teve com a pirataria (enquanto as proporções da mesma com o 64 eram menores, justamente pelo uso de mídia exclusiva), ela resolveu usar MDs (mini-discs/GameCube optical game discs). Isso porque o MD é mais seguro e difícil de se encontrar como virgem no camelô.
Mas como isso poderia dar errado? Simples. O PS2, com o pior hardware da geração (depois do Dreamcast, é claro), tinha um disco barato de 4.7GB de capacidade enquanto a Nintendo exigia uma mídia mais cara com apenas 1.5GB de capacidade - o que afastou vários jogos de thirds, especialmente jogos como GTA. Embora o GameCube tenha tido uma das melhores bibliotecas de jogo first e second-party da Nintendo até os dias de hoje - além do melhor controle já criado pela empresa (em minha opinião) e uma durabilidade inacreditável -, ele foi falho por falta de vendas (porque a 6ª geração foi extremamente influenciada por thirds). Sendo assim, o PS2 comeu o que o GameCube deixou no prato sem querer. O Dreamcast tem seu fracasso explicado praticamente pelos mesmos fatores, já que ele utilizava GD como mídia (exclusivo e mais caro que o MD).
O resultado foi mais que positivo, como todos nós sabemos. Isso porque o Wii chamava mais pessoas para o mundo dos games e porque os sensores de movimento eram algo surreal na época. Porém, enquanto as vendas do Wii continuavam estáveis, a sua moral ia caindo, uma vez que sensores de movimento tornaram-se comuns e a maior parte da população considerava o Wii "de criancinha". E, de fato, as thirdies estavam desistindo do Wii e passando boa parte de suas ideias para os consoles mais potentes (PS3/X360), uma vez que, em seus pontos de vista, os core gamers estavam mais interessados nos gigantes da Sony e da Microsoft, deixando o Wii para diversão casual.
Tudo isso nos lidera aos tempos atuais. Sim, a Nintendo também sabia que o PS4 e o XBO teriam hardwares tão humilhantes para o Wii U quanto os do PS3 e o 360 foram para o Wii (talvez nem tanto. É, nem tanto). Por isso ela seguiu a mesma estratégia do Wii (hardware barato + inovação + jogos fodelentos = $$$).
Acontece que, desta vez, o hardware não ficou nem inferior (dando o senso de exclusividade do Wii) nem limítrofe (dando a sensação do PS2). Se usarmos termos técnicos, seria possível afirmar que o Wii U está no caminho certo, de qualquer maneira, certo? Bom, mas a população conta com diversos outros fatores que dificultam esse sucesso. São três fatores, para ser mais exato. São estes:
1. Impressões equivocadas, dúvidas complicadas e visão superficial
Muita gente concorda que o mais lógico a se fazer seria comprar um console da Nintendo e escolher um console de outra empresa (ou um PC) para ter uma experiência máxima em gaming. Porém, muito mais gente simplesmente olha para o Wii U superficialmente e questiona o potencial e custo-benefício do console, sendo que eles entenderam que o console foi feito - ao contrário do Wii - para seguir, de fato, a 8ª geração junto com a inovação da Nintendo, mas logo mudam de ideia porque o hardware dos "concorrentes" é melhor, sem pensar que o Wii U não foi feito com o intuito de concorrer com as outras duas empresas, e sim de trazer uma experiência alternativa aos gamers. Lembrem-se que o ser humano, psicologicamente, tende a levar em relevância as primeiras impressões, mesmo que involuntariamente. Isso explica bastante as briguinhas por gráficos, por exemplo.
2. Contradições da Nintendo e mudanças de plano de thirds
Não sei se vocês se lembram, mas Iwata disse na E3 2011 que o Wii U estava ali para servir igualmente os gamers hardcore e os casuais. Porém, a Nintendo não está fazendo investimento nenhum em um jogo "da pesada" (porque jogos como Super Mario Bros. U e Zelda TWWHD são considerados hardcore, mas não passam a primeira impressão de tal, fazendo com que ignorantes - a maioria - deixem-nos de lado) justamente para seguir a filosofia do Wii ("jogos com nomes de peso para todos os públicos vendem mais"), enquanto praticamente todos os jogos hardcore de thirds do Wii U já estão presentes nos outros consoles. Além disso, thirds como EA e recentemente Ubisoft, que haviam prometido apoio total à Nintendo, estão saindo excluindo lentamente o Wii U. Afinal, é mais do que injusto a Nintendo montar um hardware só pra recuperar o resto do que o Wii perdeu e não ganhar metade do que esperava em troca.
Enquanto a Sony faz sua publicidade e apresentação de maneira criativa (e bem kick-ass), a Microsoft iguala suas estratégias de marketing a propagandas da Polishop enquanto a Nintendo dá uma de Fisher-Price. Okay, isso pode ter sido um certo exageiro. Porém, notem bem como a Nintendo mudou desde os seus tempos de top-notch. Como foi a transição do "Play with Power" para o "How will U play next". As afirmações a seguir são um tanto contraditórias, já que o argumento de atração de público de todas as idades do Wii e o argumento de atração de todos os gostos do Iwata na E3 entram em conflito, mas continuemos. É notável que o Nintendo Direct é, de longe, uma das melhores ideias da Nintendo. Porém, é notado que, apesar do belo regime DIRECT!! que o Iwata quis passar, a atmosfera é um tanto seca e sem sal, dando um ar de "empresa meia-boca" para algo tão grande quanto a Nintendo. Além disso, os hardwares são mostrados apenas superficialmente (no "Polishop da Microsoft" eles até abrem os consoles para te deixar confortável sobre tudo). No final a Nintendo mostra um produto com menos detalhes que a Apple e deixa uma impressão ruim. Para finalizar, os comerciais de TV da Nintendo são "normais demais" e não incentivam muito a população geral. Apenas comparem crianças jogando Wii Fit com a família hoje com um filminho live-action de Super Metroid há 20 anos. Gostaria de deixar claro que, dentre os três fatores, este é o mais irrelevante. Porém, lembrem-se novamente que o não-gamer sempre é levado por primeiras impressões! (porque quem entende do assunto ignora comerciais e vai pelas informações de terceiros)
Enfim, gostaria de concluir minha argumentação com suas palavras. Não fiz votação para não dar spoiler do final desse textwall absurdamente gigantesco (e pra continuar lindoso), mas...
...o que você acha que deveria ter acontecido com as decisões da Nintendo? (pode escolher mais de uma, tá?)
1. Está bom do jeito que está. Prefiro esperar pra ver os movimentos da Nintendo para salvar o Wii U do prejuízo/risco atual. Afinal, um hardware inferior dentre dois completamente diferentes cria equilíbrio e acaba vendendo bem.
2. Está bom do jeito que está, mas a Nintendo precisava expandir e reviver, nem que seja no mínimo, sua variedade de franquias e gêneros que desapareceram junto ao Wii. Afinal, um hardware inferior dentre dois completamente diferentes cria equilíbrio e acaba vendendo bem.
3. A Nintendo deveria ter continuado com a estratégia inicial do GameCube com um console top-notch no lugar do Wii, só que mantendo o DVD e reforçando o combate à pirataria, fazendo com que 2013 ganhasse um "PS4 da Nintendo".
4. A Nintendo deveria ter continuado com a estratégia inicial do GameCube com um console top-notch no lugar do Wii, só que mantendo o DVD e reforçando o combate à pirataria e mantendo a inovação vista no Wii, mesmo sendo esta algo secundário, fazendo com que 2013 ganhasse um "PS4 melhorado da Nintendo".
5. A Nintendo deveria começar a ser mais receptiva com thirds.
6. A Nintendo deveria começar a ser mais receptiva com thirds e mais aberta ao público mais centrado, para criar tudo para todos - o que envolve mais trabalho em conjunto com outras empresas como a Retro.
7. A Nintendo deveria começar a ser mais aberta ao público mais centrado, para criar tudo para todos - o que envolve mais trabalho em conjunto com outras empresas como a Retro.
8. Dane-se seu questionário do ENEM, vou escrever minha própria opinião. STFU. (então escreve, pô)
PS.: Sem mamilos e briguinha aqui, por favor. Eu digo lá no começo que este lixo é uma teoria. E uma teoria não cria fatos; apenas os utiliza.
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