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    [Análise] - ReCore, nova aposta da Microsoft.

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    Mensagem por vits Qua 21 Set 2016, 14:08

    Zinid escreveu:@vits Permita-me discordar novamente. Por mais que se leia os reviews, somente a experiência com o jogo determina se a pessoa vai ou não gostar dos jogos.

    Tanto que, no meu entender, a melhor coisa que aconteceu no mundo dos games recentemente é a política de devolução do dinheiro da Origin e da Steam. Só neste ano, recebi meu dinheiro de volta pelo Phanton Pain e pelo Dragon Age Inquisition. Nenhum dos reviews e comentários que li apontavam para questões que me deram verdadeira ojeriza esses dois jogos.

    Daí minha visão de que, na compra de um jogo, deve-se seguir a seguinte regra: i) verificar se o jogo é do gênero de que se gosta ii) ver sinopse da história; iii) assistir a um vídeo de gameplay (com a versão de lançamento); iv) tentar comprar em uma loja que trabalhe com estorno.

    Tomara que a Nintendo adote essa política em breve (coisa da qual duvido muito).

    Logicamente que apenas jogando a pessoa vai de fato saber se realmente gosta ou não de um determinado jogo, mas a não ser que você seja extremamente rico e/ou extremamente estúpido, comprar cada jogo que te desperta o mínimo de interesse é impossível.

    Dai surge a necessidade de se pesquisar e entender o produto antes de compra-lo, para tal o consumidor dispõe de uma série de ferramentas, dentre as quais as análises, que possuem o diferencial de oferecerem informações técnicas atreladas a opinião de um indivíduo, que quando usadas de forma correta, são extremamente úteis na hora de expor as características de um jogo. Se me permite dizer, suas "regras" para se comprar um jogo são extremamente superficiais e, provavelmente, o motivo de você ter se arrependido com tantos jogos no passado recente.

    I) verificar se o jogo é do gênero de que se gosta.
    Isso diz mais sobre o jogador do que sobre o jogo, além de ter uma área de ação limitadíssima, sendo que muitos títulos possuem classificações complexas. Além disso, o jogador passa a ser refém de sua própria zona de conforto, impedindo que ele venha a conhecer determinados jogos, simplesmente porque eles pertencem a um gênero que ele "não gosta". Por exemplo, eu detesto  roguelike, mas se fosse seguir essa regra jamais teria jogado FTL, que é hoje um dos meus jogos favoritos.

    II) ver sinopse da história.
    O que também não ajuda em praticamente nada, sendo que diversos jogos possuem histórias passáveis, mas que não influenciam em nada na qualidade do jogo. Enquanto outros possuem histórias fenomenais, mas que não são acompanhadas de um boas mecânicas. Exemplo: TLZ:AttP e To the Moon, respectivamente.

    III) assistir a um vídeo de gameplay (com a versão de lançamento).
    É algo válido, mas limitado, pois no geral um gameplay vai se referir a uma única parte do jogo e falhar em expor todas as suas características. A não ser, que o jogador veja o jogo inteiro ou grande parte dele por meio desses vídeo, mas ai, qual o sentido de jogar o jogo? Ademais, gameplays oficias são severamente editados para fazer o jogo parecer mais interessante do que é.

    IV) tentar comprar em uma loja que trabalhe com estorno.
    Único ponto realmente válido, mas sozinho pode não ser suficiente, já que dependendo da loja existem limitações pesadas em relação ao tempo de jogo permitido, como na Steam que oferece apenas 2 horas para testes, o que significa absolutamente nada para um RPG por exemplo. Soma-se a isto, o fato de que nenhum console oferece opção de estorno e a própria loja do W10 também não.

    Portanto volto a repetir, análises são uma importante ferramenta para o consumidor, elas existem para oferecer o máximo de informações possíveis sobre o jogo e quando aliadas as demais ferramentas, como os gameplays, demos e até mesmo material publicitário, podem evitar muitas frustrações e/ou abrir os olhos das pessoas para novas experiências. No final, o que realmente importa é saber usar essa ferramenta corretamente, o consumidor deve atuar como um filtro, retendo as partes que lhe parecem importantes e não como uma esponja, simplesmente absorvendo todo esse conteúdo discriminadamente.
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    Mensagem por Zinid Qua 21 Set 2016, 15:51

    Análises podem ser influenciadas de diversas maneiras:

    i) subjetivas, praticamente inumeráveis. Vão desde a preferência pessoal, passa por relações interpessoais entre os insiders e devs da indústria; auto-censura (o reviewer não deseja se passar por politicamente incorreto, por exemplo); até a ideologia política da pessoa (i.e., nunca você verá em um review algo do tipo "o jogo adere ao gayzismo de uma forma desnecessária e até prejudicial ao enredo");
    ii) reviews pagos ou patrocinados pelas desenvolvedoras.
    iii) falta de parâmetros ou pesos a fim de relativar as notas. Exemplo: jogos extremamente simples, como o Axion Verge - claramente cópia dos primeiros Metroids e sem nada de especial - recebem notas elevadíssimas, enquanto que jogos que demandaram enorme trabalho por parte dos programadores recebem notas medíocres. Como atribuir um peso a um jogo 3D e outro retro, por exemplo? Os valores de produção envolvidos são de tal discrepância que não faz sentido receberem o mesmo tipo de classificação por pontos.

    Enfim, se me valesse somente de reviews, dificilmente teria jogado Darksiders ou Lords of Shadow. E foi em virtude das análises positivas que me aventurei a jogar Metal Gear V e Dragon Age Inquisition - coisa que somente fiz porque sabia que poderia ter meu dinheiro de volta caso não gostasse.

    No final das contas cada um está por sua conta e risco. Criei meus próprios critérios porque eles demandam cinco minutos do meu tempo para eu saber se vou gostar dos jogos ou não, ao passo que a análise das análises não é algo que me agrada. Geralmente as pessoas escrevem mal, atêm-se a aspectos que na mais das vezes considero irrelevantes e ignoram completamente o que me interessa em um jogo.

    Evidentemente os reviews estão aí para quem deles quer tirar informações. Longe de censurar os reviews eu apenas afirmo: eles, via de regra, me induzem ao erro, visto que a minha cosmovisão e maneira pela qual encaro os jogos eletrônicos é bastante peculiar e me joga para o canto da curva normal dos gamers.
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    Mensagem por vits Qua 21 Set 2016, 16:34

    I) Sim, elas são subjetivas, porque a experiência que temos com jogos é subjetiva, você por exemplo deu 9 para um jogo que foi entregue incompleto e mal otimizado, algo que eu jamais faria. Justamente por isso que não é sensato se ater a apenas uma análise, quando se está atrás de informações sobre um jogo.

    Levar em consideração o histórico daquela publica e até mesmo os gostos pessoas daquele redator é um ponto importantíssimo. Por exemplo, eu sei que se a Destructoid massacrar um jogo, eu provavelmente vou gostar dele, porque o meu gosto pessoal é o extremo oposto do deles.

    Seja um filtro, não uma esponja.... (1)

    II) De novo, por isso que você não deve se ater a apenas um review e usar de bom senso, se uma publicação é patrocinada por um determinado estúdio, uma análise ou artigo deles tem pouca validade.

    III) Não é uma falta de parâmetro, o que acontece é que cada publicação incorpora um parâmetro diferente, que no geral está explicado ao longo da própria análise/artigo. Ademais cabe ao redator expressar o que ele considera relevante, pois um jogo pode ser bem produzido e não ser original, exatamente como o oposto também pode acontecer. A série New Super Mario Bros e o jogo Dark Void são exemplos respectivos dessas situações.

         
    Não entendi o seu ponto, tanto Darksiders quanto Lords of Shadow possuem majoritariamente críticas positivas, logo, se você tivesse lido reviews provavelmente jogaria eles do mesmo jeito. E agora você me diz que foi por conta das análises positivas que você se aventurou em dois jogos, quando esse tempo todo você disse que não confia em análises (se for verdade, veja citação (1))? E ainda por cima escolheu dois jogos com mais de 40 horas de gameplay, que levam pelo menos uma dezena de horas para começarem a engrenar.... Perfeito exemplo do que eu disse anteriormente, sobre refunds serem interessantes, mas limitados por não oferecerem horas o suficiente para justificar um jogo grande, como um RPG.

    E sim, cada um de nós está por sua própria conta em risco, cabendo a nós escolher a melhor forma como investimos nosso tempo e dinheiro nessa mídia. Se para você um conjunto de critérios superficiais é mais válido do que uma análise com maior aprofundamento sobre o produto, sinta-se a vontade para continuar assim. Eu no entanto, sempre vou defender que o consumidor tenha o maior número de informações em sua pose, antes de investir em um jogo e que cherry picking não tem peso algum, quando se discute a usabilidade de uma ferramenta.

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