Aerokaiser escreveu:Não perguntei se é ilegal. Perguntei se você acha certo.
Você acha certo o fato de que uma empresa pode me dizer que eu não posso emprestar um jogo? Ou que eu não posso fazer uma cópia dele para guardar pra mim mesmo?
Ao mesmo tempo: Você acha certo criar uma conta nos serviços online de um país onde eu não moro para comprar jogos mais baratos?
A gente está falando de um ponto cinza. Por mais que esteja na lei, não necessariamente está certo.
Bem, pra começar... vamos deixar claro que estou dando uma
opinião. Sinta-se livre para discordar e agir diferente. Não estou julgando ninguém. Estarei apenas apresentando a forma como
eu enxergo a coisa.
Não sei se "certo" e "errado" tem muito lugar nessa discussão, porque depende do ponto de vista. O usuário/consumidor sempre que toda a liberdade - ainda mais pagando os preços fora da realidade do Brasil. Mas tem o lado do desenvolvedor e o modelo de negócio.
De maneira geral - e isso é histórico - software é vendido na forma de licença de uso (mesmo quando você compra o CD com caixinha), que é transferível à quem tem a posse. O preço, *em tese* já leva em conta as vendas que você "tira" por emprestá-lo ou revendê-lo (o que é um direito seu). O princípio da grande maioria das licenças de uso é: não importa quem está usando ou em que lugar, o que importa é o número de execuções simultâneas (que pode variar de uma a muitas, mas em geral é apenas uma).
Os jogos digitais tiram uma série desses benefícios (você não tem como revender e, salvo alguma empresa implementar isso, não tem como emprestar*). Em tese, deveriam custar mais barato; não custam sempre para não concorrer com as lojas físicas, já que isso desestimularia as mesmas de vender o produto... e, para as produtoras, espaço na prateleira é uma enorme "propaganda grátis". Elas não querem perder isso.
Algumas empresas tentam mitigar esses problemas do preço digital (muito alto) usando alguns artifícios: promoções relâmpago, licenças duplas - permitindo mais de uma pessoal jogando o mesmo jogo (isso é possível na rede do Playstation) -, upgrade para a geração seguinte com um valor simbólico (Virtual Console do Wii para o Wii U), programas de fidelidade (algo que a Nintendo parece querer implementar na nova rede), praticidade de acesso em qualquer lugar (Steam)... redução drástica dos preços quando o produto físico já não se encontra mais nas lojas (UbiSoft?). Enfim, o modelo não está fechado e ainda não atrai tanta gente assim (isso mostra a disparidade entre vendas físicas e digitais).
O que eu entendo é o seguinte: piratear é errado; se você realmente não tem grana pra comprar jogos - do tipo, vai ter que deixar de comer ou pagar escola do filho para comprar um jogo - e, ainda assim tem tempo para jogá-los (é comum com adolescentes - não têm grana, mas têm tempo de sobra), ok... dentro de certos limites, passa a ser tolerável (até porque a maioria das pessoas que conheço que "destravam" consoles possuem dezenas de jogos que sequer jogaram, vira uma compulsão... "ter por ter").
No entanto, se você tem condição de comprar - ainda que tenha que escolher entre comprar um iPhone 6 ou meia dúzia de jogos - então piratear é inaceitável. Faça escolhas. Faz parte da vida. Se piratear é o caminho para não ter que fazer escolhas de consumo supérfluo, então isso passa a legitimar qualquer furto e passaríamos a ser como qualquer meliante que está por aí.
Ou seja: como você disse, é uma zona cinza e vai da noção ética e moral de cada um - lembrando que não existe isso de "ética e moral" correta, existe a que é aceita ou não por um grupo.
Até alguns (bons) anos atrás, quando ainda era estudante, não dava muita trela pra isso. Mas a partir do momento que passei a ter uma condição suficiente para comprar um jogo vez ou outra (um por mês ou um a cada dois meses, por exemplo) e muito pouco tempo para jogar - já que trabalho, família e outros ocupam um tempão da vida da gente - tomer a atitude de não destravar mais nada e comprar tudo oficial.
Ah, é caro? Sim, mas isso entra na minha escolha. Leio muito sobre um jogo antes de adquiri-lo, e só o compro se achar que o preço pedido (independente de impostos, dólar etc... pense no valor que vai sair do seu bolso) vale. Se não vale, não jogo aquele jogo... ao menos não até o preço baixar. Ah, o preço não baixa? Então ... ou a vontade de jogar cresce num ponto que eu decida sacrificar outras coisas e o compre... ou chego a conclusão que eu não o queria tanto assim.
(*) No Kindle, por exemplo, com relação a eBooks, você pode emprestar (e fica indisponível para você até que o livro seja devolvido).
Edit:
Sobre backup, não deveria ser vedado; mas as empresas ficam numa situação complicada porque o mundo tá cheio de HueHueBR.
Sobre criar conta em outro país... eu acho o fim da picada; mas foi a Nintendo que nos colocou nessa situação. Não existe um dia que eu não reclame disso e, sempre que possível, pelos meios adequados. E a questão aqui não é comprar jogos mais baratos... (eu não compro jogos que existem na forma física pelo eShop), mas há jogos que só saem no eShop!
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