"Humanos criaram o Pokémon mais forte em segredo. Mas este se rebelou e dizimou seus criadores e quem pretendia o escravizar. Os humanos logo perceberam a ameaça que esse Pokémon traria para o planeta e logo trataram de enfrentá-lo com seus Pokémon fracos e inferiores, dignos de pena. Junto de Pokémon super fortes e treinados devidamente, a criatura criada em laboratório enfrentou os humanos. Após essa guerra, os humanos perceberam que aqueles Pokémon estavam em um outro nível comparados com os deles. E assim, é criada a Smogon University, que visava estudar aprofundadamente os Pokémon, dividi-los em tiers e ensinar aos humanos como de fato batalhar. Muitos Pokémon foram banidos, incluindo a criatura que mudou tudo na guerra. A revolução da Smogon foi tão grande, que os próprios Pokémon criaram uma para eles mesmos. Nesse dia, os Pokémon tiveram um lembrete desagradável. Eles viveram com medo dos humanos e foram obrigados a aceitarem aquelas gaiolas que eram as tiers em que lhes eram impostas."
- Um Sábio Qualquer
"Eu tenho um sonho... Queria ter uma calça."- Martin Luther Slowking
Essa é uma fic que eu queria fazer há um tempinho. Ela é baseada em um RPG que meu amigo Julio-sama está mestrando, em que nossos personagens são Pokémon e enfrentam a Smogon. Assim como o RPG, essa fanfic será uma sátira a Smogon e a "raiva" que muitos fãs da franquia têm dela e de suas regras. Os personagens serão Pokémon, porque fic de Pokémon com humanos já é manjado demais u_u Enfim, como o RPG do Julio ainda não terminou, a fic terá muita coisa que veio da minha cabeça.
- Capítulo 1 - The Smog:
- CAPÍTULO 1 - THE SMOG
SEGUNDA-FEIRA, 7:50 AM
Uma torre colossal com várias ramificações se erguia do centro da Universidade. Incontáveis janelas estavam espalhadas por ela. Nas torres maiores, havia duas estátuas de enormes aves. Ho-Oh encontrava-se empoleirado em uma torre dourada, na esquerda, e Lugia em uma torre prateada, na direita. Ambos encaravam o longe, com uma de suas asas abertas. No topo da torre, havia um enorme Koffing de ouro maciço. Era extremamente difícil ver seu rosto, por causa do sol, mas as nuvens pareciam girar epicamente exatamente acima do Koffing. Aparentemente, essa era de fato a Universidade.
Havia dois prédios bem menores, mas extremamente largos, que formavam um círculo ao redor do prédio principal. Eles tinham uma estrutura mais simples, mas também tinham muitas janelas. Provavelmente aqueles eram os dormitórios. O campus também era bem grande, mas não impressionava tanto quanto a “Torre do Koffing”. Vários Pokémon estavam espalhados.
Lilly observava tudo bem assustada e impressionada. Ela conserta seus óclinhos de meia lua com armação vermelha após engolir em seco e segue em direção à torre enorme. O vento brincava nas folhas em sua cabeça enquanto ela corria bem rápido – pelo menos para os padrões das Petilils. – e tentava desviar dos Pokémon que estavam em seu caminho. Ela também carregava um livro enorme e em cima dele havia a programação de aula dos calouros e outras quinze páginas com as disciplinas que serão cursadas no futuro. “Como eu queria que minha Habilidade fosse Chlorophyll...”, pensou a pequena planta após quase tropeçar em um dos tentáculos de um Tangrowth descuidado.
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Sagark estava deitado em sua cama com uma expressão de tédio. Ele olhava para o quarto procurando algo pra fazer e nota que havia outra cama ao lado da dele.
- Heh, então infelizmente não poderei ficar sozinho aqui... – Lamenta Sagark.
Ele se levanta da cama e se dirige para a janela. Embora ele fosse um Zorua, ele conseguia alcançá-la perfeitamente. Lá embaixo, ele vê uma Petilil correndo desesperadamente com um livro duas vezes maior que ela em direção à construção principal da Universidade. A sirene indicando que as aulas iam começar toca. Sagark suspira e se dirige a porta do quarto, quando se depara com três Pokémon mal-encarados o observando: Um Abra, um Gastly e um Ferroseed.
- Ora ora, o que temos aqui... Mais um novato, heheheheh! – Gastly abre um grande sorriso.
- Um Pokémon fracassado... – Começa Abra. – Dizem que começou bem popular, mas agora está destinado a cair cada vez mais nas tiers.
O grupo cai na gargalhada enquanto Sagark apenas observava com uma expressão sonolenta os encrenqueiros se divertirem com a própria palhaçada.
- Sigh... Desde quando Tiers impedem que eu derrube qualquer um de vocês a qualquer momento?
Os três Pokémon param de gargalhar alto imediatamente e encaram o Zorua com raiva, mas o Ferroseed é o primeiro a argumentar.
- AHAHAHAHA! Eu sou um Pokémon Steel, não tenho medo de você. Além do mais, suas ilusõeszinhas são uma piada perto do meu Stealth Rock e dos meus Spikes.
- Não sabe nem ser original! Fica se escondendo atrás de cópias baratas que não trazem benefício algum.
Os três Pokémon voltam a gargalhar alto, fazendo outros Pokémon que passavam pelo corredor olharem feio para a cena. Sagark continuava quieto, mas ele abre um sorriso bem ameaçador.
- Está falando em ser original? Tudo o que vocês fazem é seguir a Smogon como se fossem filhotes de Psyduck que seguem a mamãe. – Começa Sagark com um tom provocador em sua voz. – São muito previsíveis. Quando aprenderem a fazer seus próprios movesets, a gente conversa. E Ferroseed, Steel não resiste Dark e eu posso aprende Flamethrower quando evoluir.
Os três Pokémon e Sagark se encaravam com enorme frieza. Era tão frio, que a temperatura no corredor realmente parece ter caído violentamente. O Gastly se aproxima lentamente de Sagark e os dois se encaram com expressões mais sérias do que normalmente é possível. Gastly começa a falar.
- Tsc, eu poderia te destruir aqui mesmo, moleque...
- YOOOOOOOOOO, O QUE ESTÁ ROLANDO AQUI?
Um som três vezes mais alto do que as gargalhadas dos três Pokémon encrenqueiros enche o corredor. Era uma espécie de Rap cantado por japoneses. Um Scraggy com enormes fones de ouvido e que balançava a cabeça, curtindo a música, se aproximava da confusão.
- Tsc... Joseph. – Gastly olha novamente para Sagark. - Nos vemos por aí, palhaço.
Os três vão embora, mas Ferroseed esbarra de propósito em Sagark, que, por sorte, não foi furado pelos espinhos. O Scraggy observava os três irem embora, ainda curtindo a música.
- Yooooo, bro. Suave na astronave? Tá tranquilão mermão?
- Você poderia abaixar um pouco o volume, por favor? – Sagark balançava as orelhas, incomodado.
- Claro maninho, claro. – O Scraggy desliga o iMetaPOD – A propósito, maninho. Me chamo Joseph, mas a galera aqui me conhece como Mano Joe, então me chame de Mano Joe, firmeza?
- Erm... Sim... Claro... Como quiser... – Sagark se esforçava para demonstrar sua vontade de sair dali imediatamente.
- Poxa, bro. Não precisa ser careta assim não. Vamos curtir a vida cara. Curtição, saca? Pegar altas Kirliazinhas novinhas, Bunnearies, até Mawiles servem. YOLO, MERMÃO. YOLO!
Sagark respirava lentamente, tentando se controlar. Ele não tinha desejado nada disso. Ele não sabia por que estava sendo castigado daquela forma. A missão dele não envolvia nada disso. Sentindo o seu autocontrole retornar, a raposa começa a falar.
- Então... Joseph... – Sagark é interrompido por um “É MANO JOE, BRO!”, mas prossegue. – A sirene já tocou e eu preciso ir...
- Ah sim maninho, bem lembrado. Eu estou aqui pra te mostrar a Universidade, incluindo a sala que você deveria estar agora mesmo, bro. Eu sou representante de classe, manim.
- M-Mas eu me vi... – Sagark é empurrado por Joseph e os dois saem dos dormitórios.
No campus, dava pra ver ainda muitos Pokémon espalhados por aí, como se não tivessem ligado para a sirene. Joseph mostrava rapidamente os locais para Sagark, que parecia não se importar muito em conhecer a Smogon University.
- ... E ali é um dos banheiros das garotas. Essa parte é um bom local pra encontrar gatinhas, mano, fica a dica.
- Banheiro das garotas? Eu espero que você não goste de entrar aí pra espiar as “Kirliazinhas novinhas”. – Sagark brinca, com tom sarcástico na voz.
- Nããããão, bro, que é isso, caaaara? – Joseph faz uma cara de choque. – Eu sou representante de clase, mano. Não faço coisa baixa não. Eu conquisto as gatinhas no papo, saca só.
Joseph se aproxima de uma Mawile que tinha uma expressão feroz e tenta a parar pra conversar. Alguns segundos depois, a Mawile o soca no estômago – com direito a som de super efetivo e tudo. – e se afasta, com uma expressão mais feroz ainda. Sagark começa a gargalhar, mas segura a risada quando percebe que Joseph se aproximava com uma expressão amargurada.
- E-Então maninho, ela já tá namorando e...
- Humpf, eu não ligo. – Sagark se dirige a entrada colossal da torre. – É aqui que tem as...
Sagark é interrompido por um som de trompetes. O portão da torre se abre e de lá saí um tapete vermelho que se desenrola até a entrada do campus. Joseph afasta Sagark rapidamente do local e percebe que os Pokémon que ainda estavam andando pelo campus aplaudiam, gritavam e se amontoavam ao redor do tapete vermelho. Era possível ver cinco Pokémon andando em cima do tapete: Um Talonflame, um Rotom, uma Kangaskhan, um Aegislash e um Trevenant. Como já estava óbvio, todo mundo parecia admirá-los.
- Quem são eles? – Sagark pergunta a Joseph.
- YOOOOOO, MANIM, VOCÊ NÃO CONHECE OS SMOGON RANGERS? – Joseph leva as mãos a boca. – Eles são os Pokémon mais famosos daqui. Eles são a elite dessa Universidade. Todos têm muito orgulho deles, bro.
- É mesmo...? – Sagark lança um olhar sério para a entrada da torre. – Bom saber...
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O precioso iPhione da Paty não parava de mandar notificações do Yamaskbook. Ela estava um pouco nervosa, porque sabia que a aula ia começar, mas não queria se desconectar. Ela pelo menos sabia que a vantagem de ser uma Pichu é que a bateria de seus aparelhos eletrônicos não era um problema. Depois de alguns minutos sem receber notificações, Paty se encosta-se à cadeira com uma expressão de tédio e fica mexendo no brinco azul da sua orelha esquerda, que tinha uns pelos bem bagunçados por sinal. Ela também olhava com atenção para a sala de aula lotada, especialmente para os garotos. Em sua mente, Paty fazia uma tier list dos seus colegas mais gatos.
Ela também observava os colegas que não conversavam ou bagunçavam a sala. Uma Petilil de óculos que escrevia freneticamente em um caderno enquanto consultava um livro duas vezes maior do que ela foi a que mais chamou a sua atenção. “Meh, que desperdício alguém bonitinha como ela ser tão estudiosa. Deve ser do tipo que fica o dia todo em casa estudando. Os garotos nunca a notarão desse jeito. É O MEU DEVER AJUDÁ-LA, UHUM!~”, pensa Paty. Ela se aproxima da Petilil estudiosa, mas paralisa no lugar ao escutar os milhões de números que ela murmurava.
- Trezentos e quarenta e oito vezes um ponto cinco menos a defesa especial do alvo que é cento e trinta e quatro...
“Ugh, números... Deixa pra lá...”, pensa Paty enquanto voltava tonta para a sua cadeira. Ela escuta um rap japonês vindo do corredor e vê um Zorua entrando na sala enquanto tentava ignorar o Scraggy que acenava alegremente pra ele. Ele senta-se perto da Petilil. “Uuuuuhhh~~ Você não é nada mal. Depois vou pedir pra adicioná-lo no Yamaskbook, uhum~”. Ela fica olhando fixamente para o Zorua, como se quisesse chamar a atenção dele. Depois de ficar longos dois minutos assim, ela discretamente senta-se ao lado dele. Quando ela ia puxar assunto, um brilho forte veio da porta da sala.
Um Espeon verde-limão entrava lentamente na sala de aula enquanto carregava um enorme troféu com os dizeres “OU do Ano”. Ele pousa delicadamente o troféu em cima da mesa e se vira pra classe.
- Bom dia, classe.
- BOM DIA!!!
- Ah, o professor chegou! – Paty bate palminhas de empolgação. – Minha primeira aula em uma Universidade, estou tão ansiosa, AI QUE EMOÇÃO!
“Sigh, que saco. Por que eu tinha que sentar entre uma patricinha e uma nerd?”, pensa Sagark totalmente amargurado com a sua posição.
- Eww, que professor sem graça. Esse verde-limão é tão demodê. – Olha discretamente para Sagark. – Por outro lado, esse Zorua é TO-TAL-MEN-TE o meu tipo, heehee.
O Espeon Shiny pigarreia e começa a aula.
- Eu sou o seu professor de Teoria das Tiers... – começa a andar de um lado para o outro. - ... Como vocês devem saber, a Smogon University, ou simplesmente “The Smog”, é encarregada de dividir cada espécie do nosso Mundo em Tiers, procurando buscar o equilíbrio perfeito nas batalhas. A Tier que todos mais almejam fazer parte é a Over Used. Por outro lado, alguns Pokémon só podem participar de batalhas dentro de condições especiais, por serem banidos. É o caso da Kangaskhan, dos Smogon Rangers...
A introdução continuou por duas horas, com o professor falando sem parar. Paty checou seu iPhione umas sete ou oito vezes nesse meio tempo. Sagark tirou boas cochiladas e Lilly fazia o seu melhor para prestar atenção na aula ao mesmo tempo que resolvia questões do livro de Cálculo de Dano do Oitavo Semestre que ela pegou emprestado na biblioteca.
- H-Hm... Com licença... – Lilly se dirigia a Sagark. – Você poderia me emprestar a borracha?
- Hm? Ah, claro. – Coloca a borracha na mesa da Lilly.
- O-Obrigada. – Lilly cora levemente enquanto voltava sua atenção para o caderno.
Paty observou a cena e fuzilou Lilly com o olhar, mas esta pareceu não perceber o olhar fulminante vindo da patricinha ciumenta. O professor observa Paty, Sagark e Lilly, para de falar por alguns segundos e prossegue.
- ... Pra você ser Over Used você TEM que ser bom. Um bom exemplo é euzinho aqui. Eu fui premiado como o OU da Quinta Geração. Ter um nome artístico também caiu como uma luva, afinal de contas, eu me chamo John Lemon...
Paty falha miseravelmente em segurar sua risada a tempo. Aparentemente, foi uma risada contagiosa, já que até Lilly riu. A expressão do professor mudou rapidamente para ódio profundo. Ele deu uma patada assustadora na mesa.
- VOCÊ QUE ESTÁ RINDO, VENHA AQUI PRA FRENTE, AGORA! – John se dirigia a Paty. – AGORA!
Lilly engole o riso imediatamente e a pobre Pichu se encolhe na cadeira. A sala inteira murmurava. Aparentemente, todos se assustaram pra valer dessa vez e a atenção inteira do ambiente voltou-se a Paty, que se dirigia toda desengonçada para a frente da sala.
- Você acha que eu estou brincando? – Começa John Lemon, falando com os dentes cerrados. – ACHA QUE ISSO É PALHAÇADA? – Aponta para seu precioso troféu em cima de sua mesa. – Você acha que o meu nome é engraçado, né?
- N-Não é isso se...
- SILÊNCIO! – Todo mundo presente na sala se encolhe na cadeira, menos Petilil, que já estava entretida novamente com o livro. – Então você é uma Pichu, né? Espécie fracassada. Nunca nenhum membro das espécies para as quais tu evolui sequer conseguiu sair de Never Used. E você vem zombar de MIM?
Paty se encolhia a cada grito que John Lemon dava. Lilly parecia não entender a situação e tentava erguer uma de suas mãozinhas para chamar a atenção do professor. Sagark, cansado disso tudo, percebe o esforço da pobre planta e decide ajuda-la.
- Professor, parece que a Petilil quer falar algo...
- CALADOS, EU AINDA NÃO TERMINEI AQUI!
Sagark suspira e Lilly tenta engolir o choro. Agora ela aparentava ser o Pokémon mais assustado que tinha na sala. Paty demonstrou esperança quando Sagark tentou interrompê-lo, mas agora parecia que ela também ia chorar.
- Sigh, escute aqui. Você pode rir do que quiser, mas isso não mudará o fato de que precisa de mim para tornar-se mais forte. Caso contrário, você só será mais um exemplar fracassado da sua espécie. Agora sente-se. – Agora se dirigia para Lilly. – Agora diga o que você queria dizer.
Paty se dirigia lentamente a sua mesa, toda murcha, ainda com a atenção da classe inteira voltada pra ela. Enquanto isso, Lilly tirava sua dúvida.
- B-Bem... É que... O senhor falou que você é OU, mas... O senhor também falou que você TEM que ser bom pra fazer parte dessa tier... Só que pelo que eu andei lendo, o senhor era de uma espécie bem... Inútil.
A última palavra caiu como quinze bigornas de oitenta toneladas. A sala inteira soltou um audível “WOOOOOW!”. Paty olhava extremamente surpresa e admirada para a Petilil. Sagark solta um longo assobio – sua forma de demonstrar surpresa. Mas Lilly parecia não entender o alvoroço. John Lemon estava parado, com uma cara de ódio mortal. Realmente, ele não se mexia nem um milímetro. Ele estava passando de verde-limão para roxo, bem lentamente, até que ele solta um grito assustador.
- Então quer dizer que você é abusada também?
- O-O qu... – Lilly parecia finalmente ter se tocado. – N-Não, eu só...
- ESTÁ INSINUANDO QUE EU SOU UMA PORCARIA? – John Lemon aproximava seu rosto ameaçadoramente de Lilly e cuspia toda vez que gritava. – ESTÁ INSINUANDO QUE O MEU ESFORÇO FOI PARA NADA?
Paty ainda não acreditava no que tinha escutado, mas ela fazia gestos de corte na garganta, esperando que a Petilil parasse de falar. John Lemon se aproximava mais e mais da pobre planta, que pareceu ter murchado de uma hora pra outra. Lilly lutava para não chorar, mas as lágrimas que ameaçavam cair ardiam demais.
- Sigh... Professor, você já está a quinze minutos reclamando e até agora não passou nenhum conteúdo.
- Oh hoho, parece que temos um faminto por sabedoria aqui, né? – Se vira rapidamente para Sagark, ainda com resquícios do seu ataque de fúria estampados em seu rosto. – Muito bem, senhor...?
- ... Sagark.
- Sagark. Muito bem, logo logo você terá a aula que quer, mas... – Se vira para Lilly e Paty. – Vocês duas, para a sala do Diretor.
Paty começou a suar frio da cabeça aos pés. Lilly tremia descontroladamente na mesa, mas surpreendentemente conseguiu se levantar e se dirigiu a porta, junto com Paty. John Lemon fecha a porta atrás delas com fúria, fazendo o som da porta se fechando ecoar pelo corredor inteiro. Lilly ainda tremia e Paty olhava a pobre plantinha, com pena. Esta segura a mão dela e fala.
- Eu achei que você fosse tímida, mas você foi ÍN-CRÍ-VEL!~ - Paty sorri amigavelmente pra Lilly.
- E-Eu... – Lilly limpa a lágrima que caiu de seu olho. – Obrigada, heehee. – Lilly cora levemente.
- A propósito, eu me chamo Paty. Depois eu te adiciono no Yamaskbook.
- Eu sou Lilly e... Eu não tenho Yamaskbook.
Dois Magnemites apareceram no corredor para levá-las a sala do Diretor, no último andar. Levaram alguns minutos para chegarem lá, porque tiveram que subir uns cento e quarenta andares. O último andar era apenas para o Diretor. Os Magnemites não saíram do elevador, apenas as mandaram continuar. A sala de espera tinha tapete vermelho, vários quadros com Koffings e sofás de couro. Uma Loppuny de óculos estava sentada em frente a um computador. Aparentemente era a secretária. Ela observava atentamente Paty e Lilly, mas estas não perceberam.
- Vocês... Já podem entrar. – Disse a Loppuny sem olhar para elas. – Mas uma de cada vez e bem devagar, por favor.
Lilly engoliu em seco, largou a mão da Paty e foi na frente. Paty agora mostrava estar assustada, já que nem tinha se levantado do sofá. Lilly abre a grande porta e se depara com uma sala parecida com a que ela estava antes, só que com uma mesa muito maior e cheia de coisas, que com certeza era do diretor, e com quadros maiores. Uma enorme janela que parecia uma boca sorridente se encontrava atrás da mesa. Uma cortina dourada estava fechada, permitindo se ver a bela paisagem. Era como se ela estivesse dentro do Koffing do topo da torre. Mas o que mais chamou a atenção de Lilly foi a porta aberta que estava no canto da sala. Essas portas revelavam escadas de pedra que levavam para algum lugar bem escuro. Uma luz roxa iluminava a parede também de pedra. Nela, era possível ver uma sombra empurrando outra. E depois disso, um forte brilho roxo escondeu o resto da cena.
- Ei Lilly, o que você está fazendo? Entra logo! – Diz Paty após empurrá-la para dentro da sala do Diretor.
- A-Ah, perdão...
Quando Lilly voltou sua atenção para a porta com a luz roxa, ela percebe que ela se encontrava fechada... E um Koffing estava parado em frente a ela, olhando as duas garotas.
- Capítulo 2 - One Who Fights the Smog:
CAPÍTULO 2 – ONE WHO FIGHTS THE SMOG
Lilly e Paty pareciam estar assustadas com o Koffing, que com certeza era o Diretor, mas ele logo abriu um sorriso para as duas – Como se um sorriso de um Koffing fosse melhorar algo. – e as convida para se sentarem nas cadeiras em frente a mesa dele ao mesmo tempo que ele se dirigia a sua própria cadeira. As duas obedecem imediatamente com uma expressão séria, tentando disfarçar o nervosismo. O Diretor então começa a falar.
- Paty e Lilly, certo? – As duas acenam positivamente com a cabeça. – Minhas queridas, eu sinto muito que o primeiro dia de aula de vocês já tenha sido assim, hohoho.
As duas garotas se entreolham, surpresas que o Diretor fosse tão amigável assim. Lilly se perguntava se era porque as duas eram novatas. Elas também achavam engraçado o sotaque alemão do Diretor.
- Então, já me foi explicado o que aconteceu. Eu conheço o John Lemon há bastante tempo, esse é mesmo o jeito dele. – O Sr. Smogon se aproxima de Paty e Lilly e sussurra. – Pena que ninguém explicou a ele que ele só ganhou aquele troféu porque ele realmente vem de uma espécie que era “inútil” no passado, hohoho. – O Diretor dá uma piscadela pra Lilly, que dá uma risadinha.
Os três passaram um bom tempo conversando. O Sr. Smogon explicou a elas a meta da Universidade, que é trazer à tona as capacidades competitivas dos Pokémon. Com o tempo, as duas garotas foram se sentindo confortáveis em estar ali e finalmente perceberam que nada de mais ia acontecer com elas. Ele também aproveitou pra falar sobre tiers para as duas e de uma forma bem mais rápida do que a do John Lemon. Já era um pouco tarde e o Sr. Smogon manda as duas voltarem pra sala de aula para buscar suas coisas. Ele providenciou que ambas ficassem no mesmo dormitório a partir de agora.
- Ah sim, só mais uma coisa. – As duas, que já estavam prestes a sair da sala, param de repente. – Nós, da Smogon University, sabemos que muitos Pokémon não estão satisfeitos com nossas regras... E nós suspeitamos que haja uma organização trabalhando para nos prejudicar. Já vandalizou muito o nosso campus. Gostaria de pedir a ajuda de vocês. Se ficarem sabendo de algo, por favor, avisem. E tenham cuidado também.
Lilly lembrou-se que tinha um aviso sobre isso no formulário de matrícula. Parece que essa tal organização realmente está trazendo muitos problemas, para ter feito o Diretor relembrá-las sobre isso. As duas acenam com a cabeça e se retiram da sala. Um Sneasel que estava de cabeça para baixo na parte de fora também se retira do local. Ele com certeza conseguiu prestar atenção na conversa inteira.
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TERÇA-FEIRA, 7: 15 AM
Quando Sagark acordou, ele percebeu que não estava sozinho no dormitório. Havia um Machoke na outra cama, que roncava extremamente alto. Provavelmente um dos roncos que o acordou. Na mesinha ao lado de sua cama, havia um papel. Ele pegou o papel e percebeu que era um bilhete preguiçosamente dobrado.
“Yoooo manim, me encontre na quadra após o jogo de basquete que vai ter às 21:00, falous? É algo muito importante que preciso falar contigo, brozim.”
Sagark se perguntou como Joseph conseguiu deixar aquele bilhete lá dentro. De qualquer forma, ele não queria se atrasar para a próxima aula. Não queria chamar atenção ganhando fama de mau aluno. Isso poderia atrapalhar a sua vingança. Antes de sair, ele pensou em acordar o Machoke dorminhoco, mas lembrou-se que não se importava com os outros Pokémon da Universidade e se retirou. Ele também percebeu que não via o trio de palhaços que mexeu com ele em lugar nenhum.
Enquanto andava pelo campus para chegar na Grande Torre, – Aparentemente era assim que os alunos se referiam a torre que tinha as salas de aula. – Sagark percebia que os Pokémon estavam mais agitados do que o normal e mexiam em seus iPhiones a toda hora. Ele podia escutar vários Pokémon falando exatamente da mesma coisa.
- Caaaaara, eu não consigo acreditar nisso, na moral. – Dizia uma Roselia para outra. – Será que é verdade mesmo esse tal “Paraíso Pokémon”?
- Não sei... Isso não soa utópico demais não?
- Sei lá, mas a Smogon University é tão incrível que eu não duvido nada...
- ... Pois é, cara, dizem que o povo da Smogon já matou muitos Pokémon e que eles ficam de guerrilha em várias partes do mundo. – Dizia um Mudkip para um Totodile.
Sagark ignorava os rumores ao máximo que podia, mas ele já sabia que a Smogon matava. Ele cerra os dentes e continua a seguir em direção para a sala de aula. Ao chega lá, ele esbarra em um Elgyem que parecia bem agitado.
- Ah, me desculpa, cara. – Diz o Elgyem. – EI, tu ficou sabendo das p*** da Smogon, mano? Eles escondem muita bosta, cara.
- Sim, eu fiquei sabendo de umas teorias da conspiração mesmo. Mas você parece saber mais.
- Sim, mano. É muita bosta cara. Assassinatos, guerras, um portal estranho...
- Portal?
- É, cara. – O Elgyem se aproxima de Sagark e começa a sussurrar. - Dizem... Que é um portal que leva para o mundo dos humanos. – O Elgyem sorri ao ver que Sagark exclamou. – Éééé, cara. Parece que a Smogon não é lá essas coisas não. Enfim, vou nessa. Só não sai por aí espalhando essas m***, cara.
Sagark senta-se em uma cadeira, pensativo. “Um portal pro mundo dos humanos...?”. Seu pensamento foi interrompido com a cena de um Ursaring carregando um copo com suco de laranja. Aparentemente ele era o professor daquela disciplina.
- BOM DIA, ALUNOS! – O Ursaring toma um gole do suco de laranja. – QUE DELÍCIA, CARA! Para quem não me conhece, eu sou Jailson, professor de Sinergia. VAMOS DEIXAR UM OCO NO APRENDIZADO.
A sala inteira ri, menos Sagark, que se sentia estranho em ter uma aula com um professor daqueles...
TERÇA-FEIRA, 18:00
Sagark ainda não acreditava que a aula tinha passado tão rápido, mesmo com um professor estranho como aquele. Ele estava na cantina, que ficava próxima a quadra de esportes. Como o movimento ali era grande, especialmente nesse dia, que ia ter um jogo de basquete entre os Makakitos e os The Furries, dois times extremamente populares na Universidade.
Começou a chover pesado repentinamente. Era possível ver vários Pokémon fugindo da chuva e outros... Correndo ao encontro dela, mas era apenas um Politoed que estava de passagem.
- Calma, pessoal. Daqui a cinco turnos passa, heheh.
- UUUUUH, THE SWEEP IS HERE! – Dizia um Kingdra bem estranho, que dançava ao redor do Politoed.
Uma Pichu escorrega e deixa seu iPhione cair perto de Sagark. Este a reconhece e vai a ajudar.
- Isso é seu?
- Huh? Ah, é sim, obrigada.~ - Paty fica parada por alguns segundos. – Eeeeei... Você é o Zorua de ontem? – Sagark percebe que ela cora levemente.
- Uuhh... Sim...? Ah, lembrei de você. Paty, né?
- Kyaaa, ele sabe meu nome...! – Paty leva as mãos pras bochechas e fica murmurando algumas coisas. – M-Mas eu não sei o seu nome.
- Sagark.
- A-Ah sim... Hm... Prazer.
Levou algum tempo até os dois perceberem que estavam se molhando com a chuva causada pelo Politoed. O Kingdra ainda dançava loucamente pelo lugar, ainda cantando aquela música estranha de “SWEEP”. Os dois decidem voltar pra cantina. Um Machoke, o mesmo que é colega de quarto do Sagark, estava rodeado de garotas. Uma Togekiss, uma Gardevoir e até uma Onix ficavam admirando os músculos dele. Este nota Sagark e Paty passando perto do grupinho e se dirige a Sagark. Ele usava óculos escuros e uma jaqueta de couro.
- Yooooo, Sagark. – O Machoke dá uns tapinhas nas costas de Sagark, que tosse. – A gente ainda não teve a chance de conversar, mas eu me chamo Muscles... – Muscles nota Paty. – E aí novinha?
- Erm... O-Olá.
- Como eu ia dizendo, eu sou Muscles, o Rei do Baile Funk. Quer conhecer meus 10 Mandamentos, princesa?
- Não, obrigada. – Paty suspira. – E eu não sou princesa, eu me chamo Paty, humpf. – Paty começa a murmurar pra si mesma. – Aaai, que saco esses idiotas que se acham.
- Enfim, Saga. – Muscles volta a se dirigir pra Sagark. – Não sei se cê viu o bilhete que deixei em cima da sua mesinha. É do seu amigo Joseph. Figurassa, ele.
- Ah... Sim, obrigado. Eu vi sim.
- Enfim, eu vou indo, cara. Parece que a Onix me deu mole. Se eu voltar tarde pro dormitório, já sabe, né? E boa sorte com sua gatinha aí.
Sagark não respondeu e Paty parecia que não queria ir embora. Os dois ficaram vários minutos sem falar nada, até que ele finalmente cedeu ao desconforto da situação e decidiu falar qualquer coisa que viesse a sua mente.
- E... Então? Como é que está aquela sua amiga nerd?
- Ah, a Li’l. Ai, ela nem é nerd. Ela só é esforçada mesmo. – Começa Paty. – Eu falei pra ela vir assistir o jogo comigo, pra ver se ela arranja algum namorado, mas a timidez dela nem deixa. – Paty faz uma cara triste. – Siiigh, será que se eu disser que os caras gostam de garotas delicadas ela muda de ideia?
E dessa vez, Paty começou a falar sem parar. Sagark de repente começa a sentir falta do silêncio de alguns minutos atrás. Primeiro ela começa falando de garotos. Depois ela fala de mais rumores sobre a Smogon, como o que o Elgyem tinha falado pra ele e um relacionado ao DNA que eles pegam dos Pokémon que matam.
Depois de vários minutos, o jogo começa. Era uma partida entre um time de Aipoms contra um de Furrets. Todos que assistiam vibravam a cada lance. Várias jogadas profissionais, vários passes, vários pontos. Todos eram muito ágeis e sabiam o que estavam fazendo. Até Sagark que não se interessava muito nessas coisas estava prestando bastante atenção nos lances. Paty tirava fotos freneticamente com seu iPhione
Faltava um minuto para o jogo acabar. Makakitos tinha 95 pontos enquanto que os The Furries tinham 92. Todos no local estavam tensos. Um dos Furrets pega a bola rapidamente. Dribla um, dribla dois, dribla três, lança a bola e... Marca 3 pontos para o time! Todo mundo gritou quando o jogo empatou. Faltavam poucos segundos para o jogo acabar, mas ainda dava tempo de um dos times marcar mais pontos. Nenhum dos Furrets conseguiam pegar a bola de um Aipom, que parecia ser a estrela dos Makakitos. Este Aipom salta, mas para a surpresa dele e de todos, o Furret que tinha feito o jogo empatar consegue pegar a bola no ar e some de repente. Ele era extremamente veloz, era incrível.
- VAI SHACK! VAAAAAI!!! – Gritava o treinador do The Furries.
Shack estava driblando de forma mais surpreendente do que no lance em que ele fez o jogo empatar. Era praticamente impossível acompanha-lo. Os Aipoms estavam confusos e tentavam se recompor, mas já era tarde. Shack salta incrivelmente alto, fazendo a cesta mais linda que todos já viram. The Furries tinham feito 98 pontos assim que o jogo terminou. A torcida vibrou de forma surpreendente, todos estavam bem empolgados com o jogo. Vários minutos se passaram e o lugar começou a esvaziar. Paty se despede de Sagark e este começa a olhar para os lados, procurando Joseph. Ele olha para o relógio, que marcava 21:03. Ele agora estava sozinho na quadra... Ou era o que ele achava.
- Tsc. Ele está de palhaçada comigo?
Quando ele estava se preparando pra se retirar, três vultos apareceram do nada e o cercaram. Eram três Sneasels, que tinham sorrisos maléficos. Eles não pareciam nem um pouco amigáveis.
- Desculpa, raposão. Mas seu amiguinho não vem hoje.
- O... Quê?
Era possível escutar passos metálicos, mas não dava para ver ninguém. Os Sneasels pareciam estar lá para impedir Sagark de fazer algo... E de repente, uma voz extremamente fria começa a falar.
- Nome, Sagark. Dois anos de idade. Orfão. Mãe foi assassinada pela Kangaskhan dos Smogon Rangers. Seu corpo sumiu.
Sagark rosna enquanto cerra os dentes. Ele arranha o rosto de um dos Sneasels e começa a correr, mas algo muito pesado e gelado cai em cima dele. Ele sentia uma lâmina encostada em seu pescoço. Sagark pode ver que era um Bisharp que o imobilizava.
- Procurando vingança? Quer destruir a The Smog, certo? – Começa a rir. – Mas parecia estar se divertindo com o jogo de basquete. Você está contra a The Smog, ou a favor dela? Responda.
- Tsc. Você é um dos capangas do Smogon, certo? Já me descobriram tão ce...
O Bisharp recolhe a lâmina do seu braço e aplica um Brick Break na nuca de Sagark. Tudo fica escuro e Sagark apaga.
Última edição por DarkRoxas em Dom 02 Fev 2014, 12:17, editado 1 vez(es)
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