Moacyr Alves, presidente da ACIGames e responsável por projeto que pretende diminuir os preços dos games no Brasil, dá entrevista polêmica e que pode mudar - para pior - a realidade gamer do Brasil.
Se lembra, há um tempo atrás, quando campanhas por preços mais justos nos games e consoles pipocaram na internet? Uma delas era liderada por Moacyr Alves Jr e, em pouco tempo, conseguiu uma grande adesão do público gamer, que realizou considerável militância em fóruns, sites e redes sociais.
Recentemente, este mesmo Moacyr Alves foi nomeado consultor do Governo Federal para assuntos relacionados a Jogos Eletrônicos e Conteúdos Digitais. Basicamente, ele será o norte dos políticos quando o tema for games. Tudo o que os políticos não souberem ou precisarem saber sobre games, na hora de criar ou modificar leis e projetos, o Moacyr deverá ser consultado. Num português claro, ele será um conselheiro dos políticos quando o assunto for games.
Até então, muito para se comemorar. Nas palavras do próprio Moacyr, durante a GameWorld deste ano, "nós passamos para o próximo nível. Agora, é possível que consigamos baixar a carga tributária ainda este ano, de uma forma mais eficiente".
Mas as coisas nem sempre são como queremos ou imaginamos. Em entrevista concedida para alunos do 5º semestre de Bacharelado em Audiovisual do Centro Universitário Senac, Moacyr fez uma declaração que pode ter objetivos nobres, mas que pode sair pela culatra.
Falando sobre a falta de regulamentação no Brasil sobre o comércio digital de games (como o Steam e Origin), Moacyr deixou claro que pretende regulamentar e criar leis e impostos sobre o comércio digital de games.
Antes que você comece a cuspir fogo, vamos tentar entender o ponto de vista de Moacyr: Sistemas de venda digital como Steam e Origin não repassam valores de impostos para o consumidor, uma vez que não pagam estes impostos. Com este preço abaixo da média nacional, a procura por seus serviços é elevada o suficiente para que garanta um retorno financeiro. Este sucesso garantido, por sua vez, faz com que não haja interesse destas empresas de instalar um escritório ou uma sede no Brasil, afinal, com ou sem sede, estão vendendo muito bem. Sem sede ou escritório nacional, o mercado brasileiro não se desenvolve, pois não há base instalada no país. Sem base, não temos maior desenvolvimento e, assim, permanecemos nessa nossa realidade de impostos altos, games mais caros e poucas empresas no Brasil.
Soma-se o fato que isto gera uma queda na venda de mídias físicas em lojas e, para alguns, até uma concorrência desleal, afinal, a loja paga impostos para vender um game de mídia física, ao contrário da Steam ou Origin. Como exemplo, basta comparar o preço de um game para consoles na loja e um game para PC na Steam ou Origin.
O problema? Criando leis e impostos sobre o comércio digital, o custo do serviço cresce e, provavelmente, é repassado para o cliente. Nesse caso, você mesmo. Além disso, forçar empresas como Steam ou Origin a seguir regras para poder vender no país pode desestimular estas de continuar oferecendo games no Brasil em forma digital (Origin, por exemplo, vende seus games já em Real, sem precisar realizar cotação do Dólar americano). Num futuro mais pessimista, isto poderia fazer com que estes serviços fossem cancelados no Brasil.
Por fim, mas não menos relevante, vale lembrar que a ACIGames, presidida pelo Moacyr Alves Jr, tem como um dos principais associados a UZ Games, talvez a maior franquia de venda de games físicos do Brasil. E seria muito interessante para lojistas, como a UZ Games, encontrar uma realidade onde a venda física e digital fosse mais equilibrada.
Você pode conferir a entrevista completa no vídeo abaixo. A declaração de Moacyr encontra-se a partir dos 16:00.
Se lembra, há um tempo atrás, quando campanhas por preços mais justos nos games e consoles pipocaram na internet? Uma delas era liderada por Moacyr Alves Jr e, em pouco tempo, conseguiu uma grande adesão do público gamer, que realizou considerável militância em fóruns, sites e redes sociais.
Recentemente, este mesmo Moacyr Alves foi nomeado consultor do Governo Federal para assuntos relacionados a Jogos Eletrônicos e Conteúdos Digitais. Basicamente, ele será o norte dos políticos quando o tema for games. Tudo o que os políticos não souberem ou precisarem saber sobre games, na hora de criar ou modificar leis e projetos, o Moacyr deverá ser consultado. Num português claro, ele será um conselheiro dos políticos quando o assunto for games.
Até então, muito para se comemorar. Nas palavras do próprio Moacyr, durante a GameWorld deste ano, "nós passamos para o próximo nível. Agora, é possível que consigamos baixar a carga tributária ainda este ano, de uma forma mais eficiente".
Mas as coisas nem sempre são como queremos ou imaginamos. Em entrevista concedida para alunos do 5º semestre de Bacharelado em Audiovisual do Centro Universitário Senac, Moacyr fez uma declaração que pode ter objetivos nobres, mas que pode sair pela culatra.
Falando sobre a falta de regulamentação no Brasil sobre o comércio digital de games (como o Steam e Origin), Moacyr deixou claro que pretende regulamentar e criar leis e impostos sobre o comércio digital de games.
Antes que você comece a cuspir fogo, vamos tentar entender o ponto de vista de Moacyr: Sistemas de venda digital como Steam e Origin não repassam valores de impostos para o consumidor, uma vez que não pagam estes impostos. Com este preço abaixo da média nacional, a procura por seus serviços é elevada o suficiente para que garanta um retorno financeiro. Este sucesso garantido, por sua vez, faz com que não haja interesse destas empresas de instalar um escritório ou uma sede no Brasil, afinal, com ou sem sede, estão vendendo muito bem. Sem sede ou escritório nacional, o mercado brasileiro não se desenvolve, pois não há base instalada no país. Sem base, não temos maior desenvolvimento e, assim, permanecemos nessa nossa realidade de impostos altos, games mais caros e poucas empresas no Brasil.
Soma-se o fato que isto gera uma queda na venda de mídias físicas em lojas e, para alguns, até uma concorrência desleal, afinal, a loja paga impostos para vender um game de mídia física, ao contrário da Steam ou Origin. Como exemplo, basta comparar o preço de um game para consoles na loja e um game para PC na Steam ou Origin.
O problema? Criando leis e impostos sobre o comércio digital, o custo do serviço cresce e, provavelmente, é repassado para o cliente. Nesse caso, você mesmo. Além disso, forçar empresas como Steam ou Origin a seguir regras para poder vender no país pode desestimular estas de continuar oferecendo games no Brasil em forma digital (Origin, por exemplo, vende seus games já em Real, sem precisar realizar cotação do Dólar americano). Num futuro mais pessimista, isto poderia fazer com que estes serviços fossem cancelados no Brasil.
Por fim, mas não menos relevante, vale lembrar que a ACIGames, presidida pelo Moacyr Alves Jr, tem como um dos principais associados a UZ Games, talvez a maior franquia de venda de games físicos do Brasil. E seria muito interessante para lojistas, como a UZ Games, encontrar uma realidade onde a venda física e digital fosse mais equilibrada.
Você pode conferir a entrevista completa no vídeo abaixo. A declaração de Moacyr encontra-se a partir dos 16:00.
Fonte: GameVicio
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