http://www.nintendotudo.com.br/2011/07/analise-legend-of-zelda-ocarina-of-time.html
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Tudo o que é bom dura o tempo necessário para se tornar inesquecível. É com essa citação que começa a análise do jogo mais esperado para o 3DS desde o lançamento do aparelho. The Legend of Zelda: Ocarina of Time foi lançado para o N64 em 1998. E agora, 13 anos depois, o título recebe uma digna remasterização. Ocarina of Time 3D mostra o potencial do 3DS rodando um dos melhores jogos da história em um portátil, mas também torna o clássico game ainda mais memorável. Se você já jogou, terá motivos de sobra para recomeçar a jornada na pele de Link. Se nunca jogou, tome vergonha na cara e comece sua aventura!
Para tornar esta análise ainda mais épica, leia ouvindo esta música.
A história que virou lenda
Depois de criar e dar vida a Hyrule, as três deusas Farore, Nayru e Dins criaram a Triforce. O objeto sagrado de poderes inimagináveis foi selado no Temple of Time. No entanto, quando o temível Ganondorf planeja pôr as mãos na Triforce para usá-la para o mal, Link terá partir numa jornada para impedir os planos do vilão. Unindo forças com a princesa Zelda, enfrentando perigos em cada canto de Hyrule e conhecendo dezenas de personagens únicos, o jovem Link descobrirá que seu fardo é maior do que ele imagina: será ele capaz de salvar o mundo?
A progressão no jogo se dá pelas dungenos. Neste quesito, o jogo brilha. Cada templo tem mecânicas próprias e elas te desafiam de um jeito diferente. Quando criança, Link precisa obter as Spiritual Stones escondidas em Kokiri Forest, Death Mountain e em Zora’s Domain. Depois de obter uma pedra espiritual de cada elemento, parece que o jogo encerará ai, mas não. Ainda há mais da metade da aventura pela frente, pois uma viagem no tempo levará Link até a vida adulta. Ele terá de encarar mais uma leva de dungeons para salvar uma Hyrule que, agora, está dominada por Ganondorf.
Essa mudança parece simples, mas muda completamente a ótica do jogo. Os desafios ficam mais difíceis, a atmosfera é mais apocalíptica e muitos dos cenários são alterados. É legal como algumas side-quests exploram essa viagem no tempo, não é nada como em Zelda: Majora’s Mask (N64), mas é interessante. Falando em side-quests, estas são uma qualidade invejável de Ocarina of Time, pois aumentam ainda mais o tempo de jogo (que já é extenso).
Prático e rápido
Depois do sucesso da série Zelda no mundo 2D, Ocarina of Time elevou o nível de excelência da franquia levando-a ao universo tridimensional com dignidade, tal qual Mario fez. A jogabilidade sólida no plano 3D foi revolução na época e agora é mais uma vez aclamado no 3DS. O portátil tem botões o suficiente para tornar a jogatina confortável, embora o tamanho dos botões do 3DS em relação ao N64 seja menor. Para compensar, o aparelho 3D faz uso da tela de toque para facilitar a navegação por menus e uso de itens. Primeiramente, dar atenção à fada Navi, trocar para a câmera em primeira pessoa e tocar canções na Ocarina são ações com ícones próprios na tela inferior. Os outros itens (como bumerangue, Iron Boots, bombas, etc.) são posicionados em 4 slots na touchscreen, sendo 2 acionados também pelos botões X ou Y. Estes atalhos facilitam muita as coisas e tornam a escolha entre os itens ao prático, o que evita ficar pausando o jogo toda hora para realizar essa ação.
Com o Circle Pad você movimenta Link de uma forma natural, melhor do que usando a alavanca analógica do N64. O Z-Targeting (ferramenta de OoT que revolucionou os combates em 3D) continua ótimo. Usando o giroscópio do 3DS, é possível mirar com itens como o estilingue e o Hookshot. Também é possível movimentar o 3DS para ver ao redor de Link ou usando a visão em primeira pessoa, o que permite ver melhor cada canto de Hyrule. Os sensores de movimento funcionam muito bem, mas podem ser substituídos pelo Circle Pad. O único mal deles é que atrapalham um pouco o efeito 3D, é preciso mover o tronco e a cabeça junto as braços para manter o efeito 3D funcionando.
Colírio para os olhos
Por mais que o Ocarina of Time original tenha impressionado, na época, pelo gráficos, muitos jogadores atuais torcem o nariz ao olhar para o visual ultrapassado da versão para N64. Realmente, não há como admitir que o game merece uma roupagem nova. E não é que a Nintendo realmente fez isso? Deixar a remasterização de Ocarina of Time nas mãos da Grezzo parecia estranho, visto que nem todos conhecem o estúdio, mas o resultado é excepcional. Embora os modelos em 3D continuem os mesmo, todas as texturas foram refeitas e as animações ficaram muito legais. Cada mínimo detalhe do jogo está mais lindo. Desde as planícies de Hyrule Field até o Water Temple, tudo está impecável, sem aquele visual “quadrado” do N64. Quando você começar a jogar, mesmo sabendo que o primeiro objetivo é obter a espada e o escudo de Link, provavelmente você só se preocupará com isso depois de passar uns vinte minutos percebendo como Kokiri Forest ficou linda. Mas o que mais admirei foi o Inside Jabu Jabu’s Belly, um cenário que se tornou ainda mais orgânico e vivo. (veja as comparações abaixo e ao lado)
As animações, como dito, também se tornaram ainda melhores. Link agora olha para as coisas que Navi aponta, mesmo que o jogador não interaja com estes elementos. Personagens também se viram para falar com Link com um animação melhor. Não só isso como pulos, espadadas e tudo mais está muito mais fluido a 30 quadros por segundo (ao invés dos 20 da versão N64). É interessante ver como as roupas de Link se movem junto a ele, não são feitas quase de pedra como no original.
E o que dizer do efeito 3D? Se você achava que o recurso era bobagem, melhor dar um olhada no que ele pode fazer jogando Ocarina of Time 3D. A sensação de profundidade é imensa, imersiva e torna as coisas ainda mais profundas. Explorar um Hyrule remasterizada é diferente de explorar um Hyrule remasterizada em 3D. Mas também há muitas coisas que “saem da tela” em Ocarina of Time 3D. Aqueles vagalumes de Kokiri Forest, as penas das galinhas quando você corre segurando uma delas e muito mais. Este é um dos primeiros games de 3DS que te aconselho a manter o 3D ligado do início ao fim da aventura e dane-se o consumo de bateria maior.
Conteúdo Extra?
Neste quesito, Ocarina of Time 3D se torna uma mera remasterização, ao invés de um remake. Não que as mudanças tenham sido ruins, muito pelo contrário, mas não foram ofertados muitos motivos para quem já jogou várias vezes a versão original comprar essa para 3DS. Ao terminar a aventura normal, são liberadas duas opções. Uma delas é a Boss Challenge, na qual, ao deitar na cama de Link, você pode reviver as lutas contra os chefes para conseguir melhores performances em relação ao tempo. A segunda opção é jogar o game no modo Master Quest. Neste modo, alguns puzzles tornam-se mais difíceis, os inimigos infligem mais dano e o cenário é todo invertido (o que é esquerda vira direita e vice-versa). Levando em conta que o Master Quest já estava disponível no Bonus Disc para GameCube (exceto que não era invertido), a única adição é o Boss Challenge mesmo. Um outro recurso inédito (embora não seja nada incrível) é a opção de receber dicas pelas Sheikah Stones, o que ajuda os novatos a não empacarem em determinada parte do game.
Fora tudo isso, não houve nenhuma mudança estrutural no game. O uso da touchscreen e do giroscópio é legal, mas queria muito mesmo era conteúdo extra. Uma nova dungeon? Novas side-quests? Desafios diários via SpotPass? Nada disso, só o velho (e excelente) Ocarina of Time remasterizado em 3D. E é exatamente esta a carência que afastam este game de receber a nota 10.
A versão definitiva do clássico
O divisor de águas, Ocarin of Time, está de volta em Ocarina of Time 3D. Maior praticidade, uso dos sensores de movimento, gráficos muito bem feitos e algumas adições fazem deste título obrigatório para donos de 3DS, e motivo para quem não comprar pôr as mãos em um o mais cedo possível. Cavalgar por Hyrule nunca foi tão divertido e o efeito 3D é um digno diferencial em relação à versão original. A sonoplastia continua épica, o único problema é que não houve qualquer melhora na qualidade das composições. Com exceção do tema Hyrule Field (a canção que pedi para ler durante a leitura), nenhuma outra música recebeu versões rearranjadas. O resultado com músicas orquestradas em Super Mario Galaxy 2 (Wii) foi muito bom, então por que não tentar em Ocarina of Time? Com certeza teria feito deste jogo um item de colecionador (mais do que já é).
Hora de voltar à Hyrule e encarnar o Hero of Time mais uma vez, pessoal!
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D – 3DS – Ação e Aventura
Gráficos: 9,5 | Sons: 7,5 | Jogabilidade: 9,5 | Diversão: 10,0
Nota final: 9,5
Nota: Esta análise foi escrita e publicada originalmente no meu site, o Nintendo Tudo:
http://www.nintendotudo.com.br/2011/07/analise-legend-of-zelda-ocarina-of-time.html
Última edição por Luiza Pereira em Seg 18 Jul 2011, 20:42, editado 1 vez(es)
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