Já fazem 30 anos desde que a Nintendo estreou a sua franquia mais solitária, fria e que faz você andar pelo mundo sem rumo (quase sempre): Metroid.
Se parar pra pensar, os fãs receberam dois presentes esse ano: um oficial que prioriza o multiplayer e é colorido, mas consegue se igualar com os demais, e o não-oficial que, apesar de ser um remake, conseguiu capturar a essência do original e refiná-la com recursos de outros jogos da franquia, sendo não apenas um jogo, mas um compilado de um pouco de tudo que a franquia ofereceu de bom ao longo do tempo.
Eu, @Giant Luck(a) (Gian), junto com a @Pedrock, falaremos sobre Another Metroid 2 Remake
Eu, @Giant Luck(a) (Gian), junto com a @Pedrock, falaremos sobre Another Metroid 2 Remake
O jogo nasceu em 2008, como um projeto de aprendizagem, um meio do artista original aprender a programação do Game Maker 7, uma plataforma de criação de jogos 2D no estilo arrasta e solta do Super Mario Maker que possui um sistema GML que permite a programação progressiva e a disponibilidade do jogo em múltiplas plataformas.
Depois de mover o projeto para o Game Maker: Studio, outros artistas chegaram e ajudaram com os inimigos prinicipais, os sprites, os inimigos de complemento das zonas e os chefões. Porém o projeto foi quase inteiramente feito por Milton Guasti.
Os lançamentos de demos, os feedbacks, o fórum, tudo culminou nesse remake, que, infelizmente, teve links de download removidos pela Nintendo devido ao uso ilegal de propriedade intelectual (DCMA), mas a internet já cuidou disso (baixei o jogo através de um arquivo upado por um fã no Baixaki.).
Isso também não significa o fim do game, já que o autor do mesmo não recebeu nenhuma notificação, permitindo com que ele continue com o desenvolvimento e lance mais atualizações, como o autor fez em 18 de Agosto, lançando uma versão 1.1. Quem sabe a Nintendo também gostou do game, huh?
(cuidado, pode ter spoilers)
AM2R é um remake de Metroid II: Return of Samus, lançado inicialmente para GameBoy em 1991.
Cronologicamente, o jogo se passa entre Prime 3: Corruption e Super, mostrando Samus em seu planeta natal SR-388, com a missão de exterminar os Metroids de lá, além do responsável por isso.
Apesar de ser um enredo simples, no pós-final boss, vemos algo diferente na Samus, algo inédito, em relação à época, um traço de humanidade no meio de tanta frieza ao salvar o Baby Metroid (o que levou aos eventos de Super Metroid).
É na jogabilidade que o jogo realmente brilha. A equipe responsável pelo remake não se limitou ao que foi oferecido no jogo original e incluiu elementos de outros jogos da série e, até mesmo modificá-los.
Por exemplo, Samus pode atrair as recargas de energia e mísseis para sí com a Charge Beam, como na série Prime, se pendurar nos cantos como no Fusion, matar inimigos com um pulo pirueta carregado com Charge Beam, igual ao Super.
Em relação à exploração, apesar de muitos considerarem o jogo linear, ele apresenta ótimas doses de perdição.
O mapa, essa adição que parece não fazer diferença, pelo menos simbólica tem. O jogo original de 1991 não possuía um mapa, resultado de limitações técnicas, então você precisaria recorrer a revistas (NINTENDO POWER!), ou mapas encontrados na internet (atualmente). Porém, esses mapas são muito picados, fazendo com que seja mais fácil de você se perder. Aqui o mapa inteiro é interligado, com exceção de duas partes que possuem elevadores, e ainda possui a possibilidade de marcação de pontos de interesse.
No meio do caminho havia um Metroid, havia um Metroid no meio caminho...
As batalhas com os Alpha e Gamma Metroids são boas, mas podem ser repetitivas, sendo que a movimentação meio irregular pode irritar muitos, e as batalhas contra os Omega Metroids, oh my. Além de você precisar de uma quantidade absurda de mísseis, é necessária uma mira extremamente precisa. Mesmo após a descoberta do padrão de ataque, ainda é uma batalha extremamente longa.
Além disso, eu arrisco dizer que a batalha final com a Queen Metroid é a mais interessante, e menos frustrante, mas esse ponto também passa a ser negativo, ao meu ponto de vista. A batalha final é muito mais fácil do que deveria ser. No original de 1991, a batalha era frustrante. Se você não possuísse x mísseis, você deveria farmar mísseis, ou voltar muito no mapa, e procurar uma recarga. Em AM2R, a batalha foi facilitada... até demais, ao meu ver. A Queen Metroid te dá esses itens de graça.
E um outro ponto que pode levar a uma leve irritação, é que mesmo depois de você ter pego a Gravity Suit, sua movimentação na água ainda não é 100% fluída, como em Super Metroid e Metroid Prime, por exemplo. Bem, talvez o produtor tenha feito isso propositalmente, com o intuito de fazer algo mais realístico.
É praticamente impossível não jogar AM2R sem se lembrar de um outro elemento da série.
A equipe modificou o sistema de Log Book da série Prime e o introduziu como um sistema de informações a respeito do ambiente em que você está, características de inimigos específicos.
Podemos ver Samus contatando a estação espacial que aparece em Super Metroid em um dos finais do game, vemos a sala onde Samus é atacada por um X Parasite em Metroid Fusion, e até mesmo alguns soldados serem coloridos, uma referência a.... Federation Force.
A equipe modificou o sistema de Log Book da série Prime e o introduziu como um sistema de informações a respeito do ambiente em que você está, características de inimigos específicos.
Podemos ver Samus contatando a estação espacial que aparece em Super Metroid em um dos finais do game, vemos a sala onde Samus é atacada por um X Parasite em Metroid Fusion, e até mesmo alguns soldados serem coloridos, uma referência a.... Federation Force.
Nem mesmo a trilha sonora se salvou das referências.
As músicas do jogo são remixes de temas de outros jogos da série. A Hydro Station, por exemplo, possui o tema Brinstar Green, de Super Metroid, mas em uma versão mais lenta. The Tower possui uma parte que remete à Magmoor Caverns de Metroid Prime, em uma versão bem upbeat. O jogo também possui temas originais, como em G.F.S Thoth.
As músicas do jogo são remixes de temas de outros jogos da série. A Hydro Station, por exemplo, possui o tema Brinstar Green, de Super Metroid, mas em uma versão mais lenta. The Tower possui uma parte que remete à Magmoor Caverns de Metroid Prime, em uma versão bem upbeat. O jogo também possui temas originais, como em G.F.S Thoth.
Gian: o jogo foi muito bem feito e, em poucos momentos, lembra um fan game, já que o jogo foi basicamente foi feito do zero tendo como 2 como base.
Ele é colorido como o Super, um pouco linear, não é oficial, mas a equipe merece reconhecimento positivo (não do jeito da Nintendo) de toda comunidade.
Existem referência em todo lugar. as inovações são justificáveis. O trabalho foi primoroso.
A cada 4 momentos, 5 fazem referências algum momento da aventura solo de nossa querida Samus. É impossível não sentir nostalgia ao longo da aventura.
A cada 4 momentos, 5 fazem referências algum momento da aventura solo de nossa querida Samus. É impossível não sentir nostalgia ao longo da aventura.
É literalmente um presente de fãs para fãs e não poderia ter saído em melhor momento.
RECOMENDADÍSSIMO, BAIXE ENQUANTO AINDA DÁ. P.S.: use joystick.
Pedrock: o jogo definitivamente não parece ser um trabalho fan-made. Os controles fluem extremamente bem, e a Power Grip que veio de Zero Mission faz parecer que ela foi desenvolvida justamente para esse jogo. Há até mesmo um botão único pra que Samus se transforme diretamente na Morph Ball.
Os remixes que fizeram de várias músicas da série ficaram divinos, assim como as músicas originais.
Nada tira o brilho do game, e inclusive já vi alguns considerarem como um Metroid legítimo, e como um dos melhores da série. Isso vai de cada um, mas eu também o considero. Mesmo que em sua essência AM2R seja um remake não-oficial, por todas as adições novas, como salas, mini-bosses, remixes, músicas novas, a fluidez do game, eu o coloco na minha lista de melhores Metroids que já joguei.
Os remixes que fizeram de várias músicas da série ficaram divinos, assim como as músicas originais.
Nada tira o brilho do game, e inclusive já vi alguns considerarem como um Metroid legítimo, e como um dos melhores da série. Isso vai de cada um, mas eu também o considero. Mesmo que em sua essência AM2R seja um remake não-oficial, por todas as adições novas, como salas, mini-bosses, remixes, músicas novas, a fluidez do game, eu o coloco na minha lista de melhores Metroids que já joguei.
Eu agradeço ao @Pedrock pela ajuda nas análise e pelos banners
Os comentários dele são os em destaque.
Podem parecer muitos, mas nós dois concordamos que foi uma análise em equipe, 50% cada um.
Só pra esclarecer:
A ideia da análise em conjunto foi minha, mas o @Pedrock merece maior crédito, ele que zerou o jogo, analisou a música, eu só peguei as ideias dele, adaptei, juntei com algumas pesquisas e opiniões
Pedrock, mais uma vez, obrigado por tudo. O username pode ser o meu, mas o trabalho é nosso, mas seu do que meu.
Podem parecer muitos, mas nós dois concordamos que foi uma análise em equipe, 50% cada um.
Só pra esclarecer:
A ideia da análise em conjunto foi minha, mas o @Pedrock merece maior crédito, ele que zerou o jogo, analisou a música, eu só peguei as ideias dele, adaptei, juntei com algumas pesquisas e opiniões
Pedrock, mais uma vez, obrigado por tudo. O username pode ser o meu, mas o trabalho é nosso, mas seu do que meu.
Enfim, foi algo muito legal de fazer.
Esperem por mais desse esquentadinho chamado Gian.
Esperem por mais desse esquentadinho chamado Gian.
Última edição por Giant Luck(a) em Ter 30 Ago 2016, 19:02, editado 3 vez(es)
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