Hoje foi postada no site da IGN, uma matéria que fala sobre o Super Famicom, em homenagem aos 25 anos do console, vale a pena conferir! O link com a fonte está no final do post.
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Antes de ser Super Nintendo, o console foi por quase um ano, o Super Famicom, lançado somente em terras ocidentais exatamente 25 anos atrás. Hoje é dia de celebrar esse importante acontecimento para a indústria de videogames, e no Por Trás dos Pixels vamos comentar os fatores que culminaram para a criação do Super Famicom, bem como sua importância para o mercado de jogos em geral.
Dentro do que hoje chamamos de era de ouro dos games, a Nintendo e a Sega brigavam pelo primeiro lugar no mercado de jogos digitais. Antes do lançamento de seu segundo console, a Big N perdia espaço vertiginosamente para a concorrência. Isso acontecia porque a empresa tinha que aprovar todos os títulos lançados para o seu console, e esses não podiam aparecer no console rival por dois anos. Por conta da Sega, essas práticas mudaram, e, com isso, tudo foi alterado (mesmo que Mortal Kombat não tivesse sangue na versão de SNES).
Foi a disputa pelo lugar mais alto no topo, inclusive, que gerou a evolução da indústria e os games tão importantes que conhecemos hoje. Então, o foco do pensamento de hoje não é em vencedores ou perdedores, mas no momento criativo e na comemoração. Mesmo porque foi a Sega que começou a se posicionar como uma empresa mais adulta, com um ar cool de propagandas mais mordazes, e com um pensamento no amadurecimento do mercado. Assim, as duas empresas rivais criaram uma "era de ouro" dos videogames juntas.
Nasce o Super Famicom
Criado pelo mesmo designer do Famicom, Masayuki Uemura, o Super Famicom tinha possibilidade de duplo processamento dentro de um único cartucho, além de evoluir a parcela gráfica para sete modos diferentes, que permitia algo como um pseudo 3D. Essa ilusão de profundidade fazia com que o fundo parecesse se mover, algo reconhecível para quem experimentou o Final Fantasy VI original (lembra?).
O console foi tão importante que, no Japão, foi produzido até 2003, com games sendo lançados até 2000. Para você ter uma noção, em 2003 até o PlayStation 2 já estava em lojas, e games como Devil May Cry 2, Final Fantasy X-2 e Beyond Good and Evil eram novidades. No ocidente, o SNES parou de ser produzido em 1999. É interessante notar a longevidade do console no oriente, creditado por algumas publicações como o sistema mais eterno já criado.
A história de sucesso do Super Famicom teve também seus pontos baixos. No começo, tudo parecia lindo: a Nintendo lançou a plataforma dois anos depois de sua concorrente, o que lhe permitiu gastar bastante tempo para criar os gráficos perfeitos. O SNES podia ter até 256 cores simultâneas na tela da TV, em uma palheta total de 32 mil possibilidades. Os sprites tinham efeitos impressionantes para a época: podiam ter transparência, movimentos de rotação e zoom.
Assim, o console tornou-se rapidamente o console favorito dos rpgistas digitais ao longo do mundo, mas a empresa ainda tinha um problema sério com relação a processamento. Enquanto o Mega Drive rodava a 7,67 MHz, o Super Famicom fazia apenas 3,57 MHz, menos da metade de poder de processamento. Assim, jogos mais acelerados, como os de esporte e os de ação, acabavam sendo lançados no Mega Drive. A situação mudou aos poucos, com Batttletoads em 1991, e foi solidificada em 1992, com a Capcom e Street Fighter II. A Nintendo entendeu que precisava investir em tecnologia, e apostou na criação de um sistema de modelagem chamado ACM (Advanced Computer Modeling), que foi testado no game Donkey Kong.
No Brasil, inclusive, a situação de Nintendo e Sega eram bem similares ao que acontecia no cenário mundial antes de Super Famicom. A Sega já marcava presença em território nacional, via Tec Toy, que dava suporte aos consoles da Sega (a Tec Toy fabrica e vende o Master System até hoje). Em 1993, a Playtronic (uma marca gerada por Gradiente e Estrela) passou a representar oficialmente a Nintendo e o SNES no Brasil por alguns anos. E, em 1998, foi lançada a Nintendo World no Brasil. Vale dizer que antes dela, Odyssey Aventura, Ação Games, Super Game, Game Power, Gamers, e VideoGame já tratavam do cenário de jogos nas bancas nacionais.
Mesmo com toda tecnologia e suporte do mundo, todos sabemos que o ponto mais solene e influente para determinar o sucesso de um console são seus games. Nesse ponto, o Super Famicom teve uma das melhores bibliotecas já criadas. No dia do seu lançamento, os seguintes jogos estavam disponíveis: Super Mario World e F-Zero. Pouco tempo depois chegaram Pilotwings, ActRaiser, Final Fight, e Gradius III. Ao longo dos seus 15 anos de vida, o Super Famicom teve cerca de 1500 títulos lançados. Entre eles temos: Donkey Kong Country, Super Mario Kart, The Legend of Zelda: a Link to the Past, Chrono Trigger, Earthbound, Final Fantasy VI, F-Zero, Mega Man X, Star Fox, Secret of Mana, Super Metroid, e Yoshi's Island.
O legado é nosso
É certo dizer que, se você viveu a época, algum dos seus games favoritos (ou uma montanha deles) foi lançado durante a época de ouro dos videogames. Pessoalmente, foi quando tudo mudou. Foi com o Master e o Super Famicom que eu comecei a entender de verdade o que significa jogar e apreciar videogames. Imagino que os mais de 49 milhões de unidades vendidas do SNES no mundo ajudem a corroborar deste meu pensamento.
Alias, na época, essa briga de empresas para mim era vista de uma forma muito ingênua: você comprar um console, e seu vizinho comprava o outro. Então, vocês podiam jogar todos os games disponíveis juntos. Eu me recordo dessa nostalgia da descoberta, do avanço, e de como imaginávamos ser impossível criarem consoles com gráficos melhores aos do SNES e Mega Drive. Ao leitor, que tal contar nos comentários as suas histórias e memórias? Eu adoraria saber como você vivenciou essa época.
E numa nota divertida, na época do Super Famicom, a Nintendo chegou a iniciar conversas com a Sony para criar uma plataforma de videogames focada no uso de uma nova tecnologia, o CD. A Sony chamou esse console de “Play Station”, e ele iria reproduzir CDs de SNES, além de cartuchos. Por conta de desavenças entre as duas empresas, a Nintendo fechou um contrato similar com a Phillips, e todos nós sabemos muito bem o que aconteceu com aquele “Play Station”, não é?
Parabéns pelos 25 anos, Super Famicom, e obrigada.
Fonte: IGN
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Época memorável, que bom que eu vivenciei isso, e fui feliz por ter tido a oportunidade de ter tanto o Mega Drive quanto o SNES naquela época, e gosto muito de ambos os consoles hoje em dia!
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Antes de ser Super Nintendo, o console foi por quase um ano, o Super Famicom, lançado somente em terras ocidentais exatamente 25 anos atrás. Hoje é dia de celebrar esse importante acontecimento para a indústria de videogames, e no Por Trás dos Pixels vamos comentar os fatores que culminaram para a criação do Super Famicom, bem como sua importância para o mercado de jogos em geral.
Dentro do que hoje chamamos de era de ouro dos games, a Nintendo e a Sega brigavam pelo primeiro lugar no mercado de jogos digitais. Antes do lançamento de seu segundo console, a Big N perdia espaço vertiginosamente para a concorrência. Isso acontecia porque a empresa tinha que aprovar todos os títulos lançados para o seu console, e esses não podiam aparecer no console rival por dois anos. Por conta da Sega, essas práticas mudaram, e, com isso, tudo foi alterado (mesmo que Mortal Kombat não tivesse sangue na versão de SNES).
Foi a disputa pelo lugar mais alto no topo, inclusive, que gerou a evolução da indústria e os games tão importantes que conhecemos hoje. Então, o foco do pensamento de hoje não é em vencedores ou perdedores, mas no momento criativo e na comemoração. Mesmo porque foi a Sega que começou a se posicionar como uma empresa mais adulta, com um ar cool de propagandas mais mordazes, e com um pensamento no amadurecimento do mercado. Assim, as duas empresas rivais criaram uma "era de ouro" dos videogames juntas.
Nasce o Super Famicom
Criado pelo mesmo designer do Famicom, Masayuki Uemura, o Super Famicom tinha possibilidade de duplo processamento dentro de um único cartucho, além de evoluir a parcela gráfica para sete modos diferentes, que permitia algo como um pseudo 3D. Essa ilusão de profundidade fazia com que o fundo parecesse se mover, algo reconhecível para quem experimentou o Final Fantasy VI original (lembra?).
O console foi tão importante que, no Japão, foi produzido até 2003, com games sendo lançados até 2000. Para você ter uma noção, em 2003 até o PlayStation 2 já estava em lojas, e games como Devil May Cry 2, Final Fantasy X-2 e Beyond Good and Evil eram novidades. No ocidente, o SNES parou de ser produzido em 1999. É interessante notar a longevidade do console no oriente, creditado por algumas publicações como o sistema mais eterno já criado.
A história de sucesso do Super Famicom teve também seus pontos baixos. No começo, tudo parecia lindo: a Nintendo lançou a plataforma dois anos depois de sua concorrente, o que lhe permitiu gastar bastante tempo para criar os gráficos perfeitos. O SNES podia ter até 256 cores simultâneas na tela da TV, em uma palheta total de 32 mil possibilidades. Os sprites tinham efeitos impressionantes para a época: podiam ter transparência, movimentos de rotação e zoom.
Assim, o console tornou-se rapidamente o console favorito dos rpgistas digitais ao longo do mundo, mas a empresa ainda tinha um problema sério com relação a processamento. Enquanto o Mega Drive rodava a 7,67 MHz, o Super Famicom fazia apenas 3,57 MHz, menos da metade de poder de processamento. Assim, jogos mais acelerados, como os de esporte e os de ação, acabavam sendo lançados no Mega Drive. A situação mudou aos poucos, com Batttletoads em 1991, e foi solidificada em 1992, com a Capcom e Street Fighter II. A Nintendo entendeu que precisava investir em tecnologia, e apostou na criação de um sistema de modelagem chamado ACM (Advanced Computer Modeling), que foi testado no game Donkey Kong.
No Brasil, inclusive, a situação de Nintendo e Sega eram bem similares ao que acontecia no cenário mundial antes de Super Famicom. A Sega já marcava presença em território nacional, via Tec Toy, que dava suporte aos consoles da Sega (a Tec Toy fabrica e vende o Master System até hoje). Em 1993, a Playtronic (uma marca gerada por Gradiente e Estrela) passou a representar oficialmente a Nintendo e o SNES no Brasil por alguns anos. E, em 1998, foi lançada a Nintendo World no Brasil. Vale dizer que antes dela, Odyssey Aventura, Ação Games, Super Game, Game Power, Gamers, e VideoGame já tratavam do cenário de jogos nas bancas nacionais.
Mesmo com toda tecnologia e suporte do mundo, todos sabemos que o ponto mais solene e influente para determinar o sucesso de um console são seus games. Nesse ponto, o Super Famicom teve uma das melhores bibliotecas já criadas. No dia do seu lançamento, os seguintes jogos estavam disponíveis: Super Mario World e F-Zero. Pouco tempo depois chegaram Pilotwings, ActRaiser, Final Fight, e Gradius III. Ao longo dos seus 15 anos de vida, o Super Famicom teve cerca de 1500 títulos lançados. Entre eles temos: Donkey Kong Country, Super Mario Kart, The Legend of Zelda: a Link to the Past, Chrono Trigger, Earthbound, Final Fantasy VI, F-Zero, Mega Man X, Star Fox, Secret of Mana, Super Metroid, e Yoshi's Island.
O legado é nosso
É certo dizer que, se você viveu a época, algum dos seus games favoritos (ou uma montanha deles) foi lançado durante a época de ouro dos videogames. Pessoalmente, foi quando tudo mudou. Foi com o Master e o Super Famicom que eu comecei a entender de verdade o que significa jogar e apreciar videogames. Imagino que os mais de 49 milhões de unidades vendidas do SNES no mundo ajudem a corroborar deste meu pensamento.
Alias, na época, essa briga de empresas para mim era vista de uma forma muito ingênua: você comprar um console, e seu vizinho comprava o outro. Então, vocês podiam jogar todos os games disponíveis juntos. Eu me recordo dessa nostalgia da descoberta, do avanço, e de como imaginávamos ser impossível criarem consoles com gráficos melhores aos do SNES e Mega Drive. Ao leitor, que tal contar nos comentários as suas histórias e memórias? Eu adoraria saber como você vivenciou essa época.
E numa nota divertida, na época do Super Famicom, a Nintendo chegou a iniciar conversas com a Sony para criar uma plataforma de videogames focada no uso de uma nova tecnologia, o CD. A Sony chamou esse console de “Play Station”, e ele iria reproduzir CDs de SNES, além de cartuchos. Por conta de desavenças entre as duas empresas, a Nintendo fechou um contrato similar com a Phillips, e todos nós sabemos muito bem o que aconteceu com aquele “Play Station”, não é?
Parabéns pelos 25 anos, Super Famicom, e obrigada.
Fonte: IGN
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Época memorável, que bom que eu vivenciei isso, e fui feliz por ter tido a oportunidade de ter tanto o Mega Drive quanto o SNES naquela época, e gosto muito de ambos os consoles hoje em dia!
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