Por Bruno Micali (BaixakiJogos)
Algumas experiências passam por nossas vidas e deixam marcas, rastros, vestígios de lembranças que foram inesquecíveis. Isso ocorre nos filmes de nossos corações, nos livros, no teatro, na arte e, é claro, nos games. Quando um jogo se aproxima do conceito de arte, então, o conteúdo costuma ser louvável. E é exatamente isso que a Ubisoft busca mesclar em Child of Light, sua nova proposta de RPG, que bebe ainda de fontes do gênero plataforma e dos puzzles.O BJ sentiu um gostinho do que está por vir em um teste realizado no escritório da Ubisoft Brasil, em São Paulo, a convite da produtora. A jogatina só serviu para atiçar o apetite – até porque, convenhamos, estamos passando por uma rigorosa entressafra, em que poucos títulos de peso estão disponíveis no mercado. Mas Child of Light é diferente.Criado por Patrick Plourde, diretor de criação de Far Cry 3, e Jeffrey Yohalem, um artista nato e ganhador do prêmio da Writers Guild of America (célebre premiação de arte dos EUA), o RPG da Ubisoft é um título desenvolvido pela Funhouse, selo alternativo da Ubisoft Montreal, e teve total liberdade em seu desenvolvimento. Digamos que o game tem uma filosofia indie, mas toda a pinta de um título AAA, com a típica competência que podemos esperar da Ubisoft e seus estúdios parceiros.
Um “poema jogável” – e totalmente em português
South Park: The Stick of Truth, desenvolvido pela Obsidian em parceria com a Ubisoft, serviu para mostrar que o gênero RPG, interpretado em sua forma mais puritana, é um excelente caminho para certas propostas. Estamos falando do estilo clássico mesmo, o enraizado, com batalhas em turno, enorme leque de itens no inventário, árvore de habilidades e mais.Mas a grande sacada de Child of Light é que o game foi pensado pelos seus criadores como um “poema jogável”, uma releitura moderna dos contos de fada da nossa infância. Ambientado no mundo mágico de Lemuria, o título mostra uma jornada rumo à maturidade e autoafirmação da protagonista Aurora, uma menina que luta para salvar um reino perdido e seu pai doente.A aventura de Aurora, que é reconhecida como a “Filha da Luz” e empunha uma espada no melhor estilo Master Sword, de The Legend of Zelda (principalmente no momento em que a personagem a arranca de um pedregulho), tem o objetivo de recuperar o sol, a lua, as estrelas e enfim voltar para casa. No caminho, porém, a garota descobrirá que seu destino resguarda muito mais que isso.
Fantasia e arte andam de mãos dadas
O visual de Child of Light é aquilo que faz a gente refletir sobre a relação entre games e arte. O jogo põe novamente em prática o UbiArt Framework, motor gráfico da Ubisoft utilizado em Rayman Origins eRayman Legends.O chamariz de Child of Light jaz exatamente na forma como a aplicação visual é colocada. Homenageando a era de ouro da ilustração, com inspirações de artistas como Arthur Rackham e Gustave Doré (procurem por obras deles que vocês vão pirar), Child of Light é muito convidativo graças aos cenários desenhados primorosamente à mão e renderizados quase que em “aquarela”. É uma peça rara – e a fórmula cai como luva nos combates.
Clássico combate em turnos: tributo aos JRPGs
No teste que fizemos, houve tempo para nos deliciarmos em três batalhas. Eis aí uma perspectiva diferente: o conceito de plataforma mesclado a um JRPG, pois os combates em turno bebem de fontes dos grandes RPGs japoneses do passado, mas com tempero próprio.Ao encontrar um inimigo vagando pelo cenário, basta se aproximar dele para que a batalha seja iniciada. A partir daí, a tela se divide em dois lados: a porção esquerda contém Aurora e seu grupo, ao passo que a metade da direita mostra os inimigos. O sistema em turnos apresenta uma barra na parte inferior da tela. Nela, há um medidor que indica de quem é a próxima vez no combate: a sua ou a dos adversários.É possível escolher magias, utilizar itens, optar por defesa ou ataque de forma simples, absolutamente simples, o que mostra a tentativa da equipe de desenvolvimento de tornar o game acessível à maior audiência possível. Os RPGs hardcore, em sua maioria, possuem menus confusos e com zilhões de opções, pensados exclusivamente aos fãs do gênero. Aqui, as mecânicas são filtradas e se resumem a escolher uma das alternativas numa roda.Um dos charmes das batalhas é o fato de o jogador poder “trapacear” o medidor e não dar espaço ao ataque inimigo. Há uma espécie de vagalume que acompanha a trajetória de Aurora: Igniculus, que também pode ser visto como uma fada conselheira (imagine a Navi de Ocarina of Time). Trata-se de um ser esférico azul controlado pelo analógico direito que dá dicas durante a exploração e ajuda no combate também: ele retarda a barra de enchimento dos inimigos no medidor e permite que Aurora ataque antes que eles. Genial e prático.Ao subir de nível, você pode melhorar seus atributos numa árvore de habilidades bem ilustrada. Os pontos ganhos podem ser utilizados para destravar especiais a todos os membros do grupo de Aurora.
O mundo de Lemuria: fantasia, criaturas exóticas, puzzles e o poder da luz
No decorrer da jornada pelo vasto mundo de Lemuria, todo explorado em side-scrooling, o jogador se depara com criaturas muito bizarras (e ao mesmo tempo lindas). Espíritos da floresta, camundongos falantes, bruxas, serpentes-do-mar malignas e outras espécies estarão ali – tivemos a oportunidade de conhecer apenas um tipo.Os puzzles certamente farão os entusiastas se lembrarem deLimbo ou Braid, mas a arte de Child of Light é única. Usando o poder da luz, Aurora e Igniculus têm de trabalhar juntos para solucionar enigmas envolvendo sombras, objetos móveis e outros elementos do cenário.
Um poema muito bem traduzido para o nosso idioma – inclusive as rimas
Como Child of Light foi pensado pelos seus criadores como um autêntico poema jogável, a Ubisoft, mais uma vez, mostra seu respeito pelos jogadores brasileiros ao trazer o game totalmente localizado para o português brasileiro. E a tarefa de adaptar versos e rimas poéticas numa releitura moderna dos contos de fada da nossa infância é ferrenha. Sinta só um gostinho do que está por vir – cortesia da Ubisoft pelo material fornecido:
Criança, aconchegue-se na cama
E deixe-me lhe contar uma história
,De Lemuriaė, um reino há muito perdido,
E de uma menina nascida para a glória.
Lançamento multiplataforma
Outro exemplo do respaldo que a Ubisoft tem por aqui diz respeito ao preço cobrado por Child of Light. O título será lançado digitalmente por apenas R$ 35 em todas as redes dos consoles para os quais estará disponível, sendo que lá fora custará US$ 20. Exatamente: o preço daqui sai mais barato do que o valor convertido.Child of Light será lançado no dia 30 de abril para PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3, Xbox 360, Wii U e PC.*Jogamos a convite da Ubisoft Brasil
Algumas experiências passam por nossas vidas e deixam marcas, rastros, vestígios de lembranças que foram inesquecíveis. Isso ocorre nos filmes de nossos corações, nos livros, no teatro, na arte e, é claro, nos games. Quando um jogo se aproxima do conceito de arte, então, o conteúdo costuma ser louvável. E é exatamente isso que a Ubisoft busca mesclar em Child of Light, sua nova proposta de RPG, que bebe ainda de fontes do gênero plataforma e dos puzzles.O BJ sentiu um gostinho do que está por vir em um teste realizado no escritório da Ubisoft Brasil, em São Paulo, a convite da produtora. A jogatina só serviu para atiçar o apetite – até porque, convenhamos, estamos passando por uma rigorosa entressafra, em que poucos títulos de peso estão disponíveis no mercado. Mas Child of Light é diferente.Criado por Patrick Plourde, diretor de criação de Far Cry 3, e Jeffrey Yohalem, um artista nato e ganhador do prêmio da Writers Guild of America (célebre premiação de arte dos EUA), o RPG da Ubisoft é um título desenvolvido pela Funhouse, selo alternativo da Ubisoft Montreal, e teve total liberdade em seu desenvolvimento. Digamos que o game tem uma filosofia indie, mas toda a pinta de um título AAA, com a típica competência que podemos esperar da Ubisoft e seus estúdios parceiros.
Um “poema jogável” – e totalmente em português
South Park: The Stick of Truth, desenvolvido pela Obsidian em parceria com a Ubisoft, serviu para mostrar que o gênero RPG, interpretado em sua forma mais puritana, é um excelente caminho para certas propostas. Estamos falando do estilo clássico mesmo, o enraizado, com batalhas em turno, enorme leque de itens no inventário, árvore de habilidades e mais.Mas a grande sacada de Child of Light é que o game foi pensado pelos seus criadores como um “poema jogável”, uma releitura moderna dos contos de fada da nossa infância. Ambientado no mundo mágico de Lemuria, o título mostra uma jornada rumo à maturidade e autoafirmação da protagonista Aurora, uma menina que luta para salvar um reino perdido e seu pai doente.A aventura de Aurora, que é reconhecida como a “Filha da Luz” e empunha uma espada no melhor estilo Master Sword, de The Legend of Zelda (principalmente no momento em que a personagem a arranca de um pedregulho), tem o objetivo de recuperar o sol, a lua, as estrelas e enfim voltar para casa. No caminho, porém, a garota descobrirá que seu destino resguarda muito mais que isso.
Fantasia e arte andam de mãos dadas
O visual de Child of Light é aquilo que faz a gente refletir sobre a relação entre games e arte. O jogo põe novamente em prática o UbiArt Framework, motor gráfico da Ubisoft utilizado em Rayman Origins eRayman Legends.O chamariz de Child of Light jaz exatamente na forma como a aplicação visual é colocada. Homenageando a era de ouro da ilustração, com inspirações de artistas como Arthur Rackham e Gustave Doré (procurem por obras deles que vocês vão pirar), Child of Light é muito convidativo graças aos cenários desenhados primorosamente à mão e renderizados quase que em “aquarela”. É uma peça rara – e a fórmula cai como luva nos combates.
Clássico combate em turnos: tributo aos JRPGs
No teste que fizemos, houve tempo para nos deliciarmos em três batalhas. Eis aí uma perspectiva diferente: o conceito de plataforma mesclado a um JRPG, pois os combates em turno bebem de fontes dos grandes RPGs japoneses do passado, mas com tempero próprio.Ao encontrar um inimigo vagando pelo cenário, basta se aproximar dele para que a batalha seja iniciada. A partir daí, a tela se divide em dois lados: a porção esquerda contém Aurora e seu grupo, ao passo que a metade da direita mostra os inimigos. O sistema em turnos apresenta uma barra na parte inferior da tela. Nela, há um medidor que indica de quem é a próxima vez no combate: a sua ou a dos adversários.É possível escolher magias, utilizar itens, optar por defesa ou ataque de forma simples, absolutamente simples, o que mostra a tentativa da equipe de desenvolvimento de tornar o game acessível à maior audiência possível. Os RPGs hardcore, em sua maioria, possuem menus confusos e com zilhões de opções, pensados exclusivamente aos fãs do gênero. Aqui, as mecânicas são filtradas e se resumem a escolher uma das alternativas numa roda.Um dos charmes das batalhas é o fato de o jogador poder “trapacear” o medidor e não dar espaço ao ataque inimigo. Há uma espécie de vagalume que acompanha a trajetória de Aurora: Igniculus, que também pode ser visto como uma fada conselheira (imagine a Navi de Ocarina of Time). Trata-se de um ser esférico azul controlado pelo analógico direito que dá dicas durante a exploração e ajuda no combate também: ele retarda a barra de enchimento dos inimigos no medidor e permite que Aurora ataque antes que eles. Genial e prático.Ao subir de nível, você pode melhorar seus atributos numa árvore de habilidades bem ilustrada. Os pontos ganhos podem ser utilizados para destravar especiais a todos os membros do grupo de Aurora.
O mundo de Lemuria: fantasia, criaturas exóticas, puzzles e o poder da luz
No decorrer da jornada pelo vasto mundo de Lemuria, todo explorado em side-scrooling, o jogador se depara com criaturas muito bizarras (e ao mesmo tempo lindas). Espíritos da floresta, camundongos falantes, bruxas, serpentes-do-mar malignas e outras espécies estarão ali – tivemos a oportunidade de conhecer apenas um tipo.Os puzzles certamente farão os entusiastas se lembrarem deLimbo ou Braid, mas a arte de Child of Light é única. Usando o poder da luz, Aurora e Igniculus têm de trabalhar juntos para solucionar enigmas envolvendo sombras, objetos móveis e outros elementos do cenário.
Um poema muito bem traduzido para o nosso idioma – inclusive as rimas
Como Child of Light foi pensado pelos seus criadores como um autêntico poema jogável, a Ubisoft, mais uma vez, mostra seu respeito pelos jogadores brasileiros ao trazer o game totalmente localizado para o português brasileiro. E a tarefa de adaptar versos e rimas poéticas numa releitura moderna dos contos de fada da nossa infância é ferrenha. Sinta só um gostinho do que está por vir – cortesia da Ubisoft pelo material fornecido:
Criança, aconchegue-se na cama
E deixe-me lhe contar uma história
,De Lemuriaė, um reino há muito perdido,
E de uma menina nascida para a glória.
Lançamento multiplataforma
Outro exemplo do respaldo que a Ubisoft tem por aqui diz respeito ao preço cobrado por Child of Light. O título será lançado digitalmente por apenas R$ 35 em todas as redes dos consoles para os quais estará disponível, sendo que lá fora custará US$ 20. Exatamente: o preço daqui sai mais barato do que o valor convertido.Child of Light será lançado no dia 30 de abril para PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3, Xbox 360, Wii U e PC.*Jogamos a convite da Ubisoft Brasil
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