Depois de muitos anos, os fãs de Strider finalmente tiveram o sabor de uma continuação. O último jogo da franquia havia sido lançado em 1998 para os fliperamas. Depois disso, Hiryu - personagem principal do jogo - havia apenas aparecido como personagem selecionável nos jogos da franquia Marvel vs Capcom.
Lançado em meados de Fevereiro desse ano, Strider tenta resgatar os velhos conceitos do jogo original do Fliperama. De fato, em muitos pontos, ele consegue fazer isso com mérito, porém em outros, deixa a desejar um pouco. No final toda aquela desconfiança que os fãs de Strider tinham em relação ao novo jogo não passou de preocupação em vão.
Assim como no jogo original do Fliperama, Hiryu deve salvar o mundo das mão do Grand-Master Meio, que controla o planeta terra a partir de reforços militares e científicos. Nada muito novo, quem já jogou a franquia se sentirá em casa. Contudo dessa vez o jogo passa-se apenas na cidade de Kazakh (a mesma do primeiro jogo). Isso certamente é o primeiro ponto negativo do jogo - a variação dos cenários é nula. Todos aparentam ser iguais, e toda aquela criatividade que a equipe da Capcom teve em 1989 quando colocou o nosso herói passando por regiões da Sibéria, Amazônia e até um grande dirigível não se faz presente nesse novo jogo.
A falta da criatividade que a equipe de desenvolvimento teve na construção de cenários, contudo, foi revertida nos Power-Ups que Hiryu pode adquirir ao logo da jornada. Ao todo são quatro variações da Chyper, a espada de luz carregada pelo Strider. Cada uma possui sua característica, pontos fracos e pontos fortes. Os poderes especiais também são bem elaborados, embora que pouco explorados em combates contra inimigos.
Assim como no jogo original, em muitos momentos a jogabilidade muda um pouco. O clássico Centro de Gravidade, onde o Hiryu fica girando em torno do mesmo com o objetivo de destrui-lo se faz presente nessa nova versão. Além disso momentos onde a gravidade fica invertida também são comuns.
Apesar dos cenários serem repetitivos, o mesmo não pode-se dizer em relação a itens escondidos e pequenos pluzzes que podem ser encontrados ao logo do jogo. Aqui o mundo é aberto e permite uma exploração razoável, assemelhando-se ao estilo “Metroidvania”. Durante a exploração pode-se encontrar imagens conceituais usadas no desenvolvimento do jogo até roupas de outros Striders que falharam na missão de derrotar Meio. Ponto positivo para a Capcom.
O jogo também possui caminhos que só podem ser acessados após adquirir uma certa habilidade ou arma, o que faz com que voltamos algumas vezes para áreas anteriores com objetivos de coletar itens ou power-ups, que aumentam a barra de Life, por exemplo.
O combate com os inimigos é algo prazeroso de ser feito. Os comandos respondem muito bem e são extremamente rápidos e precisos. De longe é a melhor versão de Strider em termos de jogabilidade. Apesar de existir um número razoável de comandos, eles são simples e não confundem a cabeça dos jogadores. O grande defeito aqui, principalmente da versão de PC, é que ela não permite configurar os comandos no Teclado ou no Controle USB tão facilmente. Eles são fixos e só podem ser mudados alterando-se algumas linhas no arquivo de configuração do jogo. Particularmente para mim, que sempre jogou Strider com os dois dedos indicadores da mão direita (e não com o polegar, como muitos jogam - herança do Mega Drive) isso é muito chato. Esse é o segundo grande defeito do jogo.
Outro defeito do jogo, esse bem chato diga-se de passagem, é que não existe invencibilidade após o dano. Isso faz com que muitas vezes seja necessário levar uma chuva de tiros para poder desviar dos inimigos, o que, claramente, pode resultar em mortes. Esse se caracteriza como o terceiro grande defeito do jogo.
Falando em mortes, provavelmente você se deparará com ela muitas vezes durante o jogo. Apesar de possuir Continues e Vidas Infinitas não vá pensando que terminar Strider será fácil. O nível de dificuldade progride com o jogo e na fase final o mesmo chega a um nível absurdo. Praticamente você terá que executar comandos perfeitos e, principalmente, decorar de onde vem os inimigos e seus padrões.
Os chefes de Strider são, em sua grande maioria, versões remasterizadas dos clássicos chefes das versões de 1989 e 1998. Contudo não vá pensando que só por que vocês já os derrotou uma vez que a missão será fácil dessa vez - os chefes são bem complicados e progridem durante o jogo. A grande vantagem, contudo, é que cada um tem aquele "jeitinho" especial de matar.
Graficamente o jogo não impressiona muito. Apesar do sistema de partículas estar impecável, os modelos dos personagens é simplesmente tosco. Muitas vezes não possuem detalhes algum ou são extremamente simples. Para piorar, nas cute-cenes, os personagens não movimentam a boca. Pelo Amor de Deus, Time Crisis do meu PlayStation 1 já tinha isso. Esse é, certamente, o quinto grande ponto negativo do jogo.
A trilha sonora do jogo é exatamente bem elaborada. As músicas são remakes das versões anteriores do jogo, inclusive da versão "bastarda" do NES, de onde o jogo herdou muita coisa interessante (como o estilo de Exploração). Apesar de que eu goste mais da versão do Sega Mega Drive, essas músicas não estão tão presentes. É uma pena, mas isso é apenas um gosto pessoal.
Os efeitos sonoros estão impecáveis. O som da Chyper cortando o ar é muito nostálgico e a dublagem ficou bem razoável para uma produção "barata". Efeitos de balas e realizados pelos outros inimigos também se encontram em um bom patamar de qualidade.
Concluindo, Strider é certamente um dos jogos que mais me impressionou nesse ano. O jogo é simples, divertido e prende a atenção do jogador do início ao fim. Honra, com muito mérito, a franquia e está, certamente, dentre um dos meus jogos preferidos. Alguns pequenos problemas estão presentes, contudo, nenhum tira o brilho do jogo.
Lançado em meados de Fevereiro desse ano, Strider tenta resgatar os velhos conceitos do jogo original do Fliperama. De fato, em muitos pontos, ele consegue fazer isso com mérito, porém em outros, deixa a desejar um pouco. No final toda aquela desconfiança que os fãs de Strider tinham em relação ao novo jogo não passou de preocupação em vão.
Assim como no jogo original do Fliperama, Hiryu deve salvar o mundo das mão do Grand-Master Meio, que controla o planeta terra a partir de reforços militares e científicos. Nada muito novo, quem já jogou a franquia se sentirá em casa. Contudo dessa vez o jogo passa-se apenas na cidade de Kazakh (a mesma do primeiro jogo). Isso certamente é o primeiro ponto negativo do jogo - a variação dos cenários é nula. Todos aparentam ser iguais, e toda aquela criatividade que a equipe da Capcom teve em 1989 quando colocou o nosso herói passando por regiões da Sibéria, Amazônia e até um grande dirigível não se faz presente nesse novo jogo.
A falta da criatividade que a equipe de desenvolvimento teve na construção de cenários, contudo, foi revertida nos Power-Ups que Hiryu pode adquirir ao logo da jornada. Ao todo são quatro variações da Chyper, a espada de luz carregada pelo Strider. Cada uma possui sua característica, pontos fracos e pontos fortes. Os poderes especiais também são bem elaborados, embora que pouco explorados em combates contra inimigos.
Assim como no jogo original, em muitos momentos a jogabilidade muda um pouco. O clássico Centro de Gravidade, onde o Hiryu fica girando em torno do mesmo com o objetivo de destrui-lo se faz presente nessa nova versão. Além disso momentos onde a gravidade fica invertida também são comuns.
Apesar dos cenários serem repetitivos, o mesmo não pode-se dizer em relação a itens escondidos e pequenos pluzzes que podem ser encontrados ao logo do jogo. Aqui o mundo é aberto e permite uma exploração razoável, assemelhando-se ao estilo “Metroidvania”. Durante a exploração pode-se encontrar imagens conceituais usadas no desenvolvimento do jogo até roupas de outros Striders que falharam na missão de derrotar Meio. Ponto positivo para a Capcom.
O jogo também possui caminhos que só podem ser acessados após adquirir uma certa habilidade ou arma, o que faz com que voltamos algumas vezes para áreas anteriores com objetivos de coletar itens ou power-ups, que aumentam a barra de Life, por exemplo.
O combate com os inimigos é algo prazeroso de ser feito. Os comandos respondem muito bem e são extremamente rápidos e precisos. De longe é a melhor versão de Strider em termos de jogabilidade. Apesar de existir um número razoável de comandos, eles são simples e não confundem a cabeça dos jogadores. O grande defeito aqui, principalmente da versão de PC, é que ela não permite configurar os comandos no Teclado ou no Controle USB tão facilmente. Eles são fixos e só podem ser mudados alterando-se algumas linhas no arquivo de configuração do jogo. Particularmente para mim, que sempre jogou Strider com os dois dedos indicadores da mão direita (e não com o polegar, como muitos jogam - herança do Mega Drive) isso é muito chato. Esse é o segundo grande defeito do jogo.
Outro defeito do jogo, esse bem chato diga-se de passagem, é que não existe invencibilidade após o dano. Isso faz com que muitas vezes seja necessário levar uma chuva de tiros para poder desviar dos inimigos, o que, claramente, pode resultar em mortes. Esse se caracteriza como o terceiro grande defeito do jogo.
Falando em mortes, provavelmente você se deparará com ela muitas vezes durante o jogo. Apesar de possuir Continues e Vidas Infinitas não vá pensando que terminar Strider será fácil. O nível de dificuldade progride com o jogo e na fase final o mesmo chega a um nível absurdo. Praticamente você terá que executar comandos perfeitos e, principalmente, decorar de onde vem os inimigos e seus padrões.
Os chefes de Strider são, em sua grande maioria, versões remasterizadas dos clássicos chefes das versões de 1989 e 1998. Contudo não vá pensando que só por que vocês já os derrotou uma vez que a missão será fácil dessa vez - os chefes são bem complicados e progridem durante o jogo. A grande vantagem, contudo, é que cada um tem aquele "jeitinho" especial de matar.
Graficamente o jogo não impressiona muito. Apesar do sistema de partículas estar impecável, os modelos dos personagens é simplesmente tosco. Muitas vezes não possuem detalhes algum ou são extremamente simples. Para piorar, nas cute-cenes, os personagens não movimentam a boca. Pelo Amor de Deus, Time Crisis do meu PlayStation 1 já tinha isso. Esse é, certamente, o quinto grande ponto negativo do jogo.
A trilha sonora do jogo é exatamente bem elaborada. As músicas são remakes das versões anteriores do jogo, inclusive da versão "bastarda" do NES, de onde o jogo herdou muita coisa interessante (como o estilo de Exploração). Apesar de que eu goste mais da versão do Sega Mega Drive, essas músicas não estão tão presentes. É uma pena, mas isso é apenas um gosto pessoal.
Os efeitos sonoros estão impecáveis. O som da Chyper cortando o ar é muito nostálgico e a dublagem ficou bem razoável para uma produção "barata". Efeitos de balas e realizados pelos outros inimigos também se encontram em um bom patamar de qualidade.
Concluindo, Strider é certamente um dos jogos que mais me impressionou nesse ano. O jogo é simples, divertido e prende a atenção do jogador do início ao fim. Honra, com muito mérito, a franquia e está, certamente, dentre um dos meus jogos preferidos. Alguns pequenos problemas estão presentes, contudo, nenhum tira o brilho do jogo.
Média Final: 8.6
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