Finalmente chegou a época do ano que todos esperávamos. Fãs de todo mundo chegam a deixar seus empregos e outras ocupações para sentar-se em um bom computador e delirar na frente do que pode ser a fonte de sua felicidade e a ruína dos seus bolsos.
Mas será que é sempre assim? Na E3 2013, o foco foram os consoles next gen - o XBOX ONE e o PlayStation 4 - cuja meta foi trazer mais potência gráfica, mais conectividade e expandir os limites de jogos sandbox.
As conferências de todas as empresas (first ou third-parties) foram um sucesso fenomenal (talvez não tanto para a Microsoft, mas enfim), e logo era a vez da Nintendo.
O que esperávamos
Vendo a decepção que foi a E3 2012 da Nintendo e tudo o que vimos nas conferências da Sony e da Microsoft, nossas esperanças se resumiam em uma conferência gigante, revelando novos IPs first-party no melhor estilo hardcore em nível AAA, mais jogos de antigas franquias e, é claro, o que a Nintendo já havia revelado com as silhuetas em seu site.
Eu, pessoalmente, aguardava a Nintendo exibindo o potencial máximo do Wii U com um novo Zelda (algo no estilo da incrível tech demo de 2011) e ver meu sonho de um novo Metroid gigantesco com cheiro de Frostbite/Unreal 3/CryEngine sendo realizado.
Enfim, o hype de todos foi ao extremo, e nosso sangue ferveu ao Iwata aparecer na tela após a contagem regressiva chegar a zero.
O que ganhamos
A conferência, que começou confirmando rumores apresentando o novo tipo Fairy em Pokémon X e Y, nos revelou tudo o que a Nintendo havia prometido. Mario Kart 8, Rayman Legends, Super Mario 3D World, Pikmin 3, The Legend of Zelda: A Link Between Worlds, The Wonderful 101, Wii Fit U, X, Bayonetta 2 e Super Smash Brothers para Wii U e 3DS, além de surpreender-nos com Donkey Kong Country Tropical Freeze e a entrada de Megaman, Villager e Wii Fit Trainer no novo Smash multiplataforma. Foi incrível em certo ponto, pois o Wii U venderá o dobro assim que alguns desses incríveis jogos forem lançados. Mario Kart 8, Super Mario 3D World, Bayonetta 2 e A Link Between Worlds são um belo exemplo. Mas será que é o bastante?
O que decepcionou
Não sei se posso chamar de perspectiva ou realidade ao comparar a conferência da Nintendo com as outras, mas vejam bem:
A Sony contou com uma apresentação incrível e carismática, dando a todos um conforto imenso ao usarmos um videogame que é uma máquina mortífera de entretenimento quase infinito. Sua apresentação durou quase duas horas e nos deu uma enxurrada de títulos AAA novíssimos mostrando tudo o que o incrível PS4 é capaz de fazer. O fanservice foi arrasador, a empresa apoiou o agora antigo PS3 com novos jogos e ainda enterrou a Microsoft após seu semi-suicídio com os sistemas "anti-pirataria" do XBO.
Tá legal. Sabendo de tudo isso, vamos ver o que a Nintendo fez. Mostrou apenas alguns títulos 'leves' que já sabíamos que iam aparecer em uma apresentação que durou míseros 40 minutos. Isso mesmo, 40 minutos, sabendo que nem uma hora é suficiente. Sei muito bem que quantidade =/= qualidade, mas convenhamos, uma longa apresentação nos daria a chance de ver gameplays ao vivo do novo Smash, de Mario Kart 8 e até mesmo de X. Perceberam que todas as empresas chegam a um ponto em que alguém pega um bendito controle e começa a jogar por uns dez minutos, ao invés de encher linguiça com alguns segundos de gameplay?
Segundo, não é possível que tanto a Sony quanto a Microsoft (ou pelo menos a Sony) nos apresentaram pelo menos 5 IPs hardcore exclusivos enquanto a Nintendo não saiu do arroz com feijão de Mario e party games. Isso está se tornando um loop insuportável que quase joga na nossa cara que a Nintendo está fazendo tudo por um desejo judaico por dinheiro fácil. Onde estão os shooters e os open world? Ah, claro, Bayonetta 2 e X... só? E mal podemos contar Bayonetta 2, pois o primeiro jogo da franquia nem chegou aos consoles da Nintendo. Outra coisa que deveria ser feita é sair um pouco do infantil e cartunesco (Mario/Pikmin) e dar um jeito de trazer um "jogo-filme" como Uncharted, Tomb Raider, Beyond Two Souls e o incrível The Last of Us. É claro que ela já tentou isso com Metroid: Other M, mas aquilo foi para Wii há 4 anos e... ninguém quer falar sobre esse jogo, quer? Resumindo, a Nintendo precisa da sua própria Naughty Dog.
A demanda
O que a Nintendo precisava mesmo fazer era ouvir os verdadeiros fãs. Não aqueles que só querem Mario pra perder tempo, mas aqueles que necessitam de videogame; vivem por videogame. Cumprir a promessa que foi feita acerca do Wii U no ano passado: atingir todo tipo de jogador.
Metroid Prime 4, estou falando única e exclusivamente de você. Um shooter AAA com sede por gráficos, potência, inovação, exploração... que simplesmente é ignorado.
O que está acontecendo é simples: os fãs da Nintendo fariam qualquer coisa por ela e comprariam qualquer produto, e a Nintendo está usando isso como vantagem pra relaxar e ficar na mesmice. Fácil, rápido e lucrativo. Porém decepcionante.
Overall
Não é fácil dizer se a apresentação da Nintendo foi boa ou ruim, mas dá pra dizer que foi mediana, satisfatória; o nível de prós e contras é igual. Eles nos deram bons jogos, mas isso chegou perto de ser metade do que queríamos. Além disso, ver como a apresentação da Sony foi tão melhor (e definitivamente 'venceu' a E3) deu uma sensação de "meh" na da Nintendo. Faltou atuação, faltou cenário, faltou imagem e principalmente tempo.
+ RUMOR...?
Mas será que é sempre assim? Na E3 2013, o foco foram os consoles next gen - o XBOX ONE e o PlayStation 4 - cuja meta foi trazer mais potência gráfica, mais conectividade e expandir os limites de jogos sandbox.
As conferências de todas as empresas (first ou third-parties) foram um sucesso fenomenal (talvez não tanto para a Microsoft, mas enfim), e logo era a vez da Nintendo.
O que esperávamos
Vendo a decepção que foi a E3 2012 da Nintendo e tudo o que vimos nas conferências da Sony e da Microsoft, nossas esperanças se resumiam em uma conferência gigante, revelando novos IPs first-party no melhor estilo hardcore em nível AAA, mais jogos de antigas franquias e, é claro, o que a Nintendo já havia revelado com as silhuetas em seu site.
Eu, pessoalmente, aguardava a Nintendo exibindo o potencial máximo do Wii U com um novo Zelda (algo no estilo da incrível tech demo de 2011) e ver meu sonho de um novo Metroid gigantesco com cheiro de Frostbite/Unreal 3/CryEngine sendo realizado.
Enfim, o hype de todos foi ao extremo, e nosso sangue ferveu ao Iwata aparecer na tela após a contagem regressiva chegar a zero.
O que ganhamos
A conferência, que começou confirmando rumores apresentando o novo tipo Fairy em Pokémon X e Y, nos revelou tudo o que a Nintendo havia prometido. Mario Kart 8, Rayman Legends, Super Mario 3D World, Pikmin 3, The Legend of Zelda: A Link Between Worlds, The Wonderful 101, Wii Fit U, X, Bayonetta 2 e Super Smash Brothers para Wii U e 3DS, além de surpreender-nos com Donkey Kong Country Tropical Freeze e a entrada de Megaman, Villager e Wii Fit Trainer no novo Smash multiplataforma. Foi incrível em certo ponto, pois o Wii U venderá o dobro assim que alguns desses incríveis jogos forem lançados. Mario Kart 8, Super Mario 3D World, Bayonetta 2 e A Link Between Worlds são um belo exemplo. Mas será que é o bastante?
O que decepcionou
Não sei se posso chamar de perspectiva ou realidade ao comparar a conferência da Nintendo com as outras, mas vejam bem:
A Sony contou com uma apresentação incrível e carismática, dando a todos um conforto imenso ao usarmos um videogame que é uma máquina mortífera de entretenimento quase infinito. Sua apresentação durou quase duas horas e nos deu uma enxurrada de títulos AAA novíssimos mostrando tudo o que o incrível PS4 é capaz de fazer. O fanservice foi arrasador, a empresa apoiou o agora antigo PS3 com novos jogos e ainda enterrou a Microsoft após seu semi-suicídio com os sistemas "anti-pirataria" do XBO.
Tá legal. Sabendo de tudo isso, vamos ver o que a Nintendo fez. Mostrou apenas alguns títulos 'leves' que já sabíamos que iam aparecer em uma apresentação que durou míseros 40 minutos. Isso mesmo, 40 minutos, sabendo que nem uma hora é suficiente. Sei muito bem que quantidade =/= qualidade, mas convenhamos, uma longa apresentação nos daria a chance de ver gameplays ao vivo do novo Smash, de Mario Kart 8 e até mesmo de X. Perceberam que todas as empresas chegam a um ponto em que alguém pega um bendito controle e começa a jogar por uns dez minutos, ao invés de encher linguiça com alguns segundos de gameplay?
Segundo, não é possível que tanto a Sony quanto a Microsoft (ou pelo menos a Sony) nos apresentaram pelo menos 5 IPs hardcore exclusivos enquanto a Nintendo não saiu do arroz com feijão de Mario e party games. Isso está se tornando um loop insuportável que quase joga na nossa cara que a Nintendo está fazendo tudo por um desejo judaico por dinheiro fácil. Onde estão os shooters e os open world? Ah, claro, Bayonetta 2 e X... só? E mal podemos contar Bayonetta 2, pois o primeiro jogo da franquia nem chegou aos consoles da Nintendo. Outra coisa que deveria ser feita é sair um pouco do infantil e cartunesco (Mario/Pikmin) e dar um jeito de trazer um "jogo-filme" como Uncharted, Tomb Raider, Beyond Two Souls e o incrível The Last of Us. É claro que ela já tentou isso com Metroid: Other M, mas aquilo foi para Wii há 4 anos e... ninguém quer falar sobre esse jogo, quer? Resumindo, a Nintendo precisa da sua própria Naughty Dog.
A demanda
O que a Nintendo precisava mesmo fazer era ouvir os verdadeiros fãs. Não aqueles que só querem Mario pra perder tempo, mas aqueles que necessitam de videogame; vivem por videogame. Cumprir a promessa que foi feita acerca do Wii U no ano passado: atingir todo tipo de jogador.
Metroid Prime 4, estou falando única e exclusivamente de você. Um shooter AAA com sede por gráficos, potência, inovação, exploração... que simplesmente é ignorado.
O que está acontecendo é simples: os fãs da Nintendo fariam qualquer coisa por ela e comprariam qualquer produto, e a Nintendo está usando isso como vantagem pra relaxar e ficar na mesmice. Fácil, rápido e lucrativo. Porém decepcionante.
Overall
Não é fácil dizer se a apresentação da Nintendo foi boa ou ruim, mas dá pra dizer que foi mediana, satisfatória; o nível de prós e contras é igual. Eles nos deram bons jogos, mas isso chegou perto de ser metade do que queríamos. Além disso, ver como a apresentação da Sony foi tão melhor (e definitivamente 'venceu' a E3) deu uma sensação de "meh" na da Nintendo. Faltou atuação, faltou cenário, faltou imagem e principalmente tempo.
+ RUMOR...?
Há algo que estive pensando. A tendência ao introduzir um personagem antigo no Smash Bros. é usar seu visual de um jogo anterior ou da geração passada. O visual de Link em Meelee apareceu como o de OoT (afinal, Wind Waker nem sonhava em existir). Em Brawl, ele veio como o de TP e também contou com Toon Link, pertencentes ao início da vida do Wii e de um principal do GameCube, respectivamente. Agora... o visual de Link no novo Smash está completamente novo. Não é como o de SS por usar a roupa de TP e não é de TP por Link ter um cabelo loiro e liso. Além disso, ele também parece ter uma expressão mais única. Será que isso poderia ser uma amostra do visual do Link dentro do novo Zelda que sairá em breve? Será que veremos algo novo recentemente? |
Última edição por Hamburger em Ter 11 Jun 2013, 18:43, editado 1 vez(es)
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