Há pouco mais de dois anos atrás, Criterion Games lançava Hot Persuit, um Need For Speed que resgatou muitos fãs da série, e que trouxe uma interatividade online sem precedentes para games de corrida. No ano seguinte, vinha o não tão brilhante The Run, não feito pela Criterion, que agradou uns, mas decepcionou muitos.
Para a sorte dos fãs, a empresa tradicional de Burnout está de volta no mais novo game da série, e, felizmente, não desaponta. A primeira coisa que se nota, é o quão polido está o games, com os mínimos detalhes representados na cidade. Mas não é apenas isso, a equipe do jogo teve cuidados até com aspectos sonoros, como por exemplo, quando se entra em um túnel longo, o som do motor de seu carro ecoa forte, e a música quase desaparece, devido a estar ouvindo uma rádio.
O jogo visa proporcionar uma enorme sensação de liberdade ao jogador, e isso pode ser percebido até nos menus, que podem ser acessados sem pausar nada, ou pelas corridas, que não tem paredes invisíveis como em jogos anteriores, que evitavam que saíssemos da pista. Aqui você tem que ficar olhando para o mapa enquanto corre, e isso pode ser péssimo para a primeira vez numa posta, pois ainda não a conhecemos, e bater se torna muito fácil, pois é realmente necessário ficar olhando pro mapa. Nem ao menos setas indicando onde fazer a curva foram postas, apenas um "check" que pode ser confuso as vezes.
Portanto, a liberdade que é muito boa, tem seus prós e contras. Mas no final das contas, quando o jogador se acostuma, mostra-se um sistema recompensador, pois correr naturalmente pelas ruas, sem a interferência de barreiras, dá uma sensação de realismo incrível, e ajuda a esquecer que estamos presos a telinha de TV.
Imersão por imersão, os gráficos do jogo estão de altíssimo nível também. A luz interage de maneira realista com os carros, objetos são bem refletidos em poças d'água e no carro, as texturas estão bem feitas e detalhadas, e apesar de ser um jogo de mundo aberto, quase não se nota pop up e serrilhados.
Parece que a Criterion realmente quis entregar uma experiência bem polida e longeva, porque além de detalhes, o jogo é cheio de extras que ajudam a prolongar a vida do mesmo. Existem dezenas de Outdoors para serem quebrados, dezenas de câmeras para serem burladas, e mais dezenas de portões para serem derrubados. E o melhor: se o console estiver conectado, todos os seus feitos pela cidade são registrados, e comparados com seus amigos e oponentes mundo a fora. Coisas assim fazem com que o jogador esteja sempre voltando a rua "x", por exemplo, para passar a uma velocidade maior que a que seu amigo passou, e ter seu nome em primeiro na leaderboard.
Por falar em competição, um dos principais pratos do jogo, que da nome ao mesmo, inclusive, são as perseguições policiais. Aqui elas estão divertidas como sempre, e ainda mais refinadas. A inteligência artificial funciona muito bem, proporcionando perseguições mais reais e fluidas, além do jogo te dar um leque de possibilidades muito grande para escapar, ou derrotar, os tiras.
Como não podia ser diferente, a pontuação feita nas perseguições, são computadas em uma leaderboard, caso esteja online, e comparada com a de seus amigos. Porém, o jogo não apenas coloca seus dados em uma tabela, ele faz comparações em tempo real, enquanto você corre pelas ruas, foge, ou quebra portões, e isso torna a experiência menos mecânica, e mais prática.
Apesar de tantos pontos forte, um jogo de corrida não seria bom se não tivesse bom gameplay, certo? Sim, certo. E Most Wanted não desaponta, trazendo sistema de batidas interessante, sensação de velocidade absurda, objetos destrutíveis, e controles práticos e profundos ao mesmo tempo. Que fique claro, o jogo não é para os jogadores mais casuais, pois além da sensação de alta velocidade, e do jogador ser obrigado a correr em pistas do nível hard, o toque no analógico esquerdo, usado para controlar o carro, é extremamente sensível, e pode afastar alguns jogadores.
No começo, é preciso uma adaptação, e andar reto, uma coisa simples, parece difícil. Isso é apenas a Criterion, mais uma vez, tentando proporcionar uma experiência diferenciada. Porém, fica um pouco claro que exageraram na sensibilidade do analógico, na tentativa de proporcionar o feeling que se sentiria ao dirigir um carro em alta velocidade.
Exageros a parte, a história foi um ponto pouco explorado. O jogo começa com uma voz feminina narrando o que acontece em Fairhaven, enquanto cenas são apresentadas. Em uma das partes, é dito que os mais procurados da cidade estão em uma lista, e que para ser o melhor você deve derrota-los. E assim começa o jogo, com uma intro de 3 minutos, e após isso, nenhuma outra cena, ou menos narração, acontece.
Este ponto decepcionou muitos fãs, que gostavam de uma história no plano de fundo. Essa simplicidade do single player, é compensada pela robustez do multi. Não há divisão de categorias, você entra direto em uma cidade online, de mundo aberto, e é direcionado a um ponto de encontro com outros jogadores, onde em "x" minutos começará a próxima partida. Enquanto a partida não começa, os jogadores costumam tentar destruir o carro do adversário, pois isso gera pontos, que são acumulados em uma tabela, e aumentam nível do jogador. O jogo sorteia aleatoriamente a ordem dos desafios, e a classe disponível (carros exóticos, pick-ups, todos os tipos, etc).
A trilha sonora também foi bem escolhida, apresentando, em sua maioria, músicas que se encaixam com a sensação de alta velocidade. O interessante é que a lista de músicas tentou mixar dois tipos diferentes: as eletrônicas que fazem sucesso atualmente, e algumas de rock clássico. Mas, nem tudo são rosas, e algumas trilhas mais lentas são altamente dispensáveis e não condizentes com o clima, dando a sensação que estamos num concerto de ópera dentro de um metrô. por exemplo.
Em resumo, a Criterion Games conseguiu trazer mais um bom Need For Speed, com algumas inovações, bastante longevidade e polimento, que compensam algumas pequenas falhas.
Tente ser o mais procurado, e acelere fundo nessa incrível experiência recomendadíssima.
Gráficos: 9,5
Jogabilidade: 9,0
Trilha Sonora: 8,5
Longevidade: 10
NOTA FINAL: 9,25 (média)
Para a sorte dos fãs, a empresa tradicional de Burnout está de volta no mais novo game da série, e, felizmente, não desaponta. A primeira coisa que se nota, é o quão polido está o games, com os mínimos detalhes representados na cidade. Mas não é apenas isso, a equipe do jogo teve cuidados até com aspectos sonoros, como por exemplo, quando se entra em um túnel longo, o som do motor de seu carro ecoa forte, e a música quase desaparece, devido a estar ouvindo uma rádio.
O jogo visa proporcionar uma enorme sensação de liberdade ao jogador, e isso pode ser percebido até nos menus, que podem ser acessados sem pausar nada, ou pelas corridas, que não tem paredes invisíveis como em jogos anteriores, que evitavam que saíssemos da pista. Aqui você tem que ficar olhando para o mapa enquanto corre, e isso pode ser péssimo para a primeira vez numa posta, pois ainda não a conhecemos, e bater se torna muito fácil, pois é realmente necessário ficar olhando pro mapa. Nem ao menos setas indicando onde fazer a curva foram postas, apenas um "check" que pode ser confuso as vezes.
Portanto, a liberdade que é muito boa, tem seus prós e contras. Mas no final das contas, quando o jogador se acostuma, mostra-se um sistema recompensador, pois correr naturalmente pelas ruas, sem a interferência de barreiras, dá uma sensação de realismo incrível, e ajuda a esquecer que estamos presos a telinha de TV.
Imersão por imersão, os gráficos do jogo estão de altíssimo nível também. A luz interage de maneira realista com os carros, objetos são bem refletidos em poças d'água e no carro, as texturas estão bem feitas e detalhadas, e apesar de ser um jogo de mundo aberto, quase não se nota pop up e serrilhados.
Parece que a Criterion realmente quis entregar uma experiência bem polida e longeva, porque além de detalhes, o jogo é cheio de extras que ajudam a prolongar a vida do mesmo. Existem dezenas de Outdoors para serem quebrados, dezenas de câmeras para serem burladas, e mais dezenas de portões para serem derrubados. E o melhor: se o console estiver conectado, todos os seus feitos pela cidade são registrados, e comparados com seus amigos e oponentes mundo a fora. Coisas assim fazem com que o jogador esteja sempre voltando a rua "x", por exemplo, para passar a uma velocidade maior que a que seu amigo passou, e ter seu nome em primeiro na leaderboard.
Por falar em competição, um dos principais pratos do jogo, que da nome ao mesmo, inclusive, são as perseguições policiais. Aqui elas estão divertidas como sempre, e ainda mais refinadas. A inteligência artificial funciona muito bem, proporcionando perseguições mais reais e fluidas, além do jogo te dar um leque de possibilidades muito grande para escapar, ou derrotar, os tiras.
Como não podia ser diferente, a pontuação feita nas perseguições, são computadas em uma leaderboard, caso esteja online, e comparada com a de seus amigos. Porém, o jogo não apenas coloca seus dados em uma tabela, ele faz comparações em tempo real, enquanto você corre pelas ruas, foge, ou quebra portões, e isso torna a experiência menos mecânica, e mais prática.
Apesar de tantos pontos forte, um jogo de corrida não seria bom se não tivesse bom gameplay, certo? Sim, certo. E Most Wanted não desaponta, trazendo sistema de batidas interessante, sensação de velocidade absurda, objetos destrutíveis, e controles práticos e profundos ao mesmo tempo. Que fique claro, o jogo não é para os jogadores mais casuais, pois além da sensação de alta velocidade, e do jogador ser obrigado a correr em pistas do nível hard, o toque no analógico esquerdo, usado para controlar o carro, é extremamente sensível, e pode afastar alguns jogadores.
No começo, é preciso uma adaptação, e andar reto, uma coisa simples, parece difícil. Isso é apenas a Criterion, mais uma vez, tentando proporcionar uma experiência diferenciada. Porém, fica um pouco claro que exageraram na sensibilidade do analógico, na tentativa de proporcionar o feeling que se sentiria ao dirigir um carro em alta velocidade.
Exageros a parte, a história foi um ponto pouco explorado. O jogo começa com uma voz feminina narrando o que acontece em Fairhaven, enquanto cenas são apresentadas. Em uma das partes, é dito que os mais procurados da cidade estão em uma lista, e que para ser o melhor você deve derrota-los. E assim começa o jogo, com uma intro de 3 minutos, e após isso, nenhuma outra cena, ou menos narração, acontece.
Este ponto decepcionou muitos fãs, que gostavam de uma história no plano de fundo. Essa simplicidade do single player, é compensada pela robustez do multi. Não há divisão de categorias, você entra direto em uma cidade online, de mundo aberto, e é direcionado a um ponto de encontro com outros jogadores, onde em "x" minutos começará a próxima partida. Enquanto a partida não começa, os jogadores costumam tentar destruir o carro do adversário, pois isso gera pontos, que são acumulados em uma tabela, e aumentam nível do jogador. O jogo sorteia aleatoriamente a ordem dos desafios, e a classe disponível (carros exóticos, pick-ups, todos os tipos, etc).
A trilha sonora também foi bem escolhida, apresentando, em sua maioria, músicas que se encaixam com a sensação de alta velocidade. O interessante é que a lista de músicas tentou mixar dois tipos diferentes: as eletrônicas que fazem sucesso atualmente, e algumas de rock clássico. Mas, nem tudo são rosas, e algumas trilhas mais lentas são altamente dispensáveis e não condizentes com o clima, dando a sensação que estamos num concerto de ópera dentro de um metrô. por exemplo.
Em resumo, a Criterion Games conseguiu trazer mais um bom Need For Speed, com algumas inovações, bastante longevidade e polimento, que compensam algumas pequenas falhas.
Tente ser o mais procurado, e acelere fundo nessa incrível experiência recomendadíssima.
Gráficos: 9,5
Jogabilidade: 9,0
Trilha Sonora: 8,5
Longevidade: 10
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