Quando você acha que já experimentou de tudo um pouco no universo dos games, eis que surge Hong Kong 97, uma pér*** para o clássico Super Famicom, a versão oriental do Super Nintendo que conhecemos. Apenas o pronunciar do título do jogo já é o bastante para suscitar uma crise de ansiedade — e, possivelmente, pânico e estresse pós-traumático — em todos aqueles que tiveram o infortúnio de conhecer esse game. Aqui, praticamente não há exageros: o que no começo aparenta ser um estranho jogo de ação do Bruce Lee com imagens aprimoradamente digitalizadas acaba se tornando uma compilação de publicidade, palavras de baixo calão, o quase respirável odor de cadáveres pútridos e grotescos protestos anti-comunistas.
Hong Kong 97 foi desenvolvido pela Happy Software, Ltd. — uma companhia homebrew que, até onde sabemos, é conhecida apenas pela produção deste título. O texto da introdução está disponível em três linguagens: japonês, chinês tradicional e inglês. Quem entende, diz que o chinês do jogo é traduzido tão porcamente quanto o modo como o software fora produzido no geral. Porém, isso não implica que a história tenha de ser bem traduzida. Talvez se fosse interpretada por um macaco circense, faria muito mais sentido do que em seu contexto original.
Antes de conhecer o fascinante enredo de Hong Kong 97, acredite, o jogador é convidado a vender suas propriedades intelectuais de Super Nintendo à Happy Soft, que ainda oferece a barganha de 1/3 dos lucros! E ainda apela aos varejistas que comercializem seus produtos — que se resumem aos cartuchos de Hong Kong 97 — em suas redes de comércio. "Estamos à procura de revendedores em todo o mundo. Vamos dar fortes descontos a encomendas de mais de 50 peças". Obviamente, a proposta parece não ter dado muito certo. Afinal de contas, quem em sã consciência colocaria o kuso-ge na vitrine de sua loja ao invés de arremessá-lo violentamente contra a parede? Tamanho é o apelo comercial do game que leva três telas até chegar na próxima etapa do pesadelo — a tela de título e o curiosíssimo roteiro do jogo, que envolve comunistas, a transferência de poder de Hong Kong e, é claro, o Jackie Chan. Esqueça o novo Karate Kid: a pior associação da imagem de Jackie Chan foi Hong Kong 97, mesmo.
Como citado, a história gira em torno da transferência de soberania de Hong Kong do Reino Unido para a República Popular da China (RPC), que aconteceu no dia 1º de julho de 1997. Em outras palavras, trata-se de um evento de marcou o fim do governo britânico sobre a colônia de Hong Kong e a transferência de governo para a China. O game, estranhamente lançado dois anos antes destes acontecimentos, conta que, naquele período, os "comunistas feios" da China continental passaram a imigrar para Hong Kong, aumentando exponencialmente a taxa criminal da região. "Hong Kong está arruinada!" Como uma medida preventiva, o governo (representado pelo político britânico Chris Patten) contratou o protagonista Chin (ninguém mais, ninguém menos que Jackie Chan), um parente de Bruce Lee, para matar 1.2 bilhão de chineses relacionados ao evento.
Enquanto isso, em algum lugar da China... o cadáver de "Tong Shau Ping" estava participando de experiências secretas que o transformariam numa poderosa arma de destruição em massa. O tal Ping, na verdade, é Deng Xiaoping, o falecido secretário-geral do Partido Comunista Chinês, líder político da República Popular da China e criador do regime socialista de mercado, vigente na China moderna. Quem diria que um dia ele se tornaria uma cabeça gigante flutuante, hein? Vale notar que, em 1995, quando o game foi lançado, Xiaoping ainda estava vivo. O líder político só viria a morrer em fevereiro de 1997, poucos meses antes da transferência de soberania de Hong Kong — o assunto principal do jogo. Prefiro pensar que tudo não passou de uma grande coincidência para me prevenir de um possível estado de esquizofrenia paranóide...
Vamos ao que interessa: a jogabilidade. Hong Kong 97 é um shoot'em-up vertical; algo como um jogo clássico de tiros com pessoas no lugar das aeronaves, uma premissa que, citando um exemplo, funcionou muito bem no sensacional Gun.Smoke (NES). A grande diferença é que o game de faroeste para Nintendinho não era uma pilha de sprites mal e mal renderizados, com armas, inimigos e Power-Ups completamente improváveis e uma dificuldade lendária que coloca à prova a sanidade de qualquer jogador. A animação do jogo é tão podre quanto as imagens cadavéricas que aparecem toda vez que você destrói um inimigo com seus projéteis. Ao serem atingidos, os comunistas "explodem" numa foto retangular estática de uma nuvem de cogumelo, dando lugar brevemente à foto pixelada de um homem assassinado. Sua missão é sobreviver à imparável chuva de oponentes por mais de 30 segundos; se você conseguir essa façanha, já será o suficiente para confrontar o chefão!
Para identificar a aproximação do boss, basta contar as limousines: depois que o terceiro carro aparecer, você já pode preparar as... coisas que você atira nos inimigos, seja lá o que forem, para confrontar o chefão. A cabeça decapitada de Tong Shau Ping possui um padrão ofensivo de "flutuar e esmagar"; é fácil memorizar o método para destruí-lo. O chefão é mais fácil de se derrotar, por exemplo, do que o inimigo regular de blusa vermelha e quepe preto, que flutua em alta velocidade na sua direção ao mesmo tempo em que atira freneticamente. Uma vez que o cabeção sorridente for derrotado, o jogo recomeçará.
Mas falar é fácil.
A game screen entra sem qualquer aviso prévio, assim como os ataques de seus oponentes — e, totalmente confundida com as telas de introdução, leva os jogadores a uma imediata e vomitiva tela de Game Over. Retratada pela foto pixelada de um homem morto, banhado em sangue e ferimentos, sob a descrição "CHIN IS DEAD" ("Chin está morto"), eis a que pode ser considerada a pior tela de Game Over de toda a história dos games — e provavelmente a que você mais verá em toda a sua vida. A imagem tem até data e hora da morte! O mais frustrante é saber que, toda a vez em que você perde, o game exibe todos os créditos de produção e retorna instantaneamente à primeira tela que você viu quando cometeu o erro de ligar o aparelho; como se o cartucho fosse resetado toda a vez que Chin morre. E Chin morre muitas, muitas vezes.
Durante a jogatina, tudo pode te matar: encostar numa limousine, em qualquer um dos comunistas ou nas coisas que eles liberam quando morrem. Deus, até mesmo encostar numa ficha de pôquer fará a tela de gameplay entrar em rápido fade out e dar lugar à nauseante imagem do presunto. O único Power-Up do game é uma seringa que deixa Chin invencível por um período de 10 segundos. Uma alusão à analgesia de uma droga opióide? Isso com certeza explicaria a existência de Hong Kong 97. Talvez nada mais se ouviu falar sobre a Happy Soft Ltd. porque todos morreram de overdose — ou se mataram depois de concluir a obra, alucinados pela música-tema do jogo...
Os gráficos usados para o background das telas de ação só dão mais caldo à malcheirosa sopa de bizarrice. O rosto do comunista revolucionário Mao Zedong, o antigo logo do canal aberto de Hong Kong Asia Television Limited e nada menos que o emblema da Coca-Cola estão entre as imagens aleatórias que aparecem no plano de fundo do jogo, ajudando-o a garantir um espaço todo especial no rol dos games mais bizarros de todos os tempos.
O tema de Hong Kong 97 é um hino infantil que ficou muito famoso durante a revolução cultural da China, o I Love Beijing Tiananmen. A canção original, especialmente quando interpretada por um coral de crianças, é bem fluente e prazerosa de se ouvir. O problema mesmo é que os desenvolvedores usaram apenas duas frases de toda a música e as colocaram para repetir em loop infinito; logo, você escuta o verso abaixo, romanizado em pinyin, sendo repetido a cada 6 segundos:
Essa trilha toca incessavelmente desde o ligar do cartucho. Não há outra coisa além disso a ser escutada ao longo do jogo; nem efeitos sonoros, nem tema dramático de Game Over (você vê o cadáver de Chin enquanto escuta à balada infantil do comunismo). É um pesadelo audível, quase incontrolável, que pode perturbar suas futuras noites de sono por muito tempo. Talvez escutar o ranger dos primeiros dentes de uma criança ou aquela riscada acidental de quando se corta um filé num prato de vidro represente mais deleite aos tímpanos do que essa terrível abominação disfarçada de video game.
Se esta análise ainda não foi o bastante para que você se convença do nível baixíssimo de Hong Kong 97, veja o que a mídia tem a dizer sobre o título:
- "Hong Kong 97 é o pior game que eu já joguei em toda a minha vida e ele me faz querer me matar." - FL1PPY
- "É lixo. O jogo estava marcado como domínio público quando o achei na net; eu não sei se isso é verdade, mas eu posso ver por que a empresa abandoria completamente seus direitos autorais." - Dove_cut, GameFAQs
- "É dificil dizer se é um trabalho brilhante ou apenas uma besteira sensacionalista. É obviamente feito para satirizar a entrega de Hong Kong dos britânicos para os chineses em 1997, mas o faz de uma forma extraordinariamente sem graça." - ZZZ, Hardcore Gaming 101
- "Mas que c****** de história é essa?" - P.A., Museum dos Games
Com tantos defeitos, é difícil definir o que é pior em Hong Kong 97. Seria a entorpecente trilha sonora, que transformou os jogadores mais profissionais em residentes do Juqueri? O fato de que imagens digitalizadas de Jackie Chan, Bruce Lee, líderes comunistas e políticos britânicos aparecem com mais frequência no jogo do que traseiros no programa Pânico na TV? Ou somente o fato de que o sprite de Chin possui uma camisa de manga comprida que se transforma em blusa regata toda a vez que arremessa um projétil com o botão ?
Até hoje, não se sabe o que é mais rápido: a troca de camisa de Chin ou o tempo levado pelos jogadores até descobrirem que colocaram para funcionar um dos piores games do entretenimento interativo. Se bem que, para isso, Hong Kong 97 teria que entreter.
O maior desafio do jogo, na verdade, não é matar 1.2 bilhão de comunistas. É conseguir jogá-lo por mais de 5 minutos.
Fonte: Nintendo Blast
--
Lí a notícia no Blast e resolvi postar aqui.
Jogo mais bizarro não existe
Hong Kong 97 foi desenvolvido pela Happy Software, Ltd. — uma companhia homebrew que, até onde sabemos, é conhecida apenas pela produção deste título. O texto da introdução está disponível em três linguagens: japonês, chinês tradicional e inglês. Quem entende, diz que o chinês do jogo é traduzido tão porcamente quanto o modo como o software fora produzido no geral. Porém, isso não implica que a história tenha de ser bem traduzida. Talvez se fosse interpretada por um macaco circense, faria muito mais sentido do que em seu contexto original.
Antes de conhecer o fascinante enredo de Hong Kong 97, acredite, o jogador é convidado a vender suas propriedades intelectuais de Super Nintendo à Happy Soft, que ainda oferece a barganha de 1/3 dos lucros! E ainda apela aos varejistas que comercializem seus produtos — que se resumem aos cartuchos de Hong Kong 97 — em suas redes de comércio. "Estamos à procura de revendedores em todo o mundo. Vamos dar fortes descontos a encomendas de mais de 50 peças". Obviamente, a proposta parece não ter dado muito certo. Afinal de contas, quem em sã consciência colocaria o kuso-ge na vitrine de sua loja ao invés de arremessá-lo violentamente contra a parede? Tamanho é o apelo comercial do game que leva três telas até chegar na próxima etapa do pesadelo — a tela de título e o curiosíssimo roteiro do jogo, que envolve comunistas, a transferência de poder de Hong Kong e, é claro, o Jackie Chan. Esqueça o novo Karate Kid: a pior associação da imagem de Jackie Chan foi Hong Kong 97, mesmo.
Hong Kong está arruinada!
Como citado, a história gira em torno da transferência de soberania de Hong Kong do Reino Unido para a República Popular da China (RPC), que aconteceu no dia 1º de julho de 1997. Em outras palavras, trata-se de um evento de marcou o fim do governo britânico sobre a colônia de Hong Kong e a transferência de governo para a China. O game, estranhamente lançado dois anos antes destes acontecimentos, conta que, naquele período, os "comunistas feios" da China continental passaram a imigrar para Hong Kong, aumentando exponencialmente a taxa criminal da região. "Hong Kong está arruinada!" Como uma medida preventiva, o governo (representado pelo político britânico Chris Patten) contratou o protagonista Chin (ninguém mais, ninguém menos que Jackie Chan), um parente de Bruce Lee, para matar 1.2 bilhão de chineses relacionados ao evento.
Enquanto isso, em algum lugar da China... o cadáver de "Tong Shau Ping" estava participando de experiências secretas que o transformariam numa poderosa arma de destruição em massa. O tal Ping, na verdade, é Deng Xiaoping, o falecido secretário-geral do Partido Comunista Chinês, líder político da República Popular da China e criador do regime socialista de mercado, vigente na China moderna. Quem diria que um dia ele se tornaria uma cabeça gigante flutuante, hein? Vale notar que, em 1995, quando o game foi lançado, Xiaoping ainda estava vivo. O líder político só viria a morrer em fevereiro de 1997, poucos meses antes da transferência de soberania de Hong Kong — o assunto principal do jogo. Prefiro pensar que tudo não passou de uma grande coincidência para me prevenir de um possível estado de esquizofrenia paranóide...
A Jogabilidade
Vamos ao que interessa: a jogabilidade. Hong Kong 97 é um shoot'em-up vertical; algo como um jogo clássico de tiros com pessoas no lugar das aeronaves, uma premissa que, citando um exemplo, funcionou muito bem no sensacional Gun.Smoke (NES). A grande diferença é que o game de faroeste para Nintendinho não era uma pilha de sprites mal e mal renderizados, com armas, inimigos e Power-Ups completamente improváveis e uma dificuldade lendária que coloca à prova a sanidade de qualquer jogador. A animação do jogo é tão podre quanto as imagens cadavéricas que aparecem toda vez que você destrói um inimigo com seus projéteis. Ao serem atingidos, os comunistas "explodem" numa foto retangular estática de uma nuvem de cogumelo, dando lugar brevemente à foto pixelada de um homem assassinado. Sua missão é sobreviver à imparável chuva de oponentes por mais de 30 segundos; se você conseguir essa façanha, já será o suficiente para confrontar o chefão!
Para identificar a aproximação do boss, basta contar as limousines: depois que o terceiro carro aparecer, você já pode preparar as... coisas que você atira nos inimigos, seja lá o que forem, para confrontar o chefão. A cabeça decapitada de Tong Shau Ping possui um padrão ofensivo de "flutuar e esmagar"; é fácil memorizar o método para destruí-lo. O chefão é mais fácil de se derrotar, por exemplo, do que o inimigo regular de blusa vermelha e quepe preto, que flutua em alta velocidade na sua direção ao mesmo tempo em que atira freneticamente. Uma vez que o cabeção sorridente for derrotado, o jogo recomeçará.
Mas falar é fácil.
A game screen entra sem qualquer aviso prévio, assim como os ataques de seus oponentes — e, totalmente confundida com as telas de introdução, leva os jogadores a uma imediata e vomitiva tela de Game Over. Retratada pela foto pixelada de um homem morto, banhado em sangue e ferimentos, sob a descrição "CHIN IS DEAD" ("Chin está morto"), eis a que pode ser considerada a pior tela de Game Over de toda a história dos games — e provavelmente a que você mais verá em toda a sua vida. A imagem tem até data e hora da morte! O mais frustrante é saber que, toda a vez em que você perde, o game exibe todos os créditos de produção e retorna instantaneamente à primeira tela que você viu quando cometeu o erro de ligar o aparelho; como se o cartucho fosse resetado toda a vez que Chin morre. E Chin morre muitas, muitas vezes.
Durante a jogatina, tudo pode te matar: encostar numa limousine, em qualquer um dos comunistas ou nas coisas que eles liberam quando morrem. Deus, até mesmo encostar numa ficha de pôquer fará a tela de gameplay entrar em rápido fade out e dar lugar à nauseante imagem do presunto. O único Power-Up do game é uma seringa que deixa Chin invencível por um período de 10 segundos. Uma alusão à analgesia de uma droga opióide? Isso com certeza explicaria a existência de Hong Kong 97. Talvez nada mais se ouviu falar sobre a Happy Soft Ltd. porque todos morreram de overdose — ou se mataram depois de concluir a obra, alucinados pela música-tema do jogo...
Os gráficos usados para o background das telas de ação só dão mais caldo à malcheirosa sopa de bizarrice. O rosto do comunista revolucionário Mao Zedong, o antigo logo do canal aberto de Hong Kong Asia Television Limited e nada menos que o emblema da Coca-Cola estão entre as imagens aleatórias que aparecem no plano de fundo do jogo, ajudando-o a garantir um espaço todo especial no rol dos games mais bizarros de todos os tempos.
Pesadelo Musical
O tema de Hong Kong 97 é um hino infantil que ficou muito famoso durante a revolução cultural da China, o I Love Beijing Tiananmen. A canção original, especialmente quando interpretada por um coral de crianças, é bem fluente e prazerosa de se ouvir. O problema mesmo é que os desenvolvedores usaram apenas duas frases de toda a música e as colocaram para repetir em loop infinito; logo, você escuta o verso abaixo, romanizado em pinyin, sendo repetido a cada 6 segundos:
Wǒ ài Běijīng Tiān'ānmén | Tiān'ānmén shang tàiyáng shēng
(Eu amo o Tiananmen de Pequim | O sol nasce sobre Tiananmen)[b]
Essa trilha toca incessavelmente desde o ligar do cartucho. Não há outra coisa além disso a ser escutada ao longo do jogo; nem efeitos sonoros, nem tema dramático de Game Over (você vê o cadáver de Chin enquanto escuta à balada infantil do comunismo). É um pesadelo audível, quase incontrolável, que pode perturbar suas futuras noites de sono por muito tempo. Talvez escutar o ranger dos primeiros dentes de uma criança ou aquela riscada acidental de quando se corta um filé num prato de vidro represente mais deleite aos tímpanos do que essa terrível abominação disfarçada de video game.
[b]Recepção na Mídia
Se esta análise ainda não foi o bastante para que você se convença do nível baixíssimo de Hong Kong 97, veja o que a mídia tem a dizer sobre o título:
- "Hong Kong 97 é o pior game que eu já joguei em toda a minha vida e ele me faz querer me matar." - FL1PPY
- "É lixo. O jogo estava marcado como domínio público quando o achei na net; eu não sei se isso é verdade, mas eu posso ver por que a empresa abandoria completamente seus direitos autorais." - Dove_cut, GameFAQs
- "É dificil dizer se é um trabalho brilhante ou apenas uma besteira sensacionalista. É obviamente feito para satirizar a entrega de Hong Kong dos britânicos para os chineses em 1997, mas o faz de uma forma extraordinariamente sem graça." - ZZZ, Hardcore Gaming 101
- "Mas que c****** de história é essa?" - P.A., Museum dos Games
Com tantos defeitos, é difícil definir o que é pior em Hong Kong 97. Seria a entorpecente trilha sonora, que transformou os jogadores mais profissionais em residentes do Juqueri? O fato de que imagens digitalizadas de Jackie Chan, Bruce Lee, líderes comunistas e políticos britânicos aparecem com mais frequência no jogo do que traseiros no programa Pânico na TV? Ou somente o fato de que o sprite de Chin possui uma camisa de manga comprida que se transforma em blusa regata toda a vez que arremessa um projétil com o botão ?
Até hoje, não se sabe o que é mais rápido: a troca de camisa de Chin ou o tempo levado pelos jogadores até descobrirem que colocaram para funcionar um dos piores games do entretenimento interativo. Se bem que, para isso, Hong Kong 97 teria que entreter.
O maior desafio do jogo, na verdade, não é matar 1.2 bilhão de comunistas. É conseguir jogá-lo por mais de 5 minutos.
Fonte: Nintendo Blast
--
Lí a notícia no Blast e resolvi postar aqui.
Jogo mais bizarro não existe
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