O Zelda que (quase) ninguém jogou: BS The Legend of Zelda: Inishie no Sekiban

Não gente, não é uma daquelas três obras primas lançadas para o bem sucedido CD-i, “videogame” este criado pela Philips, empresa muito tradicional no ramo.


BS The Legend of Zelda: Inishie no Sekiban foi um jogo lançado somente no Japão (só pra variar) para o SNES, o japonesinho chegava na lojinha e comprava o joguinho e ia felizinho para a sua casinha joga-lo em seu Super Famicomzinho... Não! Ele não foi lançado fisicamente, mas sim em um periférico lançado no Japão chamado Satellaview (acho que em 97 televisionou algumas lutas), que por algum motivo ficou conhecido como BS-X... Ta bom, não ficou conhecido, só chamavam assim. Ele funcionava como um modem via satélite, interprete como internet no seu Super Nintendo, era acoplado sob o console e colocava-se o cartão de memória e seu “adaptador”, nestes eram armazenados os jogos baixados. Nele foram lançados jogos que iam desde relançamentos de jogos de cartucho (mídia digital é uma coisa nova, não?), remake de jogos do NES (quando estiver com tempo falo sobre o remake do Zelda original) até exclusivos de franquias grandes (possível que nem o Sega CD e 32x tenham mais jogos de peso) e jogos indie (o nome não é bem esse, mas é quase o mesmo).


Já falei muito deste periférico, vamos para o que mais importa: Zeruda! Como BS The Legend of Zelda: Inishie no Sekiban nunca saiu do Japão e é de uma série grande é óbvio que recebeu um nome não oficial, pelos fãs master plus platinum de Zelda (só sendo fã master plus platinum para conhecer esse jogo) é chamado de “BS The Legend of Zelda: Ancient Stone Tablets” e que por, creio eu, uma re-tradução do jogo do inglês para o japonúncio é chamado erroneamente de BS The Legend of Zelda: Kodai no Sekiban por alguns leigos/desisformados/não-sabedores de japonês/ não-fãs master plus platinum.

Sua estória passa-se seis anos após os acontecimentos de A Link to the Past (melhor Zelda de todos, Ocarina cópia, ALttP forever s2 s2) quando Hyrule está em paz e blablabla Zelda enquanto dorme tem uma premonição de que tudo será dominado pelas sombras e mais blablabla (aquela coisa bem clichê). Quando um dia ela vê uma luz misteriosa no céu, no leste e segue essa luz; Aginah, irmão mais novo de Sahasrahla (até hoje não sei falar esse nome demoníaco, esse cara deve ser russo ou a mãe dele não gostava dele), que estava morando na antiga residência de seu irmão também vê a luz e a segue. Lá eles se encontram mas antes de bater um papo avistam um/uma adolescente “estranho” deitado no chão(realmente pra quem mora em uma Europa Medieval encontrar um/uma adolescente com roupas modernas e boné deve ser estranho... Por que caralhinhos voadores alguém usa boné na Europa Feudal?), socorrem o garoto e levam para a residência do Aginah. Lá, enquanto o estranho ainda estava desmaiado fazem uma social, tomam um café, um chá, comentam sobre as fofocas de Kakariko Village, fazem a incrível conclusão de que o garoto/a garota não era de lá (claro, tem que ser um Sherlock Holmes para descobrir isso), tomam outro chá, perguntam sobre a família e Zelda fala do toco que deu no Link e Aginah diz que shaharlasah foi a procura de Link que saiu de Hyrule por causa do toco. Zelda tentou chamar o sharlash pela internet mas ele só tinha MSN e estava off, também tentou ligar mas a operadora dele era TIM e estava fora de área, por último tentou a telepatia porém não deu certo. Depois disso, pressentiu que o garoto/a garota tinha coragem e poderia ser o Herói da Luz (foi mais “Vai tu mesmo, só tem você mesmo, se morrer não vai fazer falta”).


O jogo consistia em pegar as Ancient Stone de uma maneira similar aos pendants em ALttP. Em relação aos gráficos o jogo é o ALttP, sprites, mapas, quase tudo; algumas coisas foram acrescentadas, mas nada importante. Também é apresentado dentro do game um relógio em tempo real(muita diferença, já que o jogo não tinha noite, só servia para avisar quando o horário do satellaview estivesse acabando). Além do mais todas as cutscenes desse jogo tinham dublagem, mas infinitamente melhor que a dublagem dos jogos de CD-i. Entretanto seu diferencial estava nas semanas. Toda semana era lançado no BS-X uma parte do jogo e cada parte tinha um objetivo.


Apesar de não ser muito conhecido (só eu e mais dez conhecemos o jogo) ele teve várias coisas reaproveitadas em outros jogos da série, o sistema de eventos em certo tempo e NPC's móveis foram utilizado no jogo das máscaras. Também foi nele em que começou o efeito de “fog of war”, aquela fumaça do OoT que misteriosamente desaparecia do mapa quando você acessava aquela área (mas claro, eu vou chegar a Atlantis e ela vai aparecer no meio do oceano no meu mapa mundi). Também nele que primeiramente revelou Zelda com a habilidade de prever o futuro através dos sonhos. Também foi legal a possibilidade da escolha do sexo da personagem principal


Então, lembram-se que o jogo passa-se seis anos após o ALttP e Link não está em Hyrule porque tomou um toco da zelda? Não!? Aposto que nem leram o texto todo até aqui, ah se quiserem ler ou não tanto faz. Enfim, durante muito tempo esse jogo foi, para os fãs, a prova concreta de que Link's Awakening é uma sequência direta de A Link to the Past (já que Link não está em Hyrule), mas então lançaram aquele livrinho lá que não lembro o nome e confirmou que não era uma sequência direta, além de ter excluído esse jogo da timeline oficial.


Eu recomendaria esse jogo, mas é muito difícil achar uma ROM desse jogo tanto é que eu nunca joguei e mesmo se tivesse achado não poderia postar o link aqui. Não esqueçam de divulgar este jogo para seus amiguinhos, sonhe com um relançamento para o 3DS/wiiU e avisem novamente as seus coleguinhas, seus familiares, seus animais de estimação, avisem a todos! Isto não um segredo .