Mother 3 foi um jogo lançado em 2006, para o Game Boy Advance.
Essa é a descrição mais básica que você pode dar sobre Mother 3 (ou seria Earthbound 2?). Ela não representa nada. São apenas dados, desprovidos de emoção. Eles não representam a dor e a luta de Lucas, o sofrimento de Flint, a alegria de Kumatora.
Porque emoção é algo que jorra em Mother 3, não só na tela do GBA, mas em você. O jogo possui personagens extremamente carismáticos, uma história cativante e que leva a maioria às lágrimas, uma música que brota um sentimento dentro do jogador. Mas vamos lá, o que é Mother 3, então? Embarque conosco nessa viagem ao redor desse jogo.
Conheça as Nowhere Islands
Nowhere Islands é um pequeno conjunto de ilhas no meio do mar. Na parte ocidental, está localizada a pequena Tasmily Village, uma vila rural onde não existe o dinheiro, além do abandonado Osohe Castle. Os moradores ali são pacíficos (tanto que a cadeia nunca chegou a ser utilizada) e gentis, e basicamente não há tecnologia.
Porque isso seria importante numa análise? Porque essas ilhas, porque Tasmily Village, porque New Pork City... Todos esses locais se comportam, magnificamente, como personagens do jogo. Eles evoluem, eles mudam, eles parece ás vezes até terem sentimentos. Tasmily que o diga!
O jogo tem um mapa só, chegando a ser praticamente um jogo de mundo aberto no Capítulo 7, e esse mapa é algo muito bem executado, muito bonito. Você passa por paisagens diversas, como um vulcão, uma montanha de neve ou até o fundo do oceano, tudo isso em algumas ilhas as quais Lucas e seus amigos fazem praticamente um Tour.
É lindo (e até triste) ver como esse mundo progride ao passar do tempo, como os personagens crescem e mudam junto com o cenário. Uma crítica, apesar de tudo, é quando no Capítulo 8 você é obrigado a abandonar todo esse cenário para trás e não volta mais para as ilhas. Não que o cenário do Capítulo 8 seja ruim (é belíssimo, também), mas chega a ser chato ter que abandonar para trás todo aquele pedaço de terra que você aprende a gostar com tanto carinho.
Um mundo de personagens
Mother 3 é um jogo recheado de personagens, cada um com sua personalidade própria, e o jogo faz você se cativar com a maioria deles. Você vai ter pena de Salsa, ter ódio e rir de Fassad, se emocionar com a família de Lucas, e ter muita raiva do vilão do jogo.
aquele desgraçanho
Eu posso já ter dito isso milhões de vezes, mas o jogo é cativante. Lucas não é um personagem reto - ele evolui de um "bebê" que passa seus dias chorando na colina para um verdadeiro herói, capaz de puxar os Needles. Todos os personagens passam por mudanças, e evoluem, sim, principalmente após o Capítulo 4.
Esses personagens fazem emocionar, e muitos já foram levados às lágrimas pela história do jogo e pelo rumo que eles tomam (aquele final, WHYYYY), torcer e ter forças para continuar lutando com eles rumo a um final feliz. Isso torna Mother 3 um jogo tão mágico, que é algo...
... Mágico.
O concerto musical
Porque, se tem um ponto que Mother 3 é realmente supremo, esse ponto não é a história, não é o cenário, mas, sim, a música. A música do jogo é simplesmente sensacional, dá pra ficar dias ouvindo a soundtrack do jogo inteiro. Você pode notar que eu estou colocando algumas partes da OST pela análise.
A música está presente "fisicamente" no jogo, também, como na banda DCMC (uma clara paródia ao AC/DC), nos hilários trompetes de Fassad, em tudo. Até na jogabilidade, afinal - o jogo te faz dar dano extra nos adversários se você conseguir atacar eles no tom da música (o que é bem difícil, diga-se de passagem)
uma das minhas músicas favoritas do jogo, tema de Duster
E, algo que eu já tinha dito - a música faz brotar algo dentro do jogador, sentimentos tanto felizes, quanto tristes. Músicas mais animadas nas batalhas dos chefes fazem subir a adrenalina e quase dançar em campo. É impressionante, de verdade.
New History City
Um dos pontos chave do jogo é a história. E, sejamos sinceros, a história de Mother 3 é bem dark em alguns pontos, principalmente no começo e no final. É uma história, mesmo, uma história. Chega a ser impressionante alguns pontos da narrativa, do background das Nowhere Islands, da história por trás dos vilões do game.
Uma parte interessante é que até o Capítulo 6, as referências ao restante da saga (Earthbound e Earthbound Begginings) são mínimas, tanto que parece que você está jogando algo que não é continuidade de Mother 2. Porém, a partir do Capítulo 7 as referências começam a aumentar e o Capítulo 8 é uma enxurrada de menções à Earthbound.
Infelizmente, apesar de esse ser um dos pontos centrais do jogo, a narrativa não é tão brilhante em alguns pontos, com algumas coisas desaparecendo sem explicação (ninguém até hoje sabe pra que relhos servia o Egg of Light) e algumas partes e cenas relativamente bizarras na história, como o reabastecimento de Oxigênio no fundo do oceano.
Apesar de tudo, a história é bem boa e deixa você pensando nela por uns dias. Se Mother 2 era um mar de rosas e jogava o tom dark no final, Mother 3 já parte para o dark no primeiro capítulo da jornada.
O Drago da Localização
"Ok, adorei o jogo, gostei muito do que você disse, vou comprar, tem pra vender na internet?"
Então... Chegamos num pequeno problema. Mother 3 é um ícone de muitas coisas - um ícone de histórias dark com visual carismático, um ícone de personagem que ninguém conhece em Smash Bros, e principalmente, Mother 3 é o principal símbolo de jogos que nunca saíram do Japão.
Exatamente. Mother 3 nunca veio para o lado de cá do globo, e a trava de região impossibilita muito essas coisas. E algum dia virá? Só a Nintendo sabe. Mother 3 é o jogo mais solicitado para vir para as Américas há muito tempo... E aliás, como eles mostraram na E3 2014, eles sabem disso.
como a NoA trata os fãs de Mother
O fato de que jogos que nunca tinham vindo pra cá estão saindo pelo VC, como The Mysterious Murasame Castle, pro 3DS, ou o próprio Earthbound Begginings, para o Wii U, são um bom sinal que ventos melhores estão por vir. Então, não podemos perder a esperança!
E aqui concluo a análise de Mother 3. O quê, uma nota? Nah, não precisa. Se vocês precisam de um número para resumir esse texto, eu te dou quatro palavras - "Vão jogar esse jogo".
Mesmo nunca tendo vindo para cá, há uma tradução feita por fãs na internet, que é muito boa e vale a pena conferir.
Até se você não entender inglês, aliás - fãs brasileiros traduziram-na para o português. Então não há motivos para não jogar. Corra, agora, e comece a maravilhosa aventura de Lucas e seus amigos!
(e pegue um lenço, você vai precisar)
Última edição por Felipe Fabricio em Qua 30 Set 2015, 21:50, editado 1 vez(es)
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